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Todas as Glórias a Sri Guru e Sri Gauranga (Original Sem "correções") -.- Primeiro Canto - "Criação" Capítulo Sete - O Filho de Drona é Punido -.- |
Capítulo Sete O Filho de Drona é Punido Verso 1 çaunaka uväca O Rishi Shaunaka perguntou: Ó Suta, o grandioso e transcendentalmente poderoso Vyasadeva ouviu tudo de Sri Narada Muni. Então depois da partida de Narada, o que fez Vyasadeva? Iluminação de Srila Prabhupada: Neste capítulo a chave para descrever o Srimad Bhagavatam é pega quando Maharaja Parikshit é milagrosamente salvo no ventre de sua mãe. Isso foi causado por Drauni (Asvatthama), filho do Acharya Drona, o qual matou os cinco filhos de Draupadi enquanto dormiam, pelo que ele foi punido por Arjuna. Antes de começar o grande épico Srimad Bhagavatam, Sri Vyasadeva realizou toda a verdade pelo transe da devoção. Verso 2 süta uväca Sri Suta disse: Na margem ocidental do Rio Sarasvati, que é intimamente relacionado com os Vedas, há uma choupana para meditação em Shamyaprasa que anima as atividades transcendentais dos sábios. Iluminação de Srila Prabhupada: Para avanço espiritual do conhecimento um local e atmosfera adequados são definitivamente requeridos. O lugar na margem oeste do Sarasvati é especialmente adequado para esse propósito. E lá está o asrama de Vyasadeva em Shamyaprasa. Srila Vyasadeva era um casado, mesmo assim seu local residencial é chamado um asrama. Um asrama é um local onde a cultura espiritual é sempre acima de tudo. Não importa se o local pertence a um casado ou um mendicante. O sistema varnasrama inteiro é designado de forma que cada e todo status de vida é chamado asrama. Isso significa que cultura espiritual é o fator comum para todos. Os brahmacaris, os grhasthas, os vanaprasthas e os sannyasis todos pertencem à mesma missão de vida, chamada, realização do Supremo. Portanto nenhum deles é menos importante no que diz respeito à cultura espiritual.. A diferença é uma questão de formalidade na força da renúncia. Os sannyasis são considerados de alta estima sobre a força da renúncia prática. Verso 3 tasmin sva äçrame vyäso Nesse local, Srila Vyasadeva, em seu próprio asrama, que era rodeado de árvores frutíferas silvestres, sentou para meditar depois de tocar água para purificação. Iluminação de Srila Prabhupada: Sob as instruções do seu mestre espiritual Srila Narada Muni, Vyasadeva concentrou sua mente naquele lugar transcendental de meditação. Verso 4 bhakti-yogena manasi Assim ele fixou sua mente, por dedicá-la perfeitamente ao ligá-la em serviço devocional (bhakti-yoga), sem nenhuma mancha de materialismo, e assim ele viu a Personalidade de Deus Absoluta junto com Sua energia externa, que estava sob controle pleno. Iluminação de Srila Prabhupada: A visão perfeita da Verdade Absoluta é possível unicamente pelo processo de ligação do serviço devocional. Isso também está confirmado no Bhagavad-gita. Pode-se realizar perfeitamente a Personalidade de Deus Verdade Absoluta unicamente pelo processo do serviço devocional, e pode-se entrar no reino de Deus por esse conhecimento perfeito. Realização imperfeita do Absoluto pela abordagem parcial do Brahman impessoal ou Paramatma localizado não permite que ninguém entre no reino de Deus. Sri Narada aconselhou Srila Vyasadeva para ficar absorto em meditação transcendental na Personalidade de Deus e Suas atividades. Srila Vyasadeva não tomou conhecimento da refulgência do Brahman porque não é visão absoluta. A visão absoluta é a Personalidade de Deus, como confirmado no Bhagavad-gita (7.19): vasudeva sarvam iti. Nos Upanishads também está confirmado que Vasudeva, a Personalidade de Deus, é coberto pelo brilho dourado hiranmayena patrena véu do Brahman impessoal, e quando essa cortina é removida pela misericórdia do Senhor a verdadeira face do Absoluto é vista. O Absoluto é mencionado aqui como o purusa, ou pessoa. A Personalidade de Deus Absoluta é mencionada em muitas literaturas Védicas, e no Bhagavad-gita, o purusa é confirmado como a pessoa eterna e original. A Personalidade de Deus Absoluta é a pessoa perfeita. A Pessoa Suprema possui energias múltiplas, das quais as energias interna, externa e marginal são especificamente importantes. A energia mencionada aqui é a energia externa, como ficará claro das declarações de suas atividades. A energia interna está lá junto com a Pessoa Absoluta do mesmo modo que o brilho do luar está lá com a Lua. A energia externa é comparada à escuridão porque mantém os seres vivos na escuridão da ignorância. A palavra apasrayam sugere que esta energia do Senhor está sob controle pleno. A potência interna ou energia superior também é chamada maya, mas é maya espiritual, ou energia exibida no reino absoluto. Quando alguém fica sob o abrigo dessa potência interna, a escuridão da ignorância material é dissipada imediatamente. Mesmo aqueles que são atmarama, ou fixo em transe, abrigam-se nessa maya, ou energia interna. Serviço devocional, ou bhakti-yoga, é a função da energia interna, assim não há lugar para energia inferior, ou energia material, justamente igual que não há lugar para escuridão na refulgência da luz espiritual. Essa energia interna é até mesmo superior à bem-aventurança espiritual alcançável no conceito da refulgência do Brahman impessoal. Está afirmado no Bhagavad-gita que a refulgência do Brahman impessoal também é uma emanação da Personalidade de Deus Absoluta Sri Krishna. O parama-purusa não pode ser nenhum outro exceto Sri Krishna Ele mesmo, como será explicado nos últimos slokas. Verso 5 yayä sammohito jéva Devido a esta energia externa, o ser vivo, embora transcendental aos três modos da natureza material, pensa em si mesmo como um produto material e assim se submete às reações das misérias materiais. Iluminação de Srila Prabhupada: A causa raiz do sofrimento pelos seres vivos materialistas é apontada com medidas terapêuticas que devem ser realizadas e também a perfeição última a ser obtida. Tudo isso é mencionado neste verso particular. O ser vivo é por constituição transcendental ao aprisionamento material, mas agora ele está preso pela energia externa, e portanto pensa em si mesmo como um dos produtos materiais. E devido a esse contato profano, a entidade viva espiritual pura sofre misérias materiais sob os modos da natureza material. O ser vivo confunde a si mesmo como um produto material. Isso significa que o modo pervertido presente de pensar, sentir e desejar, sob condições materiais, não é natural para ele. Mas ele tem seu modo normal de pensar, sentir e desejar. O ser vivo em seu estado original não é sem o poder de pensar, sentir e desejar. Isso também é confirmado no Bhagavad-gita que o conhecimento verdadeiro da alma condicionada agora está coberto pela ignorância. Assim a teoria que um ser vivo é Brahman impessoal absoluto é refutada aqui. Isso não pode ser, porque o ser vivo tem seu próprio modo de pensar em seu estado incondicionado original também. O estado condicionado presente é devido à influência da energia externa, o que significa que a energia ilusória toma a iniciativa enquanto o Supremo Senhor está afastado. O Senhor não deseja que um ser vivo seja iludido pela energia externa. A energia externa é ciente desse fato, mas ainda assim ela aceita a tarefa ingrata de manter a alma esquecida sob ilusão por sua influência desconcertante. O Senhor não interfere na tarefa da energia ilusória porque essas execuções da energia ilusória também são necessárias para reforma da alma condicionada. Um pai afetuoso não gosta que seus filhos sejam castigados por outro agente, mesmo assim ele põe seus filhos desobedientes sob a custódia de um homem severo justamente para trazê-los à ordem. Mas o Pai Todo-poderoso todo-afetuoso ao mesmo tempo deseja alívio para a alma condicionada, alívio das garras da energia ilusória. O rei põe os cidadãos desobedientes dentro das paredes da cadeia, mas às vezes o rei, que deseja alívio para os prisioneiros, pessoalmente vai lá e advoga por reforma, e por fazer isso os prisioneiros são postos em liberdade. Similarmente, o Supremo Senhor descende de Seu reino sobre o reino da energia ilusória e pessoalmente dá alívio na forma do Bhagavad-gita, onde Ele pessoalmente sugere que apesar dos modos da energia ilusória serem muito rígidos de ultrapassar, aquele que se rende aos pés de lótus do Senhor é posto em liberdade pela ordem do Supremo. Esse processo de rendição é a medida terapêutica para ter alívio dos modos desconcertantes da energia ilusória. O processo de rendição é completado pela influência da associação. O Senhor sugeriu, portanto, que pela influência das palestras de pessoas santificadas que realmente realizaram o Supremo, pessoas são dedicadas no Seu serviço amoroso transcendental. A alma condicionada obtém um gosto por ouvir sobre o Senhor, e por esse ouvir ela é gradualmente elevada para a plataforma do respeito, devoção e apego pelo Senhor. A coisa inteira é completada pelo processo de rendição. Aqui também a mesma sugestão é feita pelo Senhor em Sua encarnação de Vyasadeva. Isso significa que as almas condicionadas são recuperadas pelo Senhor de ambos os modos, a saber pelo processo de punição pela energia externa do Senhor, e por Ele mesmo como o mestre espiritual dentro e fora. Dentro do coração de todo ser vivo o Senhor em Pessoa como a Superalma (Paramatma) se torna o mestre espiritual, e de fora Ele Se torna o mestre espiritual na forma das escrituras, santos e o mestre espiritual iniciador. Isso é mais explicitamente explicado no próximo sloka. Superintendência pessoal da energia ilusória também é confirmada nos Vedas (o Kena Upanishad) em relação ao poder de controle dos semideuses. Aqui também é claramente