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Todas as Glórias a Sri Guru e Sri Gauranga (Original Sem "correções") -.- Primeiro Canto - "Criação" Capítulo Dezenove - O Aparecimento de Shukadeva Goswami -.- |
Capítulo Dezenove O Aparecimento de Shukadeva Goswami Verso 1 süta uväca Sri Suta Goswami disse: Enquanto voltava para casa, o Rei (Maharaja Parikshit) sentiu que o ato cometido por ele contra o brahmana impecável e poderoso foi hediondo e incivilizado. Conseqüentemente ele ficou angustiado. Iluminação de Srila Prabhupada: O Rei piedoso se arrependeu de seu tratamento impróprio acidental para o brahmana poderoso, que era impecável. Um arrependimento desse é natural para um bom homem igual o Rei, e um arrependimento desse libera um devoto de todos tipos de pecados cometidos acidentalmente. Os devotos são por natureza impecáveis. Pecados acidentais cometidos por um devoto são sinceramente arrependidos, e pela graça do Senhor todos pecados não intencionais cometidos por um devoto são queimados no fogo do arrependimento. Verso 2 dhruvaà tato me kåta-deva-helanäd (Rei Parikshit pensou): Por causa da minha negligência das injunções do Supremo Senhor certamente devo esperar alguma dificuldade para me subjugar no futuro próximo. Agora desejo sem reserva que a calamidade venha já, porque desse modo eu poderei ficar livre da ação pecaminosa e não cometer uma ofensa dessa novamente. Iluminação de Srila Prabhupada: O Supremo Senhor ordena que brahmanas e vacas devem ser dados toda proteção. O Senhor é Ele mesmo muitíssimo inclinado a fazer bem para brahmanas e vacas (go-brahmana-hitaya ca). Maharaja Parikshit sabia tudo isso, e por isso ele concluiu que seu insulto ao brahmana poderoso foi certamente para ser punido pelas leis do Senhor, e ele esperava algo de muita dificuldade no futuro bem próximo. Por isso ele desejou que a calamidade iminente caísse sobre ele e não sobre seus membros familiares. A má conduta pessoal de um homem afeta todos seus membros familiares. Por isso Maharaja Parikshit desejou que a calamidade caísse somente sobre ele. Por sofrer pessoalmente ele ficaria contido de pecados futuros, e ao mesmo tempo o pecado que ele tinha cometido seria neutralizado assim seus descendentes não sofreriam. Assim é o modo que um devoto responsável pensa. Os membros familiares de um devoto também compartilham os efeitos do serviço para o Senhor de um devoto. Maharaja Prahlada salvou seu pai demônio pelo seu serviço devocional pessoal. Um filho devoto numa família é o maior benefício ou bênção do Senhor. Verso 3 adyaiva räjyaà balam åddha-koçaà Eu sou incivilizado e pecaminoso por causa da minha negligência da cultura brahmana, consciência de Deus e proteção à vaca. Por isso eu desejo que meu reino, poder, riquezas queimem imediatamente pelo fogo da ira brahmana para que no futuro eu não seja guiado por tais atitudes não auspiciosas. Iluminação de Srila Prabhupada: Civilização humana progressiva é baseada na cultura brahmana, consciência de Deus e proteção das vacas. Todo o desenvolvimento econômico do estado por negócios, comércio, agricultura e indústrias deve ser plenamente utilizado em relação aos princípios acima, de outra forma o dito desenvolvimento econômico se torna uma fonte de degradação. Proteção da vaca significa alimentar a cultura brahmana, que conduz em direção da consciência de Deus, e assim a perfeição da civilização humana é alcançada. A era de Kali almeja matar os princípios de vida mais elevados, e embora Maharaja Parikshit resistisse fortemente ao domínio da personalidade de Kali dentro do mundo, a influência da era de Kali chegou ao momento oportuno, e mesmo um rei forte igual Maharaja Parikshit foi induzido a desconsiderar a cultura brahmana por causa de uma pequena provocação de fome e sede. Maharaja Parikshit lamentou o indente acidental, e desejou que todo seu reino, poder e acúmulo de riqueza fossem queimados por não estarem dedicados à cultura brahmana etc.. Onde riqueza e poder não estão engajados no avanço da cultura brahmana, consciência de Deus e proteção da vaca, o estado e lar são seguramente arruinados pela Providência. Se queremos paz e prosperidade no mundo, devemos aprender lições deste verso; cada estado e cada lar devem se empenhar para avançar a causa da cultura brahmana para autopurificação, consciência de Deus para auto-realização e proteção da vaca para obter leite suficiente e a melhor comida para continuar uma civilização perfeita. Verso 4 sa cintayann ittham athäçåëod yathä Enquanto o Rei se arrependia dessa forma, recebeu notícia da sua morte iminente, a qual seria pela picada de uma serpente alada, ocasionada pela maldição falada pelo filho do sábio. O Rei aceitou isso como boa notícia, porque seria a causa da sua indiferença em relação às coisas mundanas. Iluminação de Srila Prabhupada: Verdadeira felicidade é alcançada pela existência espiritual ou pela cessação da repetição de nascimento e morte. Só se pode parar a repetição de nascimento e morte por ir de volta ao Supremo. No mundo material, mesmo por atingir o planeta mais elevado (Brahmaloka), não se pode ficar livre das condições de repetidos nascimento e morte, mas mesmo assim não aceitamos o caminho de alcançar a perfeição. O caminho da perfeição livra a pessoa de todos apegos