hare krishna hare krishna krishna krishna hare hare hare rama hare rama rama rama hare hare
Todas as Glórias a Sri Guru e Sri Gauranga (Original Sem "correções") -.- Primeiro Canto - "Criação" Capítulo Doze - Nascimento do Imperador Parikshit -.- |
Capítulo Doze Nascimento do Imperador Parikshit Verso 1 çaunaka uväca O sábio Shaunaka disse: O ventre de Uttara, mãe de Maharaja Parikshit, foi danificado pela arma brahmastra terrível e invencível lançada por Asvatthama. Mas Maharaja Parikshit foi salvo pelo Supremo Senhor. Iluminação de Srila Prabhupada: Os sábios reunidos na floresta de Naimisharanya inquiriram de Suta Goswami sobre o nascimento de Maharaja Parikshit, mas no curso da narração de outros tópicos tais quais o lançamento da brahmastra pelo filho de Drona, sua punição por Arjuna, as orações da rainha Kunti, os Pandavas visitam o local onde Bhismadeva estava deitado, suas preces e depois a partida do Senhor para Dwaraka foram discutidos. Sua chegada a Dwaraka e residência com dezesseis mil rainhas, etc., foram narrados. Os sábios estavam absortos em ouvir essas descrições, mas agora eles quiseram retornar ao tópico original, e por isso a pergunta foi feita por Shaunaka Rishi. Assim o assunto do lançamento da arma brahmastra por Asvatthama foi renovado. Verso 2 tasya janma mahä-buddheù Como o grande imperador Parikshit, que era um devoto altamente inteligente e grandioso, nasceu naquele ventre? Como sua morte aconteceu, e o que ele alcançou depois de sua morte? Iluminação de Srila Prabhupada: O rei de Hastinapura (agora Délhi) costumava ser o imperador do mundo, pelo menos até a época do filho do Imperador Parikshit. Maharaja Parikshit foi salvo pelo Senhor no ventre de sua mãe, assim ele podia com certeza ser salvo da morte prematura devido à má vontade do filho de um brahmana. Porque a era de Kali começou a agir justamente depois da ascensão ao poder por Maharaja Parikshit, o primeiro sinal de receios foi exibido na maldição de um grandioso rei inteligente e devotado igual Maharaja Parikshit. O rei é o protetor dos cidadãos desamparados, e seu bem-estar, paz e prosperidade dependem dele. Infelizmente, pela instigação da era de Kali caída, um filho de brahmana desafortunado foi empregado para condenar o inocente Maharaja Parikshit, e por isso o Rei teve que se preparar para morte dentro de sete dias. Maharaja Parikshit é especialmente famoso como aquele que é protegido por Vishnu, e quando ele foi indevidamente amaldiçoado pelo filho de um brahmana, ele poderia ter invocado a misericórdia do Senhor para salvá-lo, mas ele não quis isso porque era um devoto puro. Um devoto puro nunca pede nenhum favor indevido ao Senhor. Maharaja Parikshit sabia que a maldição do filho do brahmana sobre ele era injustificada, como todos mais sabiam, mas ele não quis anulá-la porque ele sabia que a era de Kali tinha começado e que o primeiro sintoma da era, a saber degradação da comunidade brahmana altamente talentosa, já tinha começado. Ele não quis interferir no curso do tempo, mas ele se preparou para encontrar a morte muito alegremente e muito apropriadamente. Por ser afortunado, ele obteve pelo menos sete dias para se preparar para encontrar a morte, e assim ele utilizou o tempo apropriadamente na associação de Shukadeva Goswami, o grande santo e devoto do Senhor. Verso 3 tad idaà çrotum icchämo Nós todos respeitosamente desejamos ouvir sobre ele (Maharaja Parikshit) para quem Shukadeva Goswami transmitiu conhecimento transcendental. Por favor fale sobre esse assunto. Iluminação de Srila Prabhupada: Shukadeva Goswami transmitiu conhecimento transcendental para Maharaja Parikshit durante os sete dias remanescentes da sua vida, e Maharaja Parikshit o ouviu apropriadamente, justamente igual um estudante ardente. O efeito desses fidedignos ouvir e cantar do Srimad Bhagavatam foi igualmente compartilhado por ambos o ouvinte e o cantor. Ambos foram beneficiados. Dos nove diferentes meios transcendentais de serviço devocional para o Senhor prescritos no Bhagavatam, tanto todos eles, quanto alguns deles ou mesmo um deles são igualmente benéficos se executados apropriadamente. Maharaja Parikshit e Shukadeva Goswami eram artistas sérios dos dois primeiros itens importantes, a saber o processo de cantar e o