afirmado que o ser vivo é controlado pela energia externa em uma capacidade pessoal. O ser vivo assim sujeito ao controle da energia externa está situado diferentemente. Fica claro, contudo, da afirmação presente do Bhagavatam que a mesma energia externa está situada na posição inferior perante a Personalidade de Deus, ou o ser perfeito. O ser perfeito, ou o Senhor, não pode ser aproximado nem mesmo pela energia ilusória, que só pode atuar sobre os seres vivos. Portanto é imaginação pura que o Supremo Senhor está iludido pela energia ilusória e por isso Se torna um ser vivo. Se o ser vivo e o Senhor estivessem na mesma categoria, teria sido bem possível para Vyasadeva ver isso, e não haveria questão de sofrimento material na parte do ser iludido, porque o Ser Supremo é plenamente consciente. Assim existem tantas imaginações inescrupulosas por parte dos monistas para se empenhar em pôr tanto o Senhor quanto o ser vivo na mesma categoria. Se o Senhor e os seres vivos fossem o mesmo, então Srila Shukadeva Goswami não aceitaria o trabalho de descrever os passatempos transcendentais do Senhor, porque seriam todos manifestações da energia ilusória. O Srimad Bhagavatam é o remédio summum bonum para humanidade sofredora nas garras de maya. Srila Vyasadeva portanto, primeiro de tudo diagnosticou a doença verdadeira das almas condicionadas, ou seja, estarem iludidas pela energia externa. Ele também viu o Ser Supremo perfeito, de quem a energia ilusória é removida à distância, contudo Ele viu tanto a condição doentia das almas condicionadas e também a causa da doença. E as medidas terapêuticas são sugeridas no próximo verso. Tanto a Suprema Personalidade de Deus quando os seres vivos são indubitavelmente qualitativos iguais, mas o Senhor é o controlador da energia ilusória, enquanto o ser vivo é controlado pela energia ilusória. Assim o Senhor e os seres vivos são simultaneamente iguais e diferentes. Outro ponto é distinto aqui: e relação eterna entre o Senhor e o ser vivo é transcendental, de outro modo o Senhor não Se daria ao trabalho de recuperar as almas condicionadas das garras de maya. Do mesmo modo, o ser vivo também é solicitado para reviver seu amor e afeição naturais pelo Senhor, e essa é a perfeição mais elevada do ser vivo. O Srimad Bhagavatam trata a alma condicionada com o objetivo para essa meta de vida. Verso 6 anarthopaçamaà säkñäd As misérias materiais do ser vivo, que são supérfluas para ele, podem ser mitigadas diretamente pelo processo de ligação do serviço devocional. Mas a massa de pessoas não sabe disso, e por isso o erudito Vyasadeva compilou esta literatura Védica, que é em relação com a Verdade Absoluta. Iluminação de Srila Prabhupada: Srila Vyasadeva viu a todo-perfeita Personalidade de Deus. Essa afirmação sugere que a unidade completa da Personalidade de Deus inclui Suas partes e parcelas também. Ele viu, portanto, as diferentes energias Dele, a saber a energia interna, a energia marginal e a energia externa. Ele também viu Suas diferentes porções plenárias e partes das porções plenárias, a saber Suas diferentes encarnações também, e ele especificamente observou as misérias não desejadas das almas condicionadas, que estão confusas pela energia externa. E por último ele viu a medida terapêutica para as almas condicionadas, a saber, o processo do serviço devocional. É uma grande ciência transcendental e começa com o processo de ouvir e cantar o nome, fama, glória, etc. da Suprema Personalidade de Deus. Renascimento da afeição dormente ou amor de Deus não depende do sistema mecânico de ouvir e cantar, mas somente e inteiramente depende da misericórdia sem causa do Senhor. Quando o Senhor fica plenamente satisfeito com os empenhos sinceros do devoto, Ele pode dotá-lo com Seu serviço amoroso transcendental. Mas mesmo com as formas prescritas de ouvir e cantar, há imediatamente mitigação das misérias supérfluas e indesejadas da existência material. Essa mitigação da afeição material não espera por desenvolvimento do conhecimento transcendental. Ao invés, conhecimento é dependente do serviço devocional para a realização última da Verdade Suprema. Verso 7 yasyäà vai çrüyamäëäyäà Simplesmente por dar recepção auditiva para esta literatura Védica, o sentimento por serviço devocional amoroso para o Senhor Krishna, a Suprema Personalidade de Deus, brota imediatamente para extinguir o fogo da lamentação, ilusão e medo. Iluminação de Srila Prabhupada: Existem vários sentidos, dos quais o ouvido é o mais eficiente. Esse sentido funciona mesmo quando uma pessoa dorme profundamente. Uma pessoa pode se proteger das mãos de um inimigo enquanto acordada, mas enquanto dorme a pessoa é protegida apenas pela audição. A importância de ouvir é mencionada aqui em conexão com atingir a perfeição de vida mais elevada, a saber, libertar-se das três dores materiais. Todos estão cheios de lamentação em cada momento, a pessoa está atrás da miragem de coisas ilusórias, e está sempre com medo de seu suposto inimigo. Esses são os sintomas primários da doença material. E é sugerido definitivamente aqui que simplesmente por ouvir a mensagem do Srimad Bhagavatam a pessoa obtém apego pela Suprema Personalidade de Deus, Sri Krishna, e logo que isso é efetivo os sintomas da doença material desaparecem. Srila Vyasadeva viu a todo-perfeita Personalidade de Deus, e nesta afirmação a Personalidade de Deus todo-perfeito Sri Krishna é claramente confirmado. O resultado último do serviço devocional é desenvolver amor genuíno pela Suprema Personalidade. Amor é uma palavra que é freqüentemente usada em relação a homem e mulher. E amor é a única palavra que pode ser usada propriamente para indicar a relação entre o Senhor Krishna e os seres vivos. Os seres vivos são mencionados como prakrti no Bhagavad-gita, e em sânscrito prakrti é um objeto feminino. O Senhor é sempre descrito como o parama-purusa, ou a personalidade masculina suprema. Assim a afeição entre o Senhor e os seres vivos é algo igual a essa entre masculino e feminino. Portanto o termo amor de Deus é bem apropriado. Serviço devocional amoroso para o Senhor começa com ouvir sobre o Senhor. Não existe diferença entre Ele e o assunto ouvido sobre Ele. O Senhor é absoluto em todos aspectos, e por isso não existe nenhuma diferença entre Ele e o assunto ouvido sobre Ele. Portanto, ouvir sobre Ele significa contato imediato com Ele pelo processo da vibração do som transcendental. E o som transcendental é tão eficiente que age de imediato por remover todas afeições materiais mencionadas acima. Como mencionado antes, um ser vivo desenvolve um tipo de complexidade pela associação material, e o aprisionamento ilusório do corpo material é aceito como um fato real. Sob essa falsa complexidade, os seres vivos sob diferentes categorias de vida ficam iludidos em diferentes modos. Mesmo no estágio de vida humana mais desenvolvido, a mesma ilusão prevalece na forma de muitos ismos e divide a relação amorosa com o Senhor e assim divide a relação amorosa entre pessoa e pessoa. Por ouvir a matéria do Srimad Bhagavatam essa falsa complexidade do materialismo é removida, e a paz real na sociedade começa, a qual os políticos tanto almejam com avidez em várias situações políticas. Os políticos querem uma situação pacífica entre pessoa e pessoa, e nação e nação, mas ao mesmo tempo, por causa de apego demasiado por domínio material, há ilusão e medo. Assim conferências de paz dos políticos não podem trazer paz para a sociedade, Isso só pode ser feito por ouvir a matéria descrita no Srimad Bhagavatam sobre a Suprema Personalidade de Deus Sri Krishna. Os políticos tolos podem continuar a manter conferências de paz e cúpula por centenas de anos, mas falharão em obter sucesso. Até alcançarmos o estágio de restabelecer nossa relação perdida com Krishna, a ilusão de aceitar o corpo como o eu prevalecerá, e assim medo também prevalecerá. Sobre a validade de Sri Krishna como a Suprema Personalidade de Deus, existem centenas de milhares de evidências nas escrituras reveladas, e existem centenas de milhares de evidências de experiências pessoais de devotos em vários locais tais quais Vrindavana, Navadwipa e Puri. Mesmo no dicionário Kaumudi os sinônimos de Krishna são dados como o filho de Yashoda e a Suprema Personalidade de Deus Parabrahman. A conclusão é que simplesmente por ouvir a literatura Védica Srimad Bhagavatam, pode-se ter conexão direta com a Suprema Personalidade de Deus Sri Krishna, e assim a pessoa pode alcançar a perfeição de vida mais elevada por transcender misérias, ilusão e medo mundanos. Esses são testes práticos para aquele que realmente deu uma audição submissa às leituras do Srimad Bhagavatam. Verso 8 sa saàhitäà bhägavatéà O grande sábio Vyasadeva, depois de compilar o Srimad Bhagavatam e revisá-lo, ensinou-o para seu próprio filho, Sri Shukadeva Goswami, que já estava dedicado na auto-realização. Iluminação de Srila Prabhupada: Srimad Bhagavatam é o comentário natural nos Brahma-sutras compilados pelo mesmo autor. Esse Brahma-sutra, ou Vedanta-sutra, é destinado para aqueles que já estão dedicados na auto-realização. Srimad Bhagavatam é feito de tal forma que alguém se torna dedicado no caminho da auto-realização simplesmente por ouvir os tópicos. Apesar de ser especialmente destinado aos paramahamsas, ou aqueles que estão totalmente dedicados na auto-realização, ele trabalha dentro das profundezas dos corações naquelas que poderiam ser pessoas mundanas. Pessoas mundanas estão sempre engajadas em prazer sensual. Mas mesmo essas pessoas encontrarão nesta literatura Védica uma medida terapêutica para suas doenças materiais. Shukadeva Goswami era uma alma liberada desde o início de seu nascimento, e seu pai lhe ensinou Srimad