materiais, e assim a pessoa fica capacitada para entrar no reino espiritual. Por isso, os empobrecidos materialmente são melhores candidatos do que aqueles que são materialmente prósperos. Maharaja Parikshit era um grande devoto do Senhor e um candidato fidedigno para entrar no reino de Deus, mas mesmo ao ser assim, seus recursos materiais como o Imperador do mundo eram reveses para o alcance perfeito de seu status legítimo como um dos associados do Senhor no céu espiritual. Shamika Muni também, depois de lamentar o incidente, transmitiu a notícia para o Rei por uma questão de dever para que o Rei pudesse ser capaz de se preparar para ir de volta ao Supremo. Shamika Muni mandou notícia para o Rei que o tolo Shringi, seu filho, embora fosse um menino brahmana poderoso, infelizmente mal-usou seu poder espiritual por amaldiçoar o Rei injustificadamente. O incidente do Rei pôr um colar no Muni não era causa suficiente para ser amaldiçoado à morte, mas como não havia jeito de retrair a maldição, o Rei foi informado a se preparar para morte dentro de uma semana. Ambos Shamika Rishi e o Rei eram almas auto-realizadas. Shamika Muni era um místico, e Maharaja Parikshit era um devoto. Por isso não havia diferença entre eles na auto-realização. Nenhum deles estava com medo de enfrentar a morte. Maharaja Parikshit poderia ter ido ao muni para implorar o seu perdão, mas a notícia da morte iminente foi transmitida para o Rei com tanto arrependimento pelo muni que o Rei não quis envergonhar o muni mais ainda com sua presença lá. Ele decidiu se preparar para sua morte iminente e encontrar o caminho de volta ao Supremo. A vida de um ser humano é uma chance de se preparar para ir de volta ao Supremo, ou ficar livre da existência material, a repetição de nascimento e morte. Por isso no sistema de varnasrama-dharma cada homem e mulher é treinado para esse propósito. Em outras palavras, o sistema de varnasrama-dharma também é conhecido como sanatana-dharma, ou ocupação eterna. O sistema de varnashrama-dharma prepara uma pessoa para ir de volta ao Supremo, e por isso um pai de família é ordenado a ir para a floresta como vanaprastha para adquirir conhecimento completo e então aceitar sannyasa antes de sua morte inevitável. Parikshit Maharaja foi afortunado por receber uma notícia de sete dias para encontrar sua morte inevitável. Mas para a pessoa comum não existe notícia definitiva, embora morte seja inevitável para todos. Pessoas tolas esquecem esse fato certo da morte e negligenciam o dever de se prepararem para ir de volta ao Supremo. Elas desperdiçam suas vidas em propensões animais para comer, beber, acasalar e desfrutar. Uma vida irresponsável dessa é adotada pelas pessoas na era de Kali por causa de um desejo pecaminoso para condenar cultura brahmana, consciência de Deus e proteção da vaca, para os quais o estado é responsável. O estado deve empregar receita para avançar esses três itens e assim educar a população para se preparar para a morte. O estado que faz isso é o estado de bem-estar real. O estado da Índia deve seguir melhor os exemplos de Maharaja Parikshit, o chefe executivo ideal, em vez de imitar outros estados materialistas que não têm idéia sobre o reino de Deus, o objetivo último da vida humana. Deterioração dos ideais da civilização da Índia trouxe a deterioração da vida cívica, não somente na Índia mas também no exterior. Verso 5 atho vihäyemam amuà ca lokaà Maharaja Parikshit se sentou firmemente nas margens do Ganges para concentrar sua mente na consciência de Krishna, por rejeitar todas outras práticas de auto-realização, porque serviço amoroso transcendental para Krishna é a maior conquista, que substitui todos outros métodos. Iluminação de Srila Prabhupada: Para um devoto igual Maharaja Parikshit, nenhum dos planetas materiais, mesmo o mais elevado Brahmaloka, é tão desejável quanto Goloka Vrindavana, a morada do Senhor Sri Krishna, o Senhor primordial e Personalidade de Deus original. Esta Terra é um dos inumeráveis planetas materiais dentro do universo, e existem inumeráveis universos também dentro do âmbito do mahat-tattva. Os devotos são avisados pelo Senhor e Seus representantes, os mestres espirituais ou acaryas, que nenhum dos planetas dentro de todos os inumeráveis universos é adequado para os propósitos residenciais de um devoto. O devoto sempre deseja ir de volta ao lar, de volta ao Supremo, justamente para se tornar um dos associados do Senhor na capacidade de servidor, amigo, pai ou mãe ou amante conjugal do Senhor, tanto em um dos inumeráveis planetas Vaikuntha ou em Goloka Vrindavana, o planeta do Senhor Sri Krishna. Todos esses planetas estão situados eternamente no céu espiritual, o paravyoma, que fica do outro lado do Oceano Causal dentro do mahat-tattva. Maharaja Parikshit já era ciente de toda essa informação devido à sua piedade acumulada e nascimento numa família elevada de devotos, Vaishnavas, e por isso ele não estava interessado de forma alguma em planetas materiais. Cientistas modernos são muito ansiosos para alcançar a Lua por arranjos materiais, mas eles não podem conceber sobre o planeta mais elevado deste universo. Mas um devoto igual Maharaja Parikshit não se importa nem um pouco com a Lua ou, para esse assunto, qualquer um dos planetas materiais. Por isso