processo de ouvir, e por isso ambos foram bem sucedidos em sua tentativa louvável. Realização espiritual é obtida por esse sério ouvir e cantar, e de nenhum outro modo. Existe um tipo de mestre espiritual e discípulo muito anunciado nesta era de Kali. É dito que o mestre injeta força espiritual no discípulo por uma corrente elétrica gerada pelo mestre, e o discípulo começa a sentir o choque. Ele fica inconsciente, e o mestre lamenta por exaurir seu depósito de assim chamados recursos espirituais. Essa propaganda enganosa acontece nesta era, e as pobres pessoas comuns se tornam vítimas dessa propaganda. Nós não encontramos tais contos folclóricos nas ações de Shukadeva Goswami e seu grande discípulo Maharaja Parikshit. O sábio recitou o Srimad Bhagavatam em devoção, e o Rei o ouviu apropriadamente. O Rei não sentiu nenhum choque de corrente elétrica vinda do mestre, e ele não ficou inconsciente enquanto recebia conhecimento do mestre. Não se deve, portanto, tornar-se vítima dessas propagandas desautorizadas feitas por algum representante enganoso do conhecimento Védico. Os sábios de Naimisharanya eram muito respeitosos em ouvir sobre Maharaja Parikshit porque ele recebeu conhecimento de Shukadeva Goswami por meio da audição ardente. Audição ardente do mestre espiritual fidedigno é o único meio para receber conhecimento transcendental, e não há necessidade de representações médicas ou misticismo oculto para efeitos miraculosos. O processo é simples, porém só o partido sincero pode alcançar o resultado desejado. Verso 4 süta uväca Sri Suta Goswami disse: O Imperador Yudhisthira administrou generosamente para todos durante seu reinado. Ele era exatamente igual a seu pai. Ele não tinha ambição pessoal e era livre de todos tipos de prazer sensual por causa do seu serviço contínuo aos pés de lótus do Senhor Sri Krishna. Iluminação de Srila Prabhupada: Como mencionado na nossa introdução, "Existe uma necessidade pela ciência de Krishna na sociedade humana para toda a sociedade sofredora do mundo, e nós simplesmente solicitamos às personalidades de liderança de todas nações que adotem a ciência de Krishna para seu próprio bem, para o bem da sociedade, e para o bem de todas pessoas do mundo". Assim é confirmado aqui pelo exemplo de Maharaja Yudhisthira, a personalidade da bondade. Na Índia as pessoas anseiam por Rama-rajya porque a Personalidade de Deus era o rei ideal e todos outros reis ou imperadores na Índia controlaram o destino do mundo para a prosperidade de cada ser vivo que nasceu na Terra. Aqui a palavra praja é significativa. O teor etimológico da palavra é "aquilo que é nascido". Na Terra existem muitas espécies de vida, dos aquáticos acima até os seres humanos perfeitos, e todos são conhecidos como prajas. O Senhor Brahma, o criador deste universo particular, é conhecido como o prajapati porque ele é o patriarca de tudo o que nasceu. Assim praja é usada num sentido mais amplo do que é usada agora. O rei representa todos seres vivos, os aquáticos, plantas, árvores, répteis, pássaros, animais e humanos. Cada um deles é parte e parcela do Supremo Senhor (Bg. 14.4), e o rei, por ser o representante do Supremo Senhor, é obrigado a dar proteção apropriada para cada um deles. Esse não é o caso com os presidentes e ditadores deste sistema desmoralizado de administração, onde para os animais inferiores não se dá nenhuma proteção enquanto para os animais superiores é dada assim chamada proteção. Essa é uma grande ciência que só pode ser aprendida por aquele que conhece a ciência de Krishna. Por conhecer a ciência de Krishna, pode-se tornar a pessoa mais perfeita dentro do mundo, e a menos que alguém tenha conhecimento nesta ciência, todos diplomas de qualificações e doutorados adquiridos por educação acadêmica são deteriorados e inúteis. Maharaja Yudhisthira sabia esta ciência de Krsna muito bem, porque é afirmado aqui que pelo cultivo contínuo desta ciência, ou pelo serviço devocional contínuo para o Senhor Krishna, ele adquiriu a qualificação para administrar o estado. O pai às vezes pode parecer cruel com o filho, mas não significa que o pai perdeu a qualificação para ser um pai. O pai é sempre um pai porque ele tem sempre o bem do filho em seu coração. O pai deseja que cada um de seus filhos seja