Bhagavatam. Entre alguns eruditos mundanos, existe alguma diversidade de opinião sobre a data de compilação do Srimad Bhagavatam. É, entretanto, certo do texto do Bhagavatam que foi compilado antes do desaparecimento do Rei Parikshit e depois da partida do Senhor Krishna. Quando Maharaja Parikshit governava o mundo como o Rei de Bharata-varsha, ele castigou a personalidade de Kali. De acordo com escrituras reveladas e cálculo astrológico, a era de Kali está em seu quinto milésimo ano. Portanto, o Srimad Bhagavatam foi compilado nada menos do que cinco mil anos atrás. Mahabharata foi compilado antes do Srimad Bhagavatam, e os Puranas foram compilados antes do Mahabharata. Essa é uma estimativa de data de compilação de diferentes literaturas Védicas. A sinopse do Srimad Bhagavatam foi dada antes da descrição detalhada sob instrução de Narada. Srimad Bhagavatam é a ciência para seguir o caminho de nivrtti-marga. O caminho de pravrtti-marga foi condenado por Narada. O caminho é a inclinação natural para todas almas condicionadas. O tema do Srimad Bhagavatam é a cura da doença materialista do ser humano, ou parar completamente as dores da existência material. Verso 9 çaunaka uväca Sri Shaunaka perguntou a Suta Goswami: Sri Shukadeva Goswami já estava no caminho da auto-realização, e por isso estava satisfeito com seu próprio eu. Assim por que ele se deu ao trabalho de se submeter ao estudo de uma literatura tão vasta? Iluminação de Srila Prabhupada: Para as pessoas em geral a perfeição de vida máxima é cessar as atividades materiais e estar fixo no caminho da auto-realização. Aqueles que sentem prazer em desfrute sensual, ou aqueles que estão fixos em trabalho de bem-estar do corpo material, são chamados karmis. Entre milhares de milhões desses karmis, um pode se tornar um atmarama por auto-realização. Atma significa eu, e arama significa sentir prazer. Todos procuram pelo prazer mais elevado, mas o padrão de prazer desfrutado pelos karmis é diferente daquele dos atmaramas. Os atmaramas são completamente indiferentes para desfrute material em todo aspecto. Srila Shukadeva Goswami já tinha alcançado esse estágio, e mesmo assim ele ficou atraído para se submeter ao trabalho de estudar a grande literatura Bhagavatam. Isso significa que Srimad Bhagavatam é o estudo pós-graduado mesmo para os atmaramas, que ultrapassaram todos estudos do conhecimento Védico. Verso 10 süta uväca Todas variedades diferentes de atmaramas (aqueles que sentem prazer no atma, ou eu espiritual), especialmente aqueles estabelecidos no caminho da auto-realização, embora livres de todos tipos de cativeiro material, desejam prestar serviço devocional imaculado para a Personalidade de Deus. Isso significa que o Senhor possui qualidades transcendentais e portanto pode atrair todo mundo, inclusive almas liberadas. Iluminação de Srila Prabhupada: Todas variedades diferentes de atmaramas (aqueles que sentem prazer no atma, ou eu espiritual), especialmente aqueles estabelecidos no caminho da auto-realização, embora livres de todos tipos de cativeiro material, desejam prestar serviço devocional imaculado para a Personalidade de Deus. Isso significa que o Senhor possui qualidades transcendentais e portanto pode atrair todo mundo, inclusive almas liberadas. Iluminação de Srila Prabhupada: O Senhor Sri Chaitanya Mahaprabhu explicou esse sloka atmarama muito vividamente perante Seu devoto líder Srila Sanatana Goswami. Ele aponta onze fatores no sloka, a saber (1) atmarama, (2) munayah, (3) nirgrantha, (4) api, (5) ca, (6) urukrama, (7) kurvanti, (8) ahaitukim, (9) bhaktim, (10) ittham-buta-gunah, e (11) harih. De acordo com o dicionário sânscrito Visva-prakasha, existem sete sinônimos para a palavra atmarama, que são os seguintes: (1) Brahman (a Verdade Absoluta), (2) corpo, (3) mente, (4) empenho, (5) resistência, (6) inteligência e (7) hábitos pessoais. A palavra munayah se refere para (1) aqueles que são sérios, (2) aqueles que são graves e silenciosos, (3) asceta, (4) o persistente, (5) mendicantes, (6) sábios e (7) santificados. A palavra nirgrantha transmite estas idéias: (1) aquele que é liberado da ignorância, (2) aquele que não tem conexão com a lei das escrituras, ou seja, aquele que é livre da obrigação de regras e regulamentos mencionados nas escrituras reveladas tais quais ética, Vedas, filosofia, psicologia e metafísica (em outras palavras os tolos, analfabetos, vadios, etc. quem não têm nenhuma conexão com princípios reguladores), (3) um capitalista, e também (4) aquele que é sem dinheiro. De acordo com o dicionário Shabda-kosha, o prefixo ni é usado no sentido de (1) certeza, (2) contar, (3) construir, e (4) proibição, e a palavra grantha é usada no sentido de riqueza, tese, vocabulário, etc.. A palavra urukrama significa "aquele cujas atividades são gloriosas". Krama significa "passo". Essa palavra urukrama indica especificamente a encarnação do Senhor como Vamana, que cobriu o universo inteiro com passos imensuráveis. O Senhor Vishnu é poderoso, e Suas atividades são tão gloriosas que Ele criou o mundo espiritual por Sua potência interna e o mundo material por Sua potência externa. Por Suas características todo-penetrantes Ele está presente em toda parte como a Verdade Suprema, e em Sua característica pessoal Ele está sempre presente em Sua morada transcendental de Goloka Vrindavana, onde Ele exibe Seus passatempos transcendentais em todas variedades. Suas atividades não podem ser comparadas com ninguém mais, e por isso a palavra urukrama é justamente aplicável a Ele somente. De acordo com o arranjo verbal sânscrito, kurvanti se refere a fazer coisas para alguém mais. Portanto, significa que os atmaramas prestam serviço devocional para o Senhor não por interesse pessoal mas para o prazer do Senhor, Urukrama. Hetu significa "causal". Existem muitas causas para a própria satisfação sensual, e podem ser classificadas principalmente como prazer material, poderes místicos e liberação, que são geralmente desejados por pessoas progressivas. Sobre os prazeres materiais, são inumeráveis, e os materialistas estão ávidos para incrementá-los mais e mais porque estão sob a energia ilusória. Não há fim para a lista de prazeres materiais, nem ninguém pode dentro do universo material ter todos eles. Sobre os poderes místicos, eles são oito no total (tais quais se tornar o menor em forma, tornar-se sem peso, ter qualquer coisa que deseje, dominar a natureza material, controlar outros seres vivos, lançar globos terrestres no espaço sideral, etc.). Esses poderes místicos são mencionados no Bhagavatam. As formas de liberação são cinco em número. Portanto, devoção imaculada significa serviço para o Senhor sem desejo pelos benefícios pessoais mencionados acima. E a poderosa Personalidade de Deus Sri Krishna pode ser plenamente satisfeito por esses devotos imaculados livres de todas variedades de desejos para benefício pessoal. Serviço devocional imaculado do Senhor progride em diferentes estágios. Prática do serviço devocional no campo material é de oitenta e uma qualidades diferentes, e acima dessas atividades está a prática transcendental do serviço devocional, que é única e se chama sadhana-bhakti. Quando a prática imaculada de sadhana-bhakti fica madura em amor transcendental pelo Senhor, o serviço amoroso transcendental do Senhor começa gradualmente o desenvolvimento em nove estágios progressivos de serviço amoroso sob os títulos de apego, amor, afeição, sentimentos, afinidade, fidelidade, adepto, êxtase, e sentimentos intensos de separação. O apego de um devoto inativo desenvolve até o estágio de amor transcendental de Deus. Apego de um servidor ativo desenvolve até o estágio de fidelidade, e a de um devoto amistoso desenvolve até o estágio de adepto, e o mesmo também é o caso de devotos paternais maternais. Devotos em amor conjugal desenvolvem êxtase até o estágio de sentimentos intensos de separação. Essas são algumas características do serviço devocional imaculado do Senhor. De acordo com o Hari-bhakti-sudhodaya, o significado da palavra ittham-bhuta é "bem-aventurança plena". Bem-aventurança transcendental na realização do Brahman impessoal se torna comparável à água escassa no buraco feito por um casco de vaca. Não é nada comparada com o oceano de bem-aventurança da visão da Personalidade de Deus. A forma pessoal do Senhor Sri Krishna é tão atraente que compreende toda atração, toda bem-aventurança e todos sabores (rasas). As atrações são tão fortes que ninguém quer trocá-las por prazer material, poderes místicos e liberação. Não há necessidade de argumentos lógicos em suporte dessa afirmação, mas por causa da sua própria natureza a pessoa fica atraída pelas qualidades do Senhor Sri Krishna. devemos saber com certeza que as qualidades do Senhor não têm nada a ver com qualidades mundanas. Todas elas são cheias de bem-aventurança, conhecimento e eternidade. Existem qualidades inumeráveis do Senhor, e um é atraído por uma qualidade enquanto outro é atraído por outra. Grandes sábios, tais quais os quatro devotos celibatários Sanaka, Sanatana, Sananda e Sanat-kumara, ficaram atraídos pela fragrância das flores e folhas de tulasi untadas com a polpa de sândalo oferecidas aos pés de lótus do Senhor. Similarmente, Shukadeva Goswami ficou atraído pelos passatempos transcendentais do Senhor. Shukadeva Goswami já estava no estágio liberado, mesmo assim ele ficou atraído pelos passatempos do Senhor. Isso prova que a qualidade de Seus passatempos não tem nada a ver com afinidade material. Similarmente, as jovens donzelas pastoras de vacas ficaram atraídas pelas características corpóreas do Senhor, e Rukmini ficou atraída ao ouvir sobre as glórias do Senhor. O Senhor Krishna atrai até mesmo a