quando foi assegurado sobre sua morte numa data fixa, ele ficou mais determinado no serviço amoroso transcendental do Senhor Krishna por jejuar completamente na margem do Rio Yamuna transcendental, que flui abaixo pela capital Hastinapura (no estado de Délhi). Ambos o Ganges e o Yamuna são rios amartya (transcendental), e Yamuna é ainda mais santificado pelas seguintes razões. Verso 6 yä vai lasac-chré-tulasé-vimiçra- O rio (Ganges, ao lado do qual o Rei sentou para jejuar) carrega a água mais auspiciosa, que é misturada com a poeira dos pés de lótus do Senhor e folhas de tulasi. Por isso essa água santifica os três mundos por dentro e por fora e santifica até mesmo o Senhor Shiva e outros semideuses. Conseqüentemente quem quer que esteja destinado a morrer deve se abrigar nesse rio. Iluminação de Srila Prabhupada: Maharaja Parikshit, justamente após receber a notícia de sua morte dentro de sete dias, imediatamente se retirou da vida familiar e se mudou para a margem sagrada do Rio Yamuna. Geralmente é dito que o Rei se abrigou na margem do Ganges, mas de acordo com Srila Jiva Goswami, o Rei se abrigou na margem do Yamuna. A afirmação de Srila Jiva Goswami parece mais precisa por causa da situação geográfica. Maharaja Parikshit residia em sua capital Hastinapura, situada perto da presente Délhi, e o Rio Yamuna flui abaixo passando pela cidade. Naturalmente o Rei se abrigaria no Rio Yamuna porque ela [rios são personalidades femininas em sânscrito] fluía passando pela porta de seu palácio. No que diz respeito à santidade, o Rio Yamuna é mais diretamente ligado com o Senhor Krishna do que o Ganges. O Senhor santificou o Rio Yamuna desde o começo de Seus passatempos transcendentais no mundo. Enquanto Seu pai Vasudeva atravessava o Yamuna com o bebê Senhor Krishna por um lugar seguro em Gokula na outra margem do rio desde Mathura, o Senhor caiu no rio, e pela poeira de Seus pés de lótus o rio ficou imediatamente santificado. Aqui é mencionado especialmente que Maharaja Parikshit se abrigou nesse rio particular que flui belamente, por carregar a poeira dos pés de lótus do Senhor Krishna, misturado com folhas de tulasi. Os pés de lótus do Senhor Krishna estão sempre besuntados com folhas de tulasi, e por isso logo que Seus pés de lótus contactam a água do Ganges e do Yamuna, os rios se tornam santificados. O Senhor, entretanto, contactou o Rio Yamuna mais do que o Ganges. De acordo com o Varaha Purana, como citado por Srila Jiva Goswami, não existe diferença entre a água do Ganges e a do Yamuna, porém quando a água do Ganges é santificada cem vezes mais, chama-se o Yamuna. Similarmente, é dito nas escrituras que cem nomes de Vishnu são iguais a um nome de Rama, e três nomes do Senhor Rama são iguais a um nome de Krishna.
Verso 7 iti vyavacchidya sa päëòaveyaù Assim o Rei, o descendente venerável dos Pandavas, decidiu imediatamente e para todos e sentou na margem do Ganges para jejuar até a morte e entregou-se para os pés de lótus do Senhor Krishna, que somente Ele é capaz de conceder liberação. Assim, ao se livrar de todos tipos de associações e apegos, ele aceitou os votos de um sábio. Iluminação de Srila Prabhupada: A água do Ganges santifica todos os três mundos, inclusive os deuses e semideuses, porque emana dos pés de lótus da Personalidade de Deus Vishnu. O Senhor Krishna é o princípio fonte de visnu-tattva, e por isso abrigo de Seus pés de lótus pode liberar qualquer um de todos pecados, inclusive uma ofensa cometida por um rei para um brahmana. Maharaja Parikshit, por isso, decidiu meditar nos pés de lótus do Senhor Sri Krishna, que é Mukunda, ou o doador de liberações de toda descrição. As margens do Ganges ou do Yamuna dão uma chance para a pessoa lembrar Krishna continuamente. Maharaja Parikshit livrou-se de todas sortes de associação material e meditou nos pés de lótus do Senhor Krishna, e esse é o caminho da liberação. Ficar livre de toda associação material significa cessar completamente de cometer quaisquer pecados adicionais. Meditar nos pés de lótus do Senhor significa ficar livre dos efeitos de todos pecados prévios. As condições do mundo material são feitas assim para que a pessoa tenha que cometer pecados desejados ou indesejados, e o melhor exemplo é o próprio Maharaja Parikshit ele mesmo, que era um rei sem pecado reconhecido, piedoso. Mas também foi vítima de uma ofensa, mesmo embora ele fosse sempre relutante para cometer um erro desse. Ele foi amaldiçoado também, mas porque ele era um grande devoto do Senhor, mesmo reveses de vida como esses se tornam favoráveis. O princípio é que não se deve desejar cometer qualquer pecado em sua vida e deve sempre lembrar os pés de lótus do Senhor sem desvio. Somente nesse humor o Senhor ajudará o devoto fazer progresso regular em direção ao caminho da liberação, e assim alcançar os pés de lótus do Senhor. Mesmo se acontecerem pecados acidentais cometidos pelo devoto, o Senhor salva a alma rendida de todos pecados, como confirmado nas escrituras. sva-päda-mülaà bhajataù priyasya Verso 8 tatropajagmur bhuvanaà punänä Naquele momento todas grandes mentes e pensadores, acompanhados de seus discípulos, e sábios que podiam verdadeiramente santificar um lugar de peregrinação justamente por sua presença, chegaram lá com a alegação de fazer uma