uma pessoa melhor do que ele mesmo. Portanto, um rei igual Maharaja Yudhisthira, que era a personalidade da bondade, desejava que todos sob sua administração, especialmente seres humanos que têm consciência mais bem desenvolvida, para se tornarem devotos do Senhor Krishna para que todos fiquem livres das ninharias da existência material. Esse lema de administração era todo benéfico para todos cidadãos, por ser a bondade personificada ele sabia perfeitamente bem o que era realmente bom para eles. Ele conduziu a administração sobre esse princípio, e não sobre o princípio raksaki, demoníaco, de prazer sensual. Como um rei ideal, ele não tinha ambição pessoal, e não havia lugar para prazer sensual porque todos seus sentidos em todas as horas estavam dedicados no serviço amoroso do Supremo Senhor, o que inclui o serviço parcial dos seres vivos, que formam as partes e parcelas do todo completo. Aqueles que estão ocupados em prestar serviço para as partes e parcelas, e deixam de lado o todo, só desperdiçam tempo e energia, como alguém faz quando rega as folhas de uma árvore sem regar a raiz. Se a água for regada na raiz, as folhas ficam revigoradas perfeitamente e automaticamente, mas se a água for regada só nas folhas, toda energia é desperdiçada. Maharaja Yudhisthira, portanto, estava constantemente dedicado no serviço do Senhor, e assim as partes e parcelas do Senhor, os seres vivos sob sua administração cuidadosa, foram perfeitamente atendidos com todos confortos nesta vida e todo progresso na próxima. Assim é o modo do gerenciamento perfeito da administração do estado. Verso 5 sampadaù kratavo lokä A notícia alcançou até mesmo os planetas celestiais sobre as posses mundanas de Maharaja Yudhisthira, os sacrifícios pelos quais ele alcançaria melhor destino, sua rainha, seus irmãos heróicos, sua terra extensa, sua soberania sobre o planeta Terra, e sua fama, etc.. Iluminação de Srila Prabhupada: Somente o nome e fama de um homem rico e grandioso são conhecidos por todo o mundo, e o nome e fama de Maharaja Yudhisthira alcançaram os planetas superiores por causa de sua boa administração, posses mundanas, gloriosa esposa Draupadi, o poder de seus irmãos Bhima e Arjuna, e seu poder de soberania sólido sobre o mundo, conhecido como Jambudwipa. Aqui a palavra lokah é significativa. Existem diferentes lokas ou planetas superiores espalhados pelo céu, tanto material quanto espiritual. Uma pessoa pode alcançá-los por mérito do seu trabalho na vida presente, como está afirmado no Bhagavad-gita (9.25). Nenhuma entrada forçada é permitida lá. Os insignificantes cientistas e engenheiros materiais que descobriram veículos para viajar através de um pouco de milhares de milhas no espaço sideral não terão sua entrada permitida. Esse não é o caminho para alcançar os planetas melhores. A pessoa tem que se qualificar para entrar nesses planetas felizes por sacrifício e serviço. Aqueles que são pecaminosos em cada passo da vida só têm a expectativa de se degradarem dentro de espécies animais para sofrer mais e mais as dores da existência material, e isso também está afirmado no Bhagavad-gita (16.19). Os bons sacrifícios e qualificações de Maharaja Yudhisthira eram tão elevados e virtuosos que mesmo os residentes dos planetas celestiais superiores já estavam preparados para recebê-lo como um deles. Verso 6 kià te kämäù sura-spärhä Ó brahmanas, a opulência do Rei era tão encantadora que os habitantes do paraíso aspiravam por ela. Mas porque ele estava absorto no serviço do Senhor, nada podia satisfazê-lo exceto o serviço do Senhor. Iluminação de Srila Prabhupada: Existem duas coisas no mundo que podem satisfazer os seres vivos. Quando alguém está absorto materialmente, ele fica satisfeito somente pelo prazer sensual, mas quando alguém está liberado das condições dos modos materiais, ele fica satisfeito somente por prestar serviço amoroso para a satisfação do Senhor. Isso significa que o ser vivo é constitucionalmente um servidor, e não aquele que é servido. Por estar iludido pelas condições da energia externa, a pessoa pensa falsamente em si mesma como aquela que é servida, mas na realidade ela não é servida; ela é serva dos sentidos e igualmente da luxúria, desejo, ira, avareza, orgulho, loucura e intolerância. Quando