mente da deusa da fortuna. Ele atrai, em casos especiais, as mentes de todas meninas jovens. Ele atrai as mentes das senhoras idosas por afeição paternal. Ele atrai a mente dos homens nos humores de servidão e amizade. A palavra hari transmite vários significados, mas o significado principal da palavra é que Ele (o Senhor) aniquila tudo não auspicioso e leva a mente do devoto por conceder amor transcendental puro. Por lembrar o Senhor em aflição aguda pode-se ficar livre de todas variedades de misérias e ansiedades. Gradualmente o Senhor aniquila todos obstáculos no caminho do serviço devocional de um devoto puro, e o resultado de nove atividades devocionais, tais quais ouvir e cantar, torna-se manifestado. Por Suas características pessoais e atributos transcendentais, o Senhor atrai todas atividades psicológicas de um devoto puro. Assim é o poder atrativo do Senhor Krishna. A atração é tão forte que um devoto puro nunca anseia por nenhum dos quatro princípios da religião. Essas são as características atraentes dos atributos transcendentais do Senhor. E ao adicionar a isso as palavras api e ca, pode-se incrementar os significados ilimitadamente. De acordo com gramática sânscrita existem sete sinônimos para a palavra api. Assim por interpretar cada e toda palavra desse sloka, pode-se ver qualidades transcendentais ilimitadas do Senhor Krishna que atraem a mente de um devoto puro. Verso 11 harer guëäkñipta-matir Srila Shukadeva Goswami, filho de Srila Vyasadeva, não era somente poderoso transcendentalmente. Ele também era muito querido pelos devotos do Senhor. Assim ele se submeteu ao estudo desta grande narração (Srimad Bhagavatam). Iluminação de Srila Prabhupada: De acordo com o Brahma-vaivarta Purana, Srila Shukadeva Goswami era uma alma liberada mesmo dentro do ventre de sua mãe. Srila Vyasadeva sabia que a criança, depois de seu nascimento, não ficaria em casa. Assim ele (Vyasadeva) gravou nele a sinopse do Bhagavatam, para que a criança pudesse ter apego pelas atividades transcendentais do Senhor. Depois de seu nascimento, a criança ficou mais educada ainda na matéria do Bhagavatam pela recitação dos poemas reais. A idéia é que geralmente as almas liberadas são apegadas ao aspecto do Brahman impessoal com uma visão monista de se tornar um com o supremo todo. Mas pela associação de devotos puros tais quais Vyasadeva, mesmo a alma liberada fica atraída pelas qualidades transcendentais do Senhor. Pela misericórdia de Sri Narada, Srila Vyasadeva foi capaz de narrar o grande épico do Srimad Bhagavatam, e pela misericórdia de Vyasadeva, Srila Shukadeva Goswami foi capaz de captar o significado. As qualidades transcendentais do Senhor são tão atraentes que Srila Shukadeva Goswami ficou desapegado de estar completamente absorto no Brahman impessoal e positivamente adotou a atividade pessoal do Senhor. Ele foi praticamente jogado do conceito impessoal do Absoluto, e pensou dentro de si mesmo que tinha simplesmente desperdiçado tanto tempo em se devotar ao aspecto impessoal do Supremo, ou em outras palavras, ele realizou mais bem-aventurança transcendental com o aspecto pessoal do que o impessoal. E desde então, não somente ele se tornou muito querido pelos visnu-janas, ou os devotos do Senhor, mas também os visnu-janas se tornaram muito queridos por ele. Os devotos do Senhor, que não desejam matar a individualidade dos seres vivos e que desejam se tornar servidores pessoais do Senhor, não gostam muito dos impersonalistas, e similarmente os impersonalistas, que desejam se tornar um com o Supremo, são incapazes de valorizar os devotos do Senhor. Assim, desde tempo imemorável esses dois peregrinos transcendentais algumas vezes foram competidores. Em outras palavras, cada um deles deseja se manter separado do outro por causa das realizações pessoal última e impessoal. Portanto parece que Srila Shukadeva Goswami não tinha simpatia pelos devotos. Mas porque ele próprio se tornou um devoto saturado, ele desejava sempre a associação transcendental dos visnu-janas, e os visnu-janas também gostavam da sua associação, desde que ele se tornou um Bhagavata pessoal. Assim tanto o filho quanto o pai eram completamente conscientes do conhecimento transcendental no Brahman, e depois ambos ficaram absortos nas características pessoais do Supremo Senhor. A pergunta como Shukadeva Goswami ficou atraído pela narração do Bhagavatam é assim completamente respondida neste sloka. Verso 12 parékñito 'tha räjarñer Suta Goswami então falou para os rsis liderados por Shaunaka: Agora começarei a narração transcendental do Senhor Sri Krishna e tópicos do nascimento, atividades e liberação do Rei Parikshit, o sábio entre os reis, e também tópicos da renúncia da ordem mundana pelos filhos de Pandu. Iluminação de Srila Prabhupada: O Senhor Krishna é tão bom com a almas caídas que Ele pessoalmente encarna Si mesmo entre diferentes tipos de seres vivos e participa junto deles nas atividades diárias. Qualquer fato histórico antigo ou novo que tem uma conexão com as atividades do Senhor deve-se entender como uma narração transcendental do Senhor. Sem Krishna, todas literaturas suplementares tais quais os Puranas e Mahabharata são histórias simples ou fatos históricos. Mas com Krishna elas se tornam transcendentais, e quando ouvimos sobre elas imediatamente nos tornamos relacionados transcendentalmente com o Senhor. Srimad Bhagavatam também é um Purana, mas o significado especial desse Purana é que as atividades do Senhor são centrais e não justamente fatos históricos suplementares. O Srimad Bhagavatam é portanto recomendado pelo Senhor Sri Chaitanya Mahaprabhu como o Purana imaculado. Existe uma classe de devotos menos inteligentes do Bhagavata Purana que desejam saborear de imediato as atividades do Senhor narradas no Décimo Canto sem primeiro entender os primeiros cantos. Eles estão sob a impressão falsa de que outros cantos não se referem a Krishna, e assim mais estupidamente do que inteligentemente eles começam a ler o Décimo Canto. Esses leitores são especialmente avisados aqui que os outros cantos do Bhagavatam são tão importantes quanto o Décimo Canto. Ninguém deve tentar entrar nos assuntos do Décimo Canto sem ter entendido inteiramente o significado dos outros nove cantos. Krishna e Seu devotos puros tais quais os Pandavas estão no mesmo plano. Krishna não é sem Seus devotos de todos os rasas, e os devotos puros tais quais os Pandavas não são sem Krishna. Os devotos e o Senhor são interligados, e não podem ser separados. Portanto conversas sobre eles são todas krsna-katha, ou tópicos do Senhor. Versos 13-14 yadä mådhe kaurava-såïjayänäà bhartuù priyaà drauëir iti sma paçyan Quando os guerreiros respectivos de ambos exércitos, a saber os Kauravas e os Pandavas, foram mortos no Campo de Batalha em Kurukshetra e os guerreiros mortos obtiveram seus destinos merecidos, e quando o filho de Dhritarastra caiu em lamentação, com sua espinha quebrada, ao ser golpeado pela maça de Bhimasena, o filho de Dronacharya (Asvatthama) decapitou os cinco filhos de Draupadi enquanto dormiam e as entregou como prêmio para seu mestre, por achar estupidamente que ele ficaria satisfeito. Duryodhana, entretanto, desaprovou o ato hediondo, e não ficou satisfeito nenhum pouco. Iluminação de Srila Prabhupada: Tópicos transcendentais das atividades do Senhor Sri Krishna no Srimad Bhagavatam começam a partir da fim da batalha de Kurukshetra, onde o Senhor falou sobre Si mesmo no Bhagavad-gita. Portanto, tanto o Bhagavad-gita quanto o Srimad Bhagavatam são tópicos transcendentais do Senhor Krishna. O Gita é krsna-katha, ou tópicos sobre Krishna, porque é falado pelo Senhor, e o Bhagavatam também é krsna-katha porque é falado sobre o Senhor. O Senhor Sri Chaitanya Mahaprabhu queria que todos fossem informados de ambos krsna-kathas por Sua ordem. O Senhor Krishna Chaitanya é Krishna Ele mesmo na vestimenta de um devoto de Krishna, e portanto as versões tanto do Senhor Krishna quanto de Sri Krishna Chaitanya Mahaprabhu são idênticas. O Senhor Chaitanya desejava que todos nascidos na Índia entendessem seriamente esses krsna-kathas e depois da realização plena pregar a mensagem transcendental para todos em todas partes do mundo. Isso trará a paz e prosperidade desejados do mundo ferido. Verso 15 mätä çiçünäà nidhanaà sutänäà Draupadi, a mãe das cinco crianças dos Pandavas, depois de ouvir sobre o massacre de seus filhos, começou a chorar em agonia com os olhos cheios de lágrimas. Ao tentar consolá-la em sua grande perda, Arjuna falou para ela assim: Verso 16 tadä çucas te pramåjämi bhadre Ó senhora gentil, quando eu apresentar a você a cabeça daquele brahmana, depois de decapitá-lo com flechas do meu arco Gandiva, então eu enxugarei as lágrimas dos seus olhos e a consolarei. Então, depois de cremar os corpos de seus filhos, você poderá tomar seu banho em pé na cabeça dele. Iluminação de Srila Prabhupada: Um inimigo que põe fogo na casa, administra veneno, ataca de repente com armas letais, rouba riqueza ou usurpa campos de agricultura, ou seduz a esposa é chamado um agressor. Esse agressor, embora seja um brahmana ou assim chamado filho de um brahmana, tem que ser punido em todas circunstâncias. Quando Arjuna prometeu decapitar o agressor chamado Asvatthama, ele sabia bem que Asvatthama era filho de um brahmana, mas porque o assim chamado brahmana agiu como um açougueiro, ele foi considerado assim, e não havia questão de pecado em matar um brahmana desses que provou ser um vilão. Verso 17 iti priyäà valgu-vicitra-jalpaiù Arjuna, que é guiado pelo Senhor infalível como amigo e piloto, assim satisfez a querida senhora com essas declarações. Ele se vestiu com armadura e se armou com armas furiosas, subiu em sua