jornada de peregrinação. Iluminação de Srila Prabhupada: Quando Maharaja Parikshit sentou na margem do Ganges, a notícia se espalhou em todas direções do universo, e os sábios de mente grandiosa, que podiam acompanhar a importância da ocasião, todos chegaram lá com a alegação de peregrinação. Na realidade eles vieram para encontrar Maharaja Parikshit e não para tomar um banho de peregrinação porque todos eles eram competentes o bastante para santificar os locais de peregrinação. Pessoas comuns vão para os locais de peregrinação para ficarem purificadas de todos pecados. Por isso os locais de peregrinação ficam sobrecarregados com os pecados de outros. Mas quando sábios visitam locais de peregrinação sobrecarregados, eles santificam o lugar por sua presença. Por isso os sábios que vieram encontrar Maharaja Parikshit não estavam muito interessados em ficarem purificados igual pessoas comuns, mas com o apelo de tomar um banho naquele lugar eles vieram encontrar Maharaja Parikshit porque puderam prever que Srimad Bhagavatam seria falado por Shukadeva Goswami. Todos eles queriam aproveitar a vantagem dessa grande ocasião. Versos 9 e 10 atrir vasiñöhaç cyavanaù çaradvän medhätithir devala ärñöiñeëo De diferentes partes do universo lá chegaram grandes sábios tais quais Atri, Chyavana, Sharadwan, Arishtanemi, Bhrigu, Vasishtha, Parashara, Vishvamitra, Angira, Parashurama, Utathya, Indrapramada, Idhmavahu, Medhatithi, Devala, Arshtishena, Bharadwaja, Gautama, Pippalada, Maitreya, Aurva, Kavasa, Kumbhayoni, Dwaipayana e a grande personalidade Narada. Iluminação de Srila Prabhupada: Chyavana: Um grande sábio e um dos filhos de Bhrigu Muni. Ele nasceu prematuramente quando sua mãe grávida foi raptada. Chyavana é um dos seis filhos de seu pai. Bhrigu: Quando Brahmaji realizava um grande sacrifício em nome de Varuna, Maharshi Bhrigu nasceu do fogo do sacrifício. Ele era um grande sábio, e sua esposa muito querida era Puloma. Ele podia viajar pelo espaço igual Durvasa, Narada e outros, e ele costumava visitar todos os planetas do universo. Antes da Batalha de Kurukshetra, ele tentou parar a batalha. Algumas vezes ele instruiu Bharadwaja Muni sobre evolução astronômica, e ele é o autor do grande Bhrigu-samhita, o grandioso cálculo astrológico. Ele explicou como ar, fogo, água e terra são gerados pelo éter. Ele explicou como o ar dentro do estômago funciona e regula os intestinos. Como um grande filósofo, ele estabeleceu logicamente a eternidade do ser vivo (Mahabharata). Ele era também um grande antropologista, e a teoria da evolução foi explicada por ele muito tempo atrás. Ele era um proponente científico das quatro divisões e ordens da sociedade humana conhecidas como instituição varnasrama. Ele converteu o rei ksatriya Vitahavya em um brahmana. Vasishtha: Ver Srimad Bhagavatam 1.9.6. Parashara: Ele é o neto de Vasishtha Muni e pai de Vyasadeva. Ele é o filho de Maharshi Shakti, e o nome de sua mãe era Adrishyati. Ele estava no ventre de sua mãe quando ela tinha apenas doze anos de idade. E do ventre de sua mãe ele aprendeu os Vedas. Seu pai foi morto por um demônio, Kalmashapada, e para vingar isso ele queria aniquilar o mundo inteiro. Mas ele foi contido, entretanto, por seu avô Vasishtha. Ele então executou um yajña de matança Rakshasa, porém Maharshi Pulastya o conteve. Ele gerou Vyasadeva, atraído por Satyavati, que se tornaria esposa de Maharaja Shantanu. Pelas bênçãos de Parashara, Satyavati se tornou perfumada por quilômetros. Ele também estava presente durante a hora da morte de Bhima. Ele era mestre espiritual de Maharaja Janaka e um grande devoto do Senhor Shiva. Ele é o autor de muitas escrituras Védicas e orientações sociológicas. Gadhi-suta, ou Vishvamitra: Um grande sábio de austeridade e poder místico. Ele é famoso como Gadhi-suta porque seu pai era Gadhi, um rei poderoso da província de Kanyakubja (parte de Uttara Pradesh). Embora fosse um ksatriya por nascimento, ele se tornou um brahmana no mesmo corpo pelo poder de suas conquistas espirituais. Ele começou uma briga com Vasishtha Muni quando era um rei ksatriya e executou um grande sacrifício em cooperação com Matanga Muni e assim foi capaz de vencer os filhos de Vasishtha. Ele se tornou um grande yogi, e mesmo assim falhou em refrear seus sentidos e assim foi obrigado a se tornar pai de Shakuntala, a rainha beldade da história mundial. Certa vez, quando era um rei ksatriya, ele visitou o eremitério de Vasishtha Muni, e a ele foi dada uma recepção real. Vishvamitra queria de Vasishtha uma vaca chamada Nandini, e o sábio se recusou a entregá-la. Vishvamitra roubou a vaca, e assim começou uma briga entre o sábio e o Rei. Vishvamitra foi derrotado pelo poder espiritual de Vasishtha, e por isso o Rei decidiu se tornar um brahmana. Antes de se tornar um brahmana ele se submeteu a austeridades severas na margem do Kaushika. Ele também foi um dos que tentaram parar a guerra de Kurukshetra. Angira: Ele é um dos seis filhos mentais de Brahma e o pai de Brihaspati, o grande sacerdote versado dos semideuses nos planetas celestiais. Ele nasceu do sêmen de Brahmaji dado a uma cinza de fogo. Utahya e Samvarta são seus filhos. É dito que ele ainda executa austeridade e canta o santo nome do Senhor num lugar conhecido como Alokananda nas margens do