quadriga, e saiu para perseguir Asvatthama, o filho de seu professor marcial. Verso 18 tam äpatantaà sa vilakñya dürät Asvatthama, o assassino entre os príncipes, viu de uma grande distância Arjuna que chegava até ele com grande velocidade, fugiu em sua quadriga, tomado pelo pânico, justamente para salvar sua vida, do mesmo modo como Brahma fugiu com medo de Shiva. Iluminação de Srila Prabhupada: Segundo o assunto da leitura, tanto kah quanto arkah, existem duas referências nos Puranas. Kah significa Brahma, que certa vez ficou atraído por sua filha e começou a segui-la, o que enfureceu Shiva, que atacou Brahma com seu tridente. Brahmaji fugiu de medo por sua vida. Sobre arkah, há uma referência no Vamana Purana. Havia um demônio com o nome Vidyunmali que foi presenteado com um aeroplano dourado que viajou até as costas do Sol, e a noite desapareceu por causa da refulgência brilhante daquele aeroplano. Por isso o deus do Sol ficou irado, e com seus raios virulentos ele derreteu o aeroplano. Isso enfureceu o Senhor Shiva, o Senhor Shiva então atacou o deus do Sol, que fugiu e no fim caiu em Kashi (Varanasi), e o local ficou famoso como Lolarka. Verso 19 yadäçaraëam ätmänam Quando o filho do brahmana (Asvatthama) viu que seus cavalos estavam cansados, ele considerou que não havia nenhuma alternativa para proteção além de usar a arma última, a brahmastra (arma nuclear). Iluminação de Srila Prabhupada: Em último caso somente, quando não há alternativa, a arma nuclear chamada brahmastra é aplicada. A palavra dvijatmajah é significativa porque Asvatthama, embora fosse filho de Dronacharya, não era exatamente um brahmana qualificado. A pessoa mais inteligente é chamada um brahmana, mas não é um título hereditário. Asvatthama também anteriormente foi chamado de brahma-bandhu, ou o amigo de um brahmana. Ser amigo de um brahmana não significa que a pessoa é um brahmana qualificado. Um amigo ou filho de um brahmana, quando é qualificado plenamente, pode ser chamado brahmana e não de outra forma. Porque a decisão de Asvatthama é imatura, ele é chamado de propósito aqui de filho de um brahmana. Verso 20 athopaspåçya salilaà Porque sua vida estava em perigo, ele tocou água em santidade e se concentrou no canto dos hinos para lançar armas nucleares, apesar de não saber como retirar essas armas. Iluminação de Srila Prabhupada: As formas sutis das atividades materiais são mais refinadas do que métodos grosseiros de manipulação material. Essas formas sutis de atividades materiais são eficientes através da purificação do som. O mesmo método é adotado aqui por cantar hinos para agirem como armas nucleares. Verso 21 tataù präduñkåtaà tejaù Depois disso uma luz brilhante se espalhou em todas direções. Era tão feroz que Arjuna pensou que sua própria vida estava em perigo, assim ele começou a falar com o Senhor Sri Krishna. Verso 22 arjuna uväca Arjuna disse: Ó meu querido Senhor Sri Krishna, Você é a Personalidade de Deus todo-poderosa. Não há limite para Suas diferentes energias. Portanto só Você é competente para inspirar destemor nos corações de Seus devotos. Todos dentro das chamas das misérias materiais podem encontrar o caminho da liberação em Você somente. Iluminação de Srila Prabhupada: Arjuna era ciente das qualidades transcendentais do Senhor Sri Krishna, como já tinha experimentado durante a batalha de Kurukshetra, na qual ambos estavam presentes. Portanto, a versão de Arjuna do Senhor Krishna é autêntica. Krishna é todo-poderoso e é especialmente a causa do destemor para os devotos. Um devoto do Senhor é sempre destemido por causa da proteção dada pelo Senhor. A existência material é algo igual um fogo ardente na floresta, que pode ser extinto pela misericórdia do Senhor Sri Krishna. O mestre espiritual é a representação misericordiosa do Senhor. Portanto, uma pessoa que arde nas chamas da existência material pode receber chuvas de misericórdia do Senhor através do meio transparente do mestre espiritual auto-realizado. O mestre espiritual, com suas palavras, pode penetrar no coração da pessoa sofredora e injetar conhecimento transcendental, o qual somente pode extinguir o fogo da existência material. Verso 23 tvam ädyaù puruñaù säkñäd Você é a Personalidade de Deus original que Se expande por todas criações e é transcendental à energia material. Você pode jogar fora os efeitos da energia material por meio de Sua potência espiritual. Você está sempre situado em bem-aventurança eterna e conhecimento transcendental. Iluminação de Srila Prabhupada: O Senhor afirma no Bhagavad-gita aquele que se rende aos pés de lótus do Senhor pode obter alívio das garras da ignorância. Krishna é justamente igual o Sol, e maya ou existência material é justamente igual escuridão. Sempre que há a luz do Sol, escuridão ou ignorância é aniquilada imediatamente. O melhor meio para sair do mundo da ignorância é sugerido aqui. O Senhor é chamado aqui de Personalidade de Deus original. Dele todas outras Personalidades de Deus expandem. O todo-penetrante Senhor Vishnu é porção plenária do Senhor Krishna ou expansão. O Senhor Se expande em formas inumeráveis do Supremo e seres vivos, junto com Suas diferentes energias. Mas Sri Krishna é o Senhor primordial original de quem tudo emana. O aspecto todo-penetrante do Senhor experimentado dentro do mundo manifestado também é uma representação parcial do Senhor. Paramatma, portanto, está incluído dentro Dele. Ele é a Personalidade de Deus Absoluta. Ele não tem nada a ver com as ações e reações da manifestação material porque Ele é muito acima da criação material. Escuridão é uma representação pervertida do Sol, e portanto a existência da escuridão depende da existência do Sol, mas dentro do Sol propriamente não existe traço de escuridão. Do mesmo modo que o Sol é cheio de luz somente, similarmente a Personalidade de Deus Absoluta, além da existência material, é pleno de bem-aventurança. Ele não é somente pleno de bem-aventurança, mas pleno de variedades transcendentais. Transcendência não é de jeito nenhum estática, mas cheia de variedade dinâmica. Ele é distinto da natureza material, que é complicada pelos três modos da natureza material. Ele é parama, ou o líder. Portanto Ele é absoluto. Ele possui energias múltiplas, e através de Suas energias diversas Ele cria, manifesta, mantém e destrói o mundo material. Em Sua própria morada, todavia, tudo é eterno e absoluto. O mundo não é conduzido pelas energias ou agentes poderosos por si próprios, mas pelo potente todo-poderoso com todas energias. Verso 24 sa eva jéva-lokasya E ainda assim, embora Você seja além do alcance da energia material, Você executa os quatro princípios da liberação caracterizados por religião e assim por diante para o benefício último das almas condicionadas. Iluminação de Srila Prabhupada: A Personalidade de Deus Sri Krishna, por Sua misericórdia sem causa, descende no mundo manifestado sem ser influenciado pelos modos materiais da natureza. Ele é eternamente além das manifestações materiais. Ele descende por Sua misericórdia sem causa somente para resgatar as almas caídas que estão cativadas pela energia ilusória. Elas são atacadas pela energia material, e querem desfrutá-la sob falsos pretextos, apesar de em essência o ser vivo é incapaz para desfrutar. O ser vivo é eternamente o servidor do Senhor, e quando ele esquece sua posição pensa em desfrutar o mundo material, mas na realidade está em ilusão. O Senhor descende para erradicar esse sentido de desfrute falso e assim recupera almas condicionadas de volta para o Supremo. Essa é a natureza todo-misericordiosa do Senhor para as almas caídas. Verso 25 tathäyaà cävatäras te Assim Você descende como uma encarnação para remover a carga do mundo e para beneficiar Seus amigos, especialmente aqueles que são Seus devotos exclusivos e estão extasiados na meditação em Você. Iluminação de Srila Prabhupada: Parece que o Senhor é parcial com Seus devotos. Todos estão relacionados com o Senhor. Ele é igual com todos, e ainda assim Ele é mais inclinado para Suas próprias pessoas e devotos. O Senhor é o pai de todos. Ninguém pode ser Seu pai, e ainda assim ninguém pode ser Seu filho. Seus devotos são Seus parentes, e Seus devotos são Suas relações. Esse é Seu passatempo transcendental. Não tem nada a ver com idéias mundanas de relações, paternidade ou qualquer coisa igual isso. Como mencionado acima, o Senhor está acima dos modos da natureza material, e por isso não existe nada mundano sobre Seus parentes e relações no serviço devocional. Verso 26 kim idaà svit kuto veti Ó Senhor dos senhores, como é isso que essa refulgência perigosa se espalha por toda a volta? De onde vem ela? Eu não entendo isso. Iluminação de Srila Prabhupada: Tudo que é apresentado perante a Personalidade de Deus deve ser assim feito depois da apresentação de preces respeitosas. Esse é o procedimento padrão, e Sri Arjuna, embora amigo íntimo do Senhor, observa esse método para informação geral. Verso 27 çré-bhagavän uväca A Suprema Personalidade de Deus disse: Saiba de Mim que isso é o ato do filho de Drona. Ele lançou os hinos de energia nuclear (brahmastra), e não sabe como retrair o brilho. Ele fez isso em desespero, com medo da morte iminente. Iluminação de Srila Prabhupada: A brahmastra é similar à arma nuclear moderna manipulada pela energia atômica. A energia atômica trabalha inteiramente em combustibilidade total, e assim também a brahmastra age. Ela cria um calor intolerável similar à radiação atômica, mas a diferença é que a bomba atômica é um tipo grosseiro de arma nuclear, enquanto a brahmastra é um tipo sutil de arma produzida pelo cantar de hinos. É uma ciência diferente, e nos dias passados essa ciência era cultivada na terra de Bharata-varsha. A ciência sutil de cantar hinos também é material, mas ainda precisa ser conhecida pelos cientistas materialistas modernos. Ciência sutil material não é espiritual, mas tem uma relação direta com o mundo espiritual, o qual é ainda mais sutil. Um cantor do hino sabia como aplicar a arma e também sabia como retraí-la. Esse era conhecimento perfeito. Mas o filho de Dronacharya, que fez uso da ciência sutil, não sabia retrair. Ele a aplicou, com medo de sua morte iminente, e assim a prática não foi somente imprópria mas também irreligiosa. Como o filho de um brahmana, ele não deveria ter cometido tantos erros, e por essa negligência grosseira ele foi punido pelo Senhor em Pessoa. Verso 28 na hy asyänyatamaà kiïcid Ó Arjuna, somente outra brahmastra pode neutralizar essa arma. Porque você é perito em ciência militar, domine o brilho dessa arma com o poder da sua própria arma. Iluminação de Srila Prabhupada: Para as bombas atômicas não existe arma de contra-ataque para neutralizar os efeitos. Mas pela ciência sutil a ação da brahmastra pode ser neutralizada, e aqueles que eram especialistas na ciência militar naquela época podiam neutralizar a brahmastra. O filho de Dronacharya não sabia a arte de neutralizar a arma, e por isso Arjuna foi solicitado para neutralizá-la pelo poder de sua própria arma. Verso 29 süta uväca Sri Suta Goswami disse: Ao ouvir isso da Personalidade de Deus, Arjuna tocou água para purificação, e depois de circungirar o Senhor Sri Krishna, ele lançou sua arma brahmastra para neutralizar a outra. Verso 30 saàhatyänyonyam ubhayos Quando os raios das duas brahmastras combinaram, um grande círculo de fogo, igual o disco do Sol, cobriu todo espaço sideral e todo o firmamento de planetas. Iluminação de Srila Prabhupada: O calor criado pelo clarão de uma brahmastra parece o fogo exibido no globo solar na hora da aniquilação cósmica. A radiação da energia atômica é muito insignificante em comparação com o calor produzido por uma brahmastra. A explosão da bomba atômica pode no máximo explodir um globo, mas o calor produzido pela brahmastra pode destruir a situação cósmica inteira. A comparação é então feita com o calor na hora da aniquilação. Verso 31 dåñövästra-tejas tu tayos Toda a população dos três mundos foi queimada pelo calor combinado das armas. Todos se lembraram do fogo samvartaka que acontece na hora da aniquilação. Iluminação de Srila Prabhupada: Os três mundos são os planetas superiores, inferiores e intermediários do universo. Embora a brahmastra foi lançada nesta Terra, o calor produzido pela combinação das duas armas cobriu todo o universo, e todas populações em todos os diferentes planetas começaram a sentir calor excessivamente e compararam isso com o fogo samvartaka. Nenhum planeta, portanto, é sem seres vivos, como pessoas materialistas menos inteligentes pensam. Verso 32 prajopadravam älakñya Assim ao ver a perturbação da população geral e destruição iminente dos planetas, Arjuna imediatamente retraiu ambas armas brahmastras, como o Senhor Sri Krishna desejou. Iluminação de Srila Prabhupada: A teoria que as explosões de bomba atômica moderna podem aniquilar o mundo é imaginação infantil. Primeiro de tudo, a energia atômica não é poderosa o bastante para destruir o mundo. E segundo, ultimamente tudo repousa na vontade suprema do Supremo Senhor porque sem Sua vontade ou sanção nada pode ser construído ou destruído. É tolice também achar que leis naturais são ultimamente poderosas. A lei da natureza material trabalha sob a direção do Senhor, como confirmado no Bhagavad-gita. O Senhor diz que lá que as leis naturais trabalham sob Sua supervisão. O mundo pode ser destruído somente pela vontade do Senhor e não pelos caprichos de políticos insignificantes. O Senhor Sri Krishna queria que ambas as armas lançadas por Drauni e Arjuna fossem neutralizadas, e isso foi cumprido por Arjuna imediatamente. Similarmente, existem muitos agentes do Senhor todo-poderoso, e somente pela Sua vontade pode-se executar o que Ele deseja. Verso 33 tata äsädya tarasä Arjuna, seus olhos ardentes em ira igual duas bolas vermelhas de cobre, habilmente prendeu o filho de Gautami e o amarrou com cordas igual um animal. Iluminação de Srila Prabhupada: A mãe de Asvatthama, Kripi, nasceu na família de Gautama. O ponto significativo neste sloka é que Asvatthama foi pego e amarrado com cordas igual um animal. De acordo com Shridhara Swami, Arjuna estava obrigado a capturar esse filho de um brahmana igual um animal como parte do seu dever (dharma). Essa sugestão por Shridhara Swami também é confirmada na última declaração de Sri Krishna. Asvatthama era um filho fidedigno de Dronacharya e Kripi, mas porque ele se degradou para um status de vida inferior, foi apropriado tratá-lo como um animal e não como um brahmana. Verso 34 çibiräya ninéñantaà Depois de prender Asvatthama, Arjuna queria levá-lo para o acampamento militar. A Personalidade de Deus Sri Krishna, olhando com Seus olhos de lótus, falou para o irado Arjuna. Iluminação de Srila Prabhupada: Tanto Arjuna quanto o Senhor Sri Krishna são descritos aqui num humor irado, mas os olhos de Arjuna eram iguais bolas de cobre vermelho enquanto os olhos do Senhor eram iguais lótus. Isso significa que o humor irado de Arjuna e o do Senhor não estão no mesmo nível. O Senhor é Transcendência, e por isso Ele é absoluto em qualquer estágio. Sua ira não é igual à ira de um ser vivo condicionado dentro dos modos da natureza material qualitativa. Porque Ele é absoluto, tanto Sua ira quanto prazer são o mesmo. Sua ira não é exibida nos três modos da natureza material. É só um sinal de Sua inclinação em direção à causa do devoto porque assim é Sua natureza transcendental. Portanto, se Ele está irado, o objeto da ira é abençoado. Ele é imutável em todas as circunstâncias. Verso 35 mainaà pärthärhasi trätuà O Senhor Sri Krishna disse: Ó Arjuna, você não deve mostrar misericórdia por libertar esse parente de um brahmana (brahma-bandhu), porque ele matou meninos inocentes no sono deles. Iluminação de Srila Prabhupada: A palavra brahma-bandhu é significativa. A pessoa que acontece de nascer na família de um brahmana mas não é qualificada para ser chamada de um brahmana é chamada de parente de um brahmana, e não como um brahmana. O filho de um juiz da suprema corte não é virtualmente um juiz da suprema corte, mas não existe mal nenhum em chamar um filho de juiz da suprema corte como um parente do Excelentíssimo Juiz. Portanto, do mesmo modo que por nascimento apenas a pessoa não se torna um juiz da suprema corte, assim também alguém não se torna um brahmana simplesmente por direito de nascimento mas por adquirir as qualificações necessárias de um brahmana. Do mesmo modo que juizado da suprema corte é um posto para a pessoa qualificada, assim também o posto de um brahmana é obtenível somente por qualificação. O sastra ordena que mesmo se boas qualificações são vistas numa pessoa nascida numa família outra do que uma de um brahmana, a pessoa qualificada tem que ser aceita como um brahmana, e similarmente se uma pessoa nascida numa família de um brahmana é nula de qualificação brahmana, então deve ser tratada como um não brahmana ou, em melhores termos, um parente de um brahmana. O Senhor Sri Krishna, a autoridade suprema de todos princípios religiosos, os Vedas, apontou pessoalmente essas diferenças, e Ele está quase para explicar a razão disso nos slokas seguintes. Verso 36 mattaà pramattam unmattaà Uma pessoa que conhece os princípios da religião não mata um inimigo que está distraído, embriagado, insano, adormecido, com medo ou desprovido de sua quadriga. Ele também não mata um menino, uma mulher, uma criatura tola ou uma alma rendida. Iluminação de Srila Prabhupada: Um inimigo que não resiste nunca é morto por um guerreiro que conhece os princípios da religião. Antigamente as batalhas eram lutadas sobre os princípios da religião e não com o propósito de prazer sensual. Se acontecesse de um inimigo estar embriagado, adormecido, etc., como mencionado acima, nunca deveria ser morto. Esses são alguns dos códigos da guerra religiosa. Antigamente guerra nunca era declarada pelos caprichos de líderes políticos egoístas; acontecia sobre princípios religiosos livre de todos os vícios. Violência realizada sobre princípios religiosos é muito superior à assim chamada não-violência. Verso 37 sva-präëän yaù para-präëaiù Uma pessoa cruel e desgraçada que mantém sua existência ao custo das vidas de outros merece ser morta para seu próprio bem-estar, caso contrário ela irá para baixo por suas próprias ações. Iluminação de Srila Prabhupada: Uma vida por uma vida é justamente punição para uma pessoa que cruelmente e descaradamente vive à custa da vida de outra. Moralidade política é punir uma pessoa pela sentença de morte a fim de salvar uma pessoa cruel de ir para o inferno. Um assassino ser condenado à sentença de morte pelo estado é bom para o culpado porque em sua próxima vida ele não terá que sofrer por seu ato de assassinato. Essa sentença de morte para o assassino é a punição menor possível oferecida para ele, e é dito nos smrti-sastras pessoas que são punidas pelo rei sobre o princípio de uma vida por uma vida são purificadas de seus pecados, tanto que podem se tornar elegíveis para serem promovidas a planetas do paraíso. De acordo com Manu, o grande autor dos códigos civis e princípios religiosos, mesmo o matador de um animal deve ser considerado um assassino porque comida animal nunca é destinada para a pessoa civilizada, cujo dever primordial é se preparar para voltar ao Supremo. Ele diz que no ato de matar um animal, há uma conspiração regular pelo partido dos pecadores, e todos eles são passíveis para serem punidos como