Ganges. Parashurama: Ver Srimad Bhagavatam 1.9.6. Utathya: Um dos três filhos de Maharshi Angira. Ele foi o mestre espiritual de Maharaja Mandhata. Ele casou com Bhadra, a filha de Soma (Lua). Varuna raptou sua esposa Bhadra, e para retaliar a ofensa do deus da água, ele bebeu toda água do mundo. Medhatithi: Um velho sábio de outrora. Um membro da assembléia do Rei do paraíso Indradeva. Seu filho era Kanva Muni, que criou Shakuntala na floresta. Ele foi promovido para o planeta celestial por seguir estritamente os princípios da vida retirada (vanaprastha). Devala: Uma grande autoridade igual Narada Muni e Vyasadeva. Seu bom nome está na lista de autoridades mencionadas no Bhagavad-gita quando Arjuna reconheceu o Senhor Krishna como a Suprema Personalidade de Deus. Ele encontrou Maharaja Yudhisthira depois da Batalha de Kurukshetra, e era o irmão mais velho de Dhaumya, o sacerdote da família Pandava. Igual os ksatriyas, ele também permitiu que sua filha selecionasse seu próprio esposo numa reunião swayamvara, e para essa cerimônia todos os noivos filhos de rsis foram convidados. De acordo com alguns, ele não é Asita Devala. Bharadwaja: Ver Srimad Bhagavatam 1.9.6 Gautama: Um dos sete grandes sábios do universo. Sharadwan Gautama era um dos seus filhos. Pessoas no Gautama-gotra (dinastia) hoje ou são seus descendentes familiares ou sua sucessão discipular. Os brahmanas que professam Gautama-gotra são geralmente descendentes familiares, e os ksatriyas e vaisyas que professam Gautama-gotra estão todos na linha de sua sucessão discipular. Ele era o esposo da famosa Ahalya que virou pedra quando Indradeva, o Rei do paraíso, a molestou. Ahalya foi libertada pelo Senhor Ramachandra. Gautama era o avô de Kripacharya, um dos heróis da Batalha de Kurukshetra. Maitreya: Um grande rsi de outrora. Ele foi o mestre espiritual de Vidura e uma grande autoridade religiosa. Ele aconselhou Dhritarastra a manter boas relações com os Pandavas. Duryodhana discordou e por isso foi amaldiçoado por ele. Ele encontrou Vyasadeva e teve discursos religiosos com ele. Verso 11 anye ca devarñi-brahmarñi-varyä Havia também muitos outros semideuses santificados, reis e ordens reais especiais chamadas arunadayas (uma categoria especial de rajarsis) de diferentes dinastias de sábios. Quando todos eles se reuniram juntos para encontrar o Imperador (Parikshit), ele os recebeu apropriadamente e prostrou sua cabeça no chão. Iluminação de Srila Prabhupada: O sistema de prostrar a cabeça no chão para mostrar respeito para superiores é uma etiqueta excelente que deixa agradecido o convidado de honra profundamente no coração. Mesmo um ofensor de primeiro grau é perdoado simplesmente por esse processo, e Maharaja Parikshit, embora honrado por todos rsis e reis, deu as boas-vindas a todos os grandes homens com essa etiqueta com o propósito de ser perdoado por quaisquer ofensas. Geralmente no último estágio da própria vida esse método humilde é adotado por cada pessoa sensível com o propósito de ser perdoada antes de sua partida. Dessa forma Maharaja Parikshit implorou a todos boa vontade para ir de volta ao lar, de volta ao Supremo. Verso 12 sukhopaviñöeñv atha teñu bhüyaù Depois disso todos os rsis e outros foram acomodados em assentos confortavelmente, o Rei, em pé perante eles com mãos postas, disse-lhes sobre sua decisão de jejuar até a morte. Iluminação de Srila Prabhupada: Embora o Rei já tivesse decidido jejuar até a morte na margem do Ganges, ele expressou humildemente sua decisão para obter as opiniões das grandes autoridades presentes ali. Qualquer decisão, por mais importante que seja, deve ser confirmada por alguma autoridade. Isso torna o assunto perfeito. Isso quer dizer que os monarcas que governavam a Terra naqueles dias não eram ditadores irresponsáveis. Eles escrupulosamente seguiam as decisões autorizadas dos santos e sábios em termos da injunção Védica. Maharaja Parikshit, como um rei perfeito, seguia os princípios por consultar as autoridades, mesmo até os últimos dias de sua vida. Verso 13 räjoväca O Rei afortunado disse: Na verdade, nós somos os mais gratos de todos os reis que são treinados para obterem favores das grandes almas. Geralmente vocês (sábios) consideram realeza como refugo para ser rejeitado e deixado num lugar distante. Iluminação de Srila Prabhupada: De acordo com princípios religiosos, fezes, urina, água de lavagem etc., devem ser deixados a uma longa distância. Banheiros, mictórios etc. anexados podem ser amenidades muito convenientes da civilização moderna, mas é ordenado que sejam situados a uma distância dos aposentos residenciais. O próprio exemplo é citado aqui em relação com a ordem real para aqueles que marcham progressivamente de volta ao Supremo. O Senhor Sri Chaitanya Mahaprabhu disse que estar em contato íntimo com pessoas de dólares e centavos, ou a ordem real, é pior do que suicídio para aquele que deseja ir de volta ao Supremo. Em outras palavras, os transcendentalistas geralmente não se associam com pessoas que são muito enamoradas pela beleza externa da criação de Deus. Pelo conhecimento avançado na realização espiritual, o transcendentalista sabe que este belo mundo material é nada além de um reflexo sombrio da realidade, o reino de Deus. Eles não estão, por isso, muito cativados