assassinos exatamente igual um partido de conspiradores que matam um ser humano combinados. Aquele que dá permissão, aquele que mata o animal, aquele que vende o animal abatido, aquele que cozinha o animal, aquele que administra a distribuição dos comestíveis, e por último aquele que come essa comida de animal cozido todos são assassinos, e todos são passíveis de punição pelas leis da natureza. Ninguém pode criar um ser vivo apesar de todo avanço da ciência material, e portanto ninguém tem o direito de matar um ser vivo por seus caprichos independentes. Para os comedores de animais, as escrituras sancionaram sacrifícios animais restritos somente, e essas sanções são justamente para restringir a abertura de matadouros e não encorajar matança de animais. O procedimento sobre o qual sacrifício animal é permitido nas escrituras é bom tanto para o animal sacrificado quanto os comedores de animais. É bom para o animal no sentido de que o animal sacrificado é imediatamente promovido para a forma humana de vida depois de ser sacrificado no altar, e o comedor de animal é salvo de tipos de pecados mais grosseiros (comer carnes de matadouros organizados que são locais medonhos para o cultivo de todos tipos de aflições materiais para a sociedade, país e as pessoas em geral). O mundo material em si é um lugar sempre cheio de ansiedades, e por encorajar matança de animal toda a atmosfera se torna poluída mais e mais por guerra, epidemias, fome e muitas outras calamidades indesejadas. Verso 38 pratiçrutaà ca bhavatä Além do mais, Eu pessoalmente ouvi você prometer para Draupadi que você traria a cabeça do matador dos filhos dela. Verso 39 tad asau vadhyatäà päpa Esse homem é um assassino e matador de seus próprios membros familiares. Não somente isso, ele também dessatisfez seu mestre. Ele é apenas os restos queimados da família dele. Mate-o imediatamente. Iluminação de Srila Prabhupada: O filho de Dronacharya é condenado aqui como os restos queimados de sua família. O bom nome de Dronacharya era muito respeitado. Embora ele aderiu ao acampamento do inimigo, os Pandavas sempre o consideraram com respeito, e Arjuna o saudou antes de começar o combate. Não havia nada errado nesse caminho. Mas o filho de Dronacharya se degradou por cometer atos que nunca são feitos por dvijas, ou as classes superiores dos duas vezes nascidos. Asvatthama, o filho de Dronacharya, cometeu assassinato ao matar os cinco filhos de Draupadi adormecidos, pelo qual dessatisfez seu mestre Duryodhana, que nunca aprovou o ato hediondo de matar os cinco filhos dos Pandavas adormecidos. Isso quer dizer que Asvatthama se tornou um agressor dos membros pessoais da família de Arjuna, e assim ele era passível de punição por ele. Nos sastras, aquele que ataca sem anunciar ou mata por trás ou ateia fogo na casa de outro ou rapta a esposa de outro é condenado à morte. Krishna lembrou Arjuna desses fatos para que pudesse tomar conhecimento e fizesse o necessário. Verso 40 süta uväca Suta Goswami disse: Embora Krishna, que examinava Arjuna em religião, encorajou Arjuna a matar o filho de Dronacharya, Arjuna, uma grande alma, não gostou da idéia de matá-lo, apesar de Asvatthama ser um assassino hediondo dos membros familiares de Arjuna. Iluminação de Srila Prabhupada: Arjuna era uma grande alma indubitavelmente, o que é provado aqui também. Ele é encorajado pessoalmente pelo Senhor para matar o filho de Drona, mas Arjuna considera que o filho de seu grande professor devia ser poupado, porque acontecia dele ser o filho de Dronacharya, mesmo embora fosse um filho indigno, que cometeu todos tipos de atos hediondos caprichosamente para nenhum benefício de ninguém. O Senhor Sri Krishna encorajou Arjuna externamente justamente para testar o senso de dever de Arjuna. Não é que Arjuna era incompleto no sentido de seu dever, nem o Senhor Sri Krishna era desconhecedor do senso de dever de Arjuna. Mas o Senhor Sri Krishna põe em teste muitos de Seus devotos puros justamente para magnificar o senso de dever. As gopis foram colocadas nesses testes também. Prahlada Maharaja também foi posto num teste desse. Todos devotos puros se saem bem sucedidos em seus respetivos testes pelo Senhor. Verso 41 athopetya sva-çibiraà Depois de chegar a seu acampamento pessoal, Arjuna, junto com seu amigo querido e piloto (Sri Krishna), entregou o assassino à sua esposa, que lamentava por seus filhos mortos. Iluminação de Srila Prabhupada: A relação transcendental de Arjuna com Krsna é da amizade mais querida. No Bhagavad-gita o Senhor em Pessoa chamou Arjuna de Seu amigo mais querido. Todo ser vivo é assim relacionado com o Supremo Senhor por algum tipo de relação afetuosa, tanto como servo ou como amigo ou um pai ou mãe ou um objeto de amor conjugal. Todos portanto podem desfrutar a companhia do Senhor no reino espiritual se deseja muito e tenta sinceramente por isso pelo processo de bhakti-yoga. Verso 42 tathähåtaà paçuvat päça-baddham Sri Suta Goswami disse: Draupadi então viu Asvatthama, que estava amarrado com cordas igual um animal e silencioso por ter encenado o assassinato mais medonho. Devido à sua natureza feminina, e devido a ela ser naturalmente boa e bem comportada, ela lhe mostrou respeitos devidos a um brahmana. Iluminação de Srila Prabhupada: Asvatthama foi condenado pelo Senhor em Pessoa, e foi tratado por Arjuna justamente igual um culpado, não igual o filho de um brahmana ou professor. Mas quando ele foi trazido perante Srimati Draupadi, ela, embora triste pelo assassinato de seus filhos, apesar do assassino estar presente perante ela, não pode evitar o devido respeito geralmente oferecido a um brahmana, ou para o filho de um brahmana. Isso é devido à sua natureza meiga como uma mulher. Mulheres como uma classe não são melhores que meninos, e por isso não têm nenhum poder discriminatório igual de um homem. Asvatthama provou ser um filho indigno de Dronacharya ou de um brahmana, e por essa razão ele foi condenado pela maior autoridade, o Senhor Sri Krishna, e mesmo assim uma mulher meiga não pôde evitar sua cortesia natural por um brahmana. Até hoje, numa família brahmana uma mulher mostra respeito para o brahmana de casta, mesmo embora tão caído e hediondo um brahma-bandhu possa ser. Mas os homens começaram a protestar contra os brahma-bandhus que são nascidos em famílias de bons brahmanas mas que por ação são mais baixos que sudras. As palavras específicas usadas neste sloka são vama-svabhava, "meiga e gentil por natureza". Um bom homem ou mulher aceita qualquer coisa muito facilmente, mas uma pessoa de inteligência mediana não faz isso. Mas, de qualquer forma, não devemos abandonar nossa razão e poder discriminatório justamente para ser gentil. Deve-se ter um bom poder discriminatório para julgar uma coisa pelo seu mérito. Não devemos seguir a natureza meiga de uma mulher e por isso aceitar aquilo que não é genuíno. Asvatthama pode ser respeitado por uma mulher de boa natureza, mas isso não significa que ele seja tão bom quanto um brahmana genuíno. Verso 43 uväca cäsahanty asya Ela não pôde tolerar Asvatthama amarrado com cordas, e por ser uma senhora devotada, ela disse: Liberte ele, porque ele é um brahmana, nosso mestre espiritual. Iluminação de Srila Prabhupada: Logo que Asvatthama foi trazido perante Draupadi, ela achou intolerável que um brahmana devia ser preso como um culpado e trazido perante ela naquela condição, especialmente porque acontecia do brahmana ser um filho do professor. Arjuna prendeu Asvatthama e sabia perfeitamente bem que ele era o filho de Dronacharya. Krishna também sabia que ele era isso, mas os dois condenaram o assassino sem consideração por ele ser filho de um brahmana. De acordo com as escrituras reveladas, um professor ou mestre espiritual é passível de ser rejeitado se provar que é indigno da sua posição de um guru ou mestre espiritual. Um guru é chamado também de acarya, ou uma pessoa que pessoalmente assimilou toda a essência dos sastras e ajudou seus discípulos a adotarem os caminhos. Asvatthama falhou em executar os deveres de um brahmana ou professor, e portanto ele era passível de ser rejeitado da posição exaltada de um brahmana. Sobre essa consideração, tanto o Senhor Sri Krishna quanto Arjuna estavam certos em condenar Asvatthama. Mas para uma boa senhora igual Draupadi, a matéria não era considerada do ângulo da visão sastric, mas como uma questão de costume. Por costume, Asvatthama foi oferecido o mesmo respeito oferecido a seu pai. Foi assim porque geralmente as pessoas aceitam o filho de um brahmana como um brahmana real, por sentimento apenas. De fato o assunto é diferente. Um brahmana é aceito sobre o mérito da qualificação e não sobre o mérito de ser simplesmente o filho de um brahmana. Mas apesar de tudo isso, Draupadi desejou que Asvatthama fosse libertado imediatamente, e era ao todo igualmente um bom sentimento para ela. Isso significa que um devoto do Senhor pode tolerar todos tipos de aflição pessoalmente, mas mesmo assim esses devotos nunca são rudes com outros, mesmo para o inimigo. Essas são características daquele que é um devoto puro do Senhor. Verso 44 sarahasyo dhanur-vedaù Foi pela misericórdia de Dronacharya que você aprendeu a arte de atirar flexas e a arte confidencial de controlar armas. Iluminação de Srila Prabhupada: Dhanur-veda, ou ciência militar, foi ensinada por Dronacharya com todos seus segredos confidenciais de lançar e controlar por hinos Védicos. A ciência militar grosseira é dependente de armas materiais, mas mais fino que isso é a arte de lançar as flexas saturadas com hinos Védicos, que agem mais efetivamente do que armas materiais grosseiras tais quais metralhadora ou bombas atômicas. O controle é pelos mantras Védicos, ou a