pela opulência real ou qualquer coisa parecida. Mas no caso de Maharaja Parikshit, a situação era diferente. Aparentemente o Rei foi condenado à morte por um menino brahmana inexperiente, mas na realidade ele foi chamado pelo Senhor para retornar a Ele. Outros transcendentalistas, os grandes sábios e místicos que se reuniram juntos por causa do jejum de Maharaja Parikshit até a morte, estavam bem ansiosos para vê-lo, porque ele ia de volta ao Supremo. Maharaja Parikshit também podia entender que os grandes sábios que se reuniram ali eram todos afetuosos com seus ancestrais, os Pandavas, por causa do serviço devocional deles para o Senhor. Por isso ele se sentiu grato para com os sábios por estarem presentes ali no último estágio da sua vida, e ele sentiu que isso foi devido à grandiosidade de seus últimos ancestrais ou avós. Ele se sentiu orgulhoso, por isso, porque aconteceu dele ser o descendente desses grandes devotos. Um orgulho desse pelos devotos do Senhor certamente não é igual ao senso enfatuado de vaidade por prosperidade material. O primeiro é realidade, enquanto o outro é falso e vão. Verso 14 tasyaiva me 'ghasya parävareço A Suprema Personalidade de Deus, o controlador de ambos os mundos transcendental e mundano, graciosamente me capturou na forma de uma maldição brahmana. Por eu ser demasiadamente apegado à vida familiar, o Senhor, para me salvar, apareceu perante mim numa forma tal que somente por medo eu me desapegarei do mundo. Iluminação de Srila Prabhupada: Maharaja Parikshit, embora nascido numa família de grandes devotos, os Pandavas, e embora seguramente treinado em apego transcendental para a associação do Senhor, ainda assim encontrou a fascinação da família mundana tão forte que teve de se desapegar por um plano do Senhor. Uma ação direta dessa é tomada pelo Senhor no caso de um devoto especial. Maharaja Parikshit pôde entender isso pela presença dos transcendentalistas mais elevados no universo. O Senhor reside com Seus devotos, e por isso a presença de grandes santos indicou a presença do Senhor. O Rei por isso deu as boas-vindas para a presença dos grandes rsis como uma marca do favor do Supremo Senhor. Verso 15 taà mopayätaà pratiyantu viprä Ó brahmanas, justamente aceitem-me como uma alma completamente rendida, e deixe a mãe Ganges, a representante do Senhor, também me aceitar dessa forma, porque eu já aceitei os pés de lótus do Senhor dentro do meu coração. Que a serpente alada - ou qualquer coisa mágica que o brahmana criou - morda-me imediatamente. Eu só desejo que vocês todos continuem a cantar as ações do Senhor Vishnu. Iluminação de Srila Prabhupada: Logo que alguém se entrega completamente aos pés de lótus do Supremo Senhor, não fica mais de forma alguma com medo da morte. A atmosfera criada pela presença de grandes devotos do Senhor na margem do Ganges e a aceitação completa dos pés de lótus do Senhor por Maharaja Parikshit era garantia suficiente para o Rei ir de volta ao Supremo. Assim ele ficou absolutamente livre de todo medo da morte. Verso 16 punaç ca bhüyäd bhagavaty anante Novamente, por oferecer reverências a todos vocês brahmanas, eu oro se eu tiver que aceitar meu nascimento no mundo material que eu tenha apego completo pelo ilimitado Senhor Krishna, associação com Seus devotos e relações amigáveis com todos seres vivos. Iluminação de Srila Prabhupada: Que o devoto do Senhor é o único ser vivo perfeito é explicado aqui por Maharaja Parikshit. Um devoto do Senhor não é inimigo de ninguém, embora possa haver muitos inimigos de um devoto. Um devoto do Senhor não gosta de se associar com não devotos, embora não tenha nenhuma inimizade com eles. Ele deseja associação com os devotos do Senhor. Isso é perfeitamente natural porque pássaros de mesma plumagem se misturam em conjunto. E a função mais importante de um devoto é ter apego completo pelo Senhor Sri Krishna, o pai de todos seres vivos. Do mesmo modo que um bom filho do pai se comporta de forma amigável com todos seus outros irmãos, assim também o devoto do Senhor, por ser um bom filho do pai supremo, Senhor Krishna, vê todos outros seres vivos em relação com o pai supremo. Ele tenta trazer de volta os filhos presunçosos do pai para um estágio mais são e fazê-los aceitar a paternidade suprema de Deus. Maharaja Parikshit certamente ia de volta para o Supremo, mas mesmo se não fosse para ele ir de volta, ele orou por um padrão de vida o qual é o caminho mais perfeito no mundo material. Um devoto puro não deseja a companhia de uma personalidade tão grande quanto Brahma, mas ele prefere a associação de um pequeno ser vivo, desde que ele seja um devoto do Senhor. Verso 17 iti sma räjädhyavasäya-yuktaù Em autocontrole perfeito, Maharaja Parikshit sentou sobre um assento de palha, com as raízes da palha direcionadas para o leste, colocada na margem sul do Ganges, e ele mesmo virado para o norte. Justamente previamente ele deu o cuidado de seu reino para seu filho. Iluminação de Srila Prabhupada: O Rio Ganges é célebre como a esposa do mar. O assento de palha kusa é considerado santificado porque a palha é tirada da terra completa com raiz, e se a raiz for direcionada em direção ao leste é considerada como auspiciosa. Face para o norte é ainda mais favorável para atingir sucesso espiritual. Maharaja Parikshit entregou a responsabilidade da administração para seu filho antes de deixar o lar. Assim ele estava equipado plenamente para todas condições favoráveis. Verso 18 evaà ca tasmin nara-deva-deve Assim o Rei, Maharaja Parikshit, sentou-se para jejuar até a morte. Todos os semideuses nos planetas superiores louvaram as ações do Rei e com prazer continuamente espalharam flores sobre a Terra e tocaram tambores celestiais. Iluminação de Srila Prabhupada: Mesmo até a época de Maharaja Parikshit havia comunicações interplanetárias, e a notícia do jejum de Maharaja Parikshit até a morte para alcançar salvação alcançou os planetas superiores no céu onde os semideuses inteligentes vivem. Os semideuses são mais luxuosos que seres humanos, porém todos eles são obedientes às ordens do Supremo Senhor. Não existe ninguém nos planetas celestiais que é um ateísta ou descrente. Por isso qualquer devoto do Senhor na superfície da Terra é elogiado por eles. e no caso de Maharaja Parikshit eles ficaram muito encantados e por isso deram sinais de honra por espalharem flores sobre a Terra e por tocarem tambores celestiais. Um semideus sente prazer ao ver alguém ir de volta ao Supremo. Ele sempre fica feliz com um devoto do Senhor, tanto que por seus poderes adhidaivic ele pode ajudar os devotos em todos aspectos. E por suas ações, o Senhor fica satisfeito com eles. Existe uma corrente invisível de cooperação completa entre o Senhor, os semideuses e o devoto do Senhor na Terra. Verso 19 maharñayo vai samupägatä ye Todos os grandes sábios que estavam reunidos ali também elogiaram a decisão de Maharaja Parikshit e expressaram sua aprovação por dizer, "Muito bom". Naturalmente os sábios são inclinados a fazer o bem para pessoas comuns, porque eles têm todos poderes qualitativos do Supremo Senhor. Por isso eles estavam muitíssimo felizes de ver Maharaja Parikshit, um devoto do Senhor, e falaram como se segue. Iluminação de Srila Prabhupada: A beleza natural de um ser vivo é incrementada por se elevar acima para a plataforma do serviço devocional. Maharaja Parikshit estava absorto em apego pelo Senhor Krishna. Ao ver isso, os grandes sábios reunidos ficaram muito felizes, e expressaram sua aprovação por dizer, "Muito bom". Esses sábios eram naturalmente inclinados para fazer o bem para as pessoas comuns, e quando vêem uma personalidade igual Maharaja Parikshit avançar no serviço devocional, seu prazer não tem limites. e eles oferecem todas bênçãos em seu poder. O serviço devocional do Senhor é tão auspicioso que todos semideuses e sábios, acima até o Senhor Ele mesmo, ficam felizes com o devoto, e por isso o devoto encontra tudo auspicioso. Todos assuntos não auspiciosos são removidos do caminho de um devoto progressivo. Encontrar todos os grandes sábios na hora da morte foi certamente auspicioso para Maharaja Parikshit, e por isso ele foi abençoado pela suposta maldição de um menino brahmana. Texto 20 na vä idaà räjarñi-varya citraà (Os sábios disseram:) Ó líder de todos reis santificados da dinastia Pandu que estão estritamente na linha do Senhor Sri Krishna! Não é nada surpreendente que você deixou seu trono, que é decorado com os elmos de muitos reis, para alcançar a associação eterna com a Personalidade de Deus. Iluminação de Srila Prabhupada: Políticos idiotas que são empossados em postos administrativos políticos acham que o posto temporário que ocupam é o ganho material de vida mais elevado, e por isso eles grudam nesses postos mesmo até o último momento de vida, sem saber que conquista da liberação como um dos associados do Senhor em Sua morada eterna é o maior benefício da vida. A vida humana é destinada a alcançar esse fim. O Senhor nos garantiu no Bhagavad-gita muitas vezes que ir de volta ao Supremo, Sua morada eterna, é a maior conquista. Prahlada Maharaja, enquanto orava para o Senhor Nrisimha, disse, "Ó meu Senhor, estou com muito medo do modo materialista de vida, e não estou nem um pouco com medo da sua presente característica feroz e medonha como Nrisimhadeva. Este modo de vida materialista é igual uma pedra de moagem, e nós somos esmagados por isso. Nós caímos neste horrível redemoinho das ondas agitadas da vida, e por isso, meu Senhor, oro para Seus pés de lótus para me chamar de volta para Sua morada eterna como um dos Seus servidores. Esse é o cume da liberação deste modo de vida materialista. Eu tenho experiência muito amarga do modo de vida materialista. Em quaisquer que fossem as espécies de vida que aceitei nascimento, compelido pela força de minhas próprias atividades, eu experimentei muito dolorosamente duas coisas, a saber, separação dos meus amados e encontro com o que não é desejado. E para neutralizá-los, os remédios que usei foram mais perigosos do que a própria doença em si. Então eu vou de um ponto a outro nascimento após nascimento, e eu oro para Você, por isso, para me dar um abrigo em Seus pés de lótus". Os reis Pandavas, que são mais do que muitos santos do mundo, conheciam os resultados do modo de vida materialista. Eles nunca ficaram atraídos pelo glamour do trono imperial que ocuparam, e sempre procuraram a oportunidade de serem chamados pelo Senhor para associar com Ele eternamente. Maharaja Parikshit era o venerável neto de Maharaja Yudhisthira. Maharaja Yudhisthira deu