ciência transcendental do som. É dito no Ramayana que Maharaja Dasharatha, o pai do Senhor Sri Rama, costumava controlar flexas pelo som somente. Ele podia perfurar seu alvo com sua flexa somente por ouvir o som, sem ver o objeto. Assim é uma ciência militar mais refinada do que essa das armas militares grosseiras usadas hoje em dia. Arjuna foi ensinado tudo isso, e por isso Draupadi desejou que Arjuna se sentisse agradecido ao Acharya Drona por todos esses benefícios. E na ausência de Dronacharya, seu filho era seu representante. Essa era a opinião da bondosa senhora Draupadi. Pode-se argumentar por que Dronacharya, um brahmana rígido, deveria ser professor da ciência militar. Mas a resposta é que um brahmana erudito deve se tornar um professor, sem levar em conta qual seja o seu departamento do conhecimento. Um brahmana erudito deve se tornar um professor, um sacerdote e um recipiente de caridade. Um brahmana fidedigno é autorizado a aceitar essas profissões. Verso 45 sa eña bhagavän droëaù Ele (Dronacharya) certamente ainda existe, representado pelo seu filho. Sua esposa Kripi não se submeteu a um sati com ele porque ela tinha um filho. Iluminação de Srila Prabhupada: A esposa de Dronacharya, Kripi, é a irmã de Kripacharya. Uma esposa devotada, que é segundo as escrituras reveladas a melhor metade de seu esposo, é justificada em abraçar morte voluntária junto com seu esposo se não tiver filhos. Mas no caso da esposa de Dronacharya, ela não se submeteu a essa prova porque tinha um filho, o representante de seu esposo. Uma viúva é uma viúva só de nome se tiver um filho vivo de seu esposo. Assim em ambos os casos Asvatthama era o representante de Dronacharya, e portanto matar Asvatthama seria igual matar Dronacharya. Esse foi o argumento de Draupadi contra a matança de Asvatthama. Verso 46 tad dharmajïa mahä-bhäga Ó pessoa mais afortunada que conhece os princípios da religião, não é bom para você causar sofrimento para membros familiares gloriosos que são sempre respeitáveis e adoráveis. Iluminação de Srila Prabhupada: Um mínimo insulto para uma família respeitável é suficiente para invocar sofrimento. Portanto, uma pessoa culta deve sempre ter cuidado ao lidar com membros familiares adoráveis. Verso 47 mä rodéd asya janané Meu senhor, não faça a esposa de Dronacharya chorar igual a mim. Eu estou triste pela morte dos meus filhos. Ela não precisa chorar constantemente igual a mim. Iluminação de Srila Prabhupada: Uma senhora bondosa complacente como ela era, Srimati Draupadi não queria pôr a esposa de Dronacharya na mesma posição de falta de filhos, tanto pelo ponto dos sentimentos maternos quanto da posição respeitável pela esposa de Dronacharya. Verso 48 yaiù kopitaà brahma-kulaà Se a ordem administrativa real, que for irrestrita em controle dos sentidos, ofender a ordem brahmana e os enraivecer, então o fogo dessa fúria queima todo o corpo material da família real e traz sofrimento para todos. Iluminação de Srila Prabhupada: A ordem brahmana da sociedade, ou a casta ou comunidade espiritualmente avançada, e os membros dessas famílias altamente elevadas, eram sempre considerados em grande estima pelas outras castas subordinadas, a saber a ordem real administrativa, a ordem mercantil e os trabalhadores. Verso 49 süta uväca Suta Goswami disse: Ó brahmanas, o Rei Yudhisthira apoiou plenamente as declarações da Rainha, que eram de acordo com os princípios da religião e eram justificados, gloriosos, plenos de misericórdia e eqüidade, e sem diplomacia. Iluminação de Srila Prabhupada: Maharaja Yudhisthira que era o filho de Dharmaraja, ou Yamaraja, apoiou plenamente as palavras da Rainha Draupadi ao pedir para Arjuna libertar Asvatthama. Não se deve tolerar a humilhação de um membro de uma grande família. Arjuna e sua família estavam em débito com a família de Dronacharya por causa do aprendizado de Arjuna sobre a ciência militar dele. Se ingratidão for mostrada para essa família tão benevolente, não seria justificado do ponto de vista moral. A esposa de Dronacharya, que era metade do corpo da grande alma, devia ser tratada com compaixão e não devia ser posta em sofrimento por causa da morte de seu filho. Isso é compaixão. Essas declarações de Draupadi foram sem duplicidade porque ações devem ser tomadas com conhecimento pleno. O sentimento de eqüidade estava lá porque Draupadi falou independente da sua experiência pessoal. Uma mulher estéril não pode entender o sofrimento de uma mãe. Draupadi era ela própria uma mãe, e portanto seu cálculo da profundidade do sofrimento de Kripi estava bem no ponto. E foi glorioso porque ela queria mostrar respeito adequado para uma grande família. Verso 50 nakulaù sahadevaç ca Nakula e Sahadeva (os irmãos mais novos do Rei) e também Satyaki, Arjuna, a Personalidade de Deus Senhor Sri Krishna, filho de Devaki, e as senhoras e outros todos concordaram unanimemente com o Rei. Verso 51 taträhämarñito bhémas Bhima, todavia, discordou deles e recomendou a morte desse culpado que, num humor irado, assassinou crianças que dormiam para propósito nenhum e nem para seu interesse nem de seu mestre. Verso 52 niçamya bhéma-gaditaà Chaturbhuja (aquele de quatro braços), ou a Personalidade de Deus, depois de ouvir as palavras de Bhima, Draupadi e outros, viu a face de Seu querido amigo Arjuna, e começou a falar como se sorrisse. Iluminação de Srila Prabhupada: O Senhor Sri Krishna tinha dois braços, e por que Ele é designado como de quatro braços é explicado por Shridhara Swami. Ambos Bhima e Draupadi tinham visões diferentes sobre matar Asvatthama. Bhima queria que ele fosse morto imediatamente, enquanto Draupadi queria salvá-lo. Podemos imaginar Bhima pronto para matá-lo enquanto Draupadi o impedia. A fim de prevenir ambos, o Senhor descobriu outros dois braços. Originalmente, o Senhor primordial Sri Krishna exibe apenas dois braços, mas em Seu aspecto de Narayana Ele exibe quatro. Em Seu aspecto Narayana Ele reside com Seus devotos nos planetas Vaikuntha no céu espiritual. Portanto, se Sri Krishna é chamado caturbhuja, não há contradição. Se necessário Ele pode exibir centenas de braços, como Ele exibiu em Seu visva-rupa mostrado para Arjuna. Assim, aquele que pode exibir centenas e milhares de braços também pode manifestar quatro sempre que necessário. Quando Arjuna ficou perplexo sobre o que fazer com Asvatthama, o Senhor Sri Krishna, como o amigo muito querido de Arjuna, voluntariamente assumiu a matéria justamente para dar uma solução. E Ele sorria também. Versos 53 e 54 çré-bhagavän uväca A Personalidade de Deus Sri Krishna disse: Um amigo de um brahmana não deve ser morto, mas se ele é um agressor deve ser morto. Todos esses regulamentos estão nas escrituras, e você deve agir de acordo. Você tem que cumprir a promessa que fez para sua esposa, e você também deve agir para a satisfação de Bhimasena e Minha. Iluminação de Srila Prabhupada: Arjuna estava perplexo porque Asvatthama estava para ser morto e também poupado de acordo com escrituras diferentes citadas por pessoas diferentes. Como um brahma-bandhu, ou filho indigno de um brahmana, Asvatthama não era para ser morto, mas ele era ao mesmo tempo um agressor também. E de acordo com os regulamentos de Manu, um agressor, mesmo se for um brahmana (o que dizer do filho indigno de um brahmana), é para ser morto. Dronacharya era certamente um brahmana no verdadeiro sentido do termo, mas porque permaneceu no campo de batalha foi morto. Mas apesar de Asvatthama ser um agressor, ele estava sem nenhuma arma de combate. A regra é que um agressor, quando está sem arma ou quadriga, não pode ser morto. Todas essas eram certamente perplexidades. Além disso, Arjuna tinha que cumprir a promessa feita perante Draupadi justamente para acalmá-la. E ele também tinha que satisfazer ambos Bhima e Krishna, que aconselharam matá-lo. Esse dilema estava presente perante Arjuna, e a solução foi concedida por Krishna. Verso 55 süta uväca Justamente então Arjuna pôde entender o motivo do Senhor pelas ordens equivocadas Dele, e assim com sua espada ele cortou ambos cabelo e jóia da cabeça de Asvatthama. Iluminação de Srila Prabhupada: Ordens contraditórias de pessoas diferentes são impossíveis de realizar. Assim uma harmonização foi selecionada por Arjuna com sua inteligência aguçada, e ele cortou a jóia da cabeça de Asvatthama. Isso foi tão bom quanto cortar sua cabeça, e ainda assim a vida dele foi salva para todos propósitos práticos. Aqui Asvatthama é indicado como duas vezes nascido. Certamente ele era duas vezes nascido, mas caiu de sua posição, e por isso foi punido propriamente. Verso 56 vimucya raçanä-baddhaà Ele (Asvatthama) já tinha perdido seu brilho corpóreo devido ao infanticídio, e agora, mais ainda, ao perder a jóia de sua cabeça, ele perdeu mais força ainda. Assim ele foi desamarrado e posto para fora do acampamento. Iluminação de Srila Prabhupada: Assim insultado, o Asvatthama humilhado foi simultaneamente morto e não morto pela inteligência do Senhor Krishna e Arjuna. Verso 57 vapanaà draviëädänaà Cortar o cabelo de sua cabeça, destituí-lo de sua riqueza e tirá-lo de sua residência são as punições prescritas para o parente de um brahmana. Não há nenhum regulamento para matar o corpo. Verso 58 putra-çokäturäù sarve Depois disso, os filhos de Pandu e Draupadi, tomados pela tristeza, realizaram os rituais apropriados para os corpos mortos de seus familiares. Assim terminam os significados Bhaktivedanta do Primeiro Canto, Sétimo Capítulo, do Srimad Bhagavatam, intitulado "O Filho de Drona é Punido".
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Primeiro Canto - Capítulo Oito
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Desde 18/julho/2000 (Última Edição: 06-mai-2024 ) |