o trono imperial para seu neto, e similarmente Maharaja Parikshit, o neto de Maharaja Yudhisthira deu o trono imperial para seu filho Janamejaya. Esse é o modo de todos os reis na dinastia porque eles eram todos seguidores estritos do Senhor Krishna. Assim os devotos do Senhor nunca ficam encantados pelo glamour da vida materialista, e vivem imparcialmente, desapegados dos objetos do modo de vida materialista, falsos. Verso 21 sarve vayaà tävad ihäsmahe 'tha Todos nós esperaremos aqui até que o mais exaltado devoto do Senhor, Maharaja Parikshit, retorne para o planeta supremo, que é completamente livre de toda contaminação mundana e todos tipos de lamentação. Iluminação de Srila Prabhupada: Além do limite da criação material, que é comparada a uma nuvem no céu, existe o paravyoma, ou o céu espiritual, cheio de planetas chamados Vaikunthas. Esses planetas Vaikuntha também são conhecidos diferentemente como o Purushottamaloka, Achyutaloka, Trivikramaloka, Hrishikeshaloka, Keshavaloka, Aniruddhaloka, Madhavaloka, Pradyumnaloka, Sankarshanaloka, Shridharaloka, Vasudevaloka, Ayodhyaloka, Dwarakaloka e muitos outros milhões de lokas espirituais onde a Personalidade de Deus predomina, e todos os seres vivos lá são almas liberadas com corpos espirituais tão bons quanto o do Senhor. Não existe nenhuma contaminação material; tudo lá é espiritual, e por isso não existe nada objetivamente lamentável. Eles são cheios de bem-aventurança transcendental, e são sem nascimento, morte, velhice e doença. E entre todos os Vaikunthalokas mencionados acima, existe um loka supremo chamado Goloka Vrindavana, o qual é a morada do Senhor Sri Krishna e Seus associados específicos. Maharaja Parikshit estava destinado a atingir esse loka particular, e os grandes rsis reunidos ali puderam prever isso. Todos eles consultaram entre si sobre a grande partida do grande Rei, e eles queriam vê-lo até o último momento porque não seriam mais capazes de ver tal grande devoto do Senhor. Quando um grande devoto do Senhor vai embora, não há nada para lamentar porque o devoto está destinado a entrar no reino de Deus. Mas a triste situação é que tais grandes devotos saem da nossa visão, e por isso há toda razão de ficar triste. Do mesmo modo que o Senhor é raramente visto por nossos olhos presentes, assim também são os grandes devotos. Os grandes rsis, por isso, corretamente decidiram ficar no local até o último momento. Verso 22 äçrutya tad åñi-gaëa-vacaù parékñit Tudo que foi falado pelos grandes sábios era muito doce de ouvir, cheio de significado e apresentado apropriadamente como verdade perfeitamente. Assim depois de ouvi-los, Maharaja Parikshit, que desejava ouvir as atividades do Senhor Sri Krishna, a Personalidade de Deus, congratulou os grandes sábios. Verso 23 samägatäù sarvata eva sarve O Rei disse: Ó grandes sábios, todos vocês se reuniram aqui muito generosamente, vindos de todas partes do universo. Vocês são tão bons como o conhecimento supremo personificado, que reside no planeta acima dos três mundos (Satyaloka). Conseqüentemente vocês são naturalmente inclinados a fazer bem para outros, e além disso vocês não têm nenhum interesse, tanto nesta vida quanto na próxima. Iluminação de Srila Prabhupada: Seis tipos de opulências, a saber, riqueza, poder, fama, beleza, conhecimento e renúncia, são todos originalmente os diferentes atributos pertencentes à Personalidade de Deus Absoluta. Os seres vivos, que são entidades partes e parcelas do Ser Supremo, têm todos esses atributos parcialmente, até a força total de setenta e oito por cento. No mundo material esses atributos (até setenta e oito por cento dos atributos do Senhor) são cobertos pela energia material, do mesmo modo que o Sol é coberto por uma nuvem. O poder coberto do Sol é muito escuro, comparado com o brilho original, e similarmente a cor original dos seres vivos com esses atributos se torna quase extinta. Existem três sistemas planetários, a saber, os mundos inferiores, os mundos intermediários e os mundos superiores. Os seres humanos na Terra estão situados no começo dos mundos intermediários, porém seres vivos tais quais Brahma e seus contemporâneos vivem nos mundos superiores, onde o mais elevado é Satyaloka. Em Satyaloka os habitantes são plenamente conscientes da sabedoria Védica, e por isso a nuvem mística da energia material é limpa. Por isso eles são conhecidos como os Vedas personificados. Essas pessoas, por serem plenamente cientes do conhecimento tanto mundano quanto transcendental, não têm nenhum interesse em ambos mundos mundano e transcendental. Eles são praticamente devotos sem desejo. No mundo mundano eles não têm nada para conquistar, e no mundo transcendental eles estão plenos em si mesmos. Então por que vieram para o mundo mundano? Eles descendem para planetas diferentes como messias pela ordem do Senhor para libertar as almas caídas. Sobre a Terra eles descendem e fazem bem para as pessoas do mundo em circunstâncias diferentes sob influências climáticas diferentes. Eles não têm nada para fazer dentro deste mundo salvo e exceto resgatar as almas caídas que apodrecem na existência material, iludidas pela energia material.
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Continua em breve...
Desde 18/julho/2000 (Última Edição: 22-fev-2025 ) |