alguém está em seu juízo adequado pelo alcance do conhecimento espiritual, realiza que não é o mestre do mundo material, mas é apenas um servo dos sentidos. Nesse momento ele implora pelo serviço do Senhor e assim se torna feliz sem ser iludido pela assim chamada felicidade material. Maharaja Yudhisthira era uma das almas liberadas, e por isso para ele não havia prazer num reino vasto, boa esposa, irmãos obedientes, súditos felizes e mundo próspero. Essas bênçãos seguem automaticamente um devoto puro, mesmo embora o devoto não aspire por elas. O exemplo estabelecido aqui é exatamente adequado. É dito que quando alguém está com fome nunca fica satisfeito com nada além de comida. O mundo material inteiro está cheio de seres vivos famintos. A fome não é por boa comida, abrigo ou prazer sensual. A fome é pela atmosfera espiritual. Devido à ignorância somente eles pensam que o mundo está insatisfeito porque não existe suficientes comida, abrigo, defesa e objetos de prazer sensual. Isso se chama ilusão. Quando o ser vivo fica faminto por satisfação espiritual, ele é deturpado por fome material. Mas os líderes idiotas não podem ver que mesmo as pessoas que estão mais suntuosamente satisfeitas materialmente ainda estão famintas. E qual é a sua fome e pobreza? Essa fome é na realidade por comida espiritual, abrigo espiritual, defesa espiritual e prazer sensual espiritual. Tudo isso pode ser obtido pela associação do Espírito Supremo, Senhor Sri Krishna, e portanto aquele que os tem não pode ficar atraído por assim chamados comida, abrigo, defesa e prazer sensual do mundo material, mesmo que sejam saboreados pelos habitantes dos planetas celestiais. Portanto, no Bhagavad-gita (8.16) é dito pelo Senhor que mesmo no planeta mais elevado do universo, chamado Brahmaloka, onde a duração da vida é multiplicada por milhões de anos pelo cálculo terrestre, não se pode satisfazer sua fome. Essa fome só pode ser satisfeita quando o ser vivo fica situado na imortalidade, que é alcançada no céu espiritual, longe, muito mais longe acima de Brahmaloka, na associação com o Senhor Mukunda, o Senhor que é aquele que concede para Seus devotos o prazer transcendental da liberação. Verso 7 mätur garbha-gato véraù Ó filho de Bhrigu (Shaunaka), quando o filho Parikshit, o grande guerreiro, estava no ventre de sua mãe, Uttara, e sofria pelo calor ardente da brahmastra (lançada por Asvatthama), ele pôde observar o Supremo Senhor que vinha até ele. Iluminação de Srila Prabhupada: Morte geralmente envolve permanecer em transe por sete meses. Um ser vivo, de acordo com sua própria ação, recebe permissão para entrar dentro do ventre de uma mãe pelo veículo do sêmen do pai, e assim ele desenvolve seu corpo desejado. Essa é a lei do nascimento em corpos específicos de acordo com as ações passadas da pessoa. Quando desperta do transe, sente a inconveniência de estar confinado dentro de um útero, e assim deseja sair para fora dele, e às vezes afortunadamente ora para o Senhor por essa liberação. Maharaja Parikshit, enquanto estava no ventre de sua mãe, foi atacado pela brahmastra lançada por Asvatthama, e ele sentia o calor ardente. Mas porque ele era um devoto do Senhor, o Senhor imediatamente apareceu em Pessoa dentro do ventre pela Sua energia todo-poderosa, e a criança pôde ver que alguém mais veio para salvá-lo. Mesmo naquela condição desamparada, a criança Parikshit agüentou a temperatura insuportável devido a ser um grande guerreiro por natureza. E por essa razão a palavra vira foi usada. Verso 8 aìguñöha-mätram amalaà Ele (o Senhor) media apenas um polegar de altura, mas Ele era todo transcendental. Ele tinha um corpo infalível muito belíssimo, escuro, e Ele usava uma roupa amarelo brilhante e um elmo de ouro resplandecente. Assim Ele foi visto pela criança. Verso 9 çrémad-dérgha-catur-bähuà O Senhor estava enriquecido com quatro mãos, brincos de ouro fundido e olhos vermelho sangue com fúria. Enquanto Ele Se mexia, Sua maça constantemente O circulava igual uma estrela cadente. Iluminação de Srila Prabhupada: Está dito no Brahma-samhita (Cap. 5) que o Supremo Senhor Govinda, por Sua porção plenária, entra no halo do universo e Se distribui como Paramatma, ou a Superalma, não somente no coração de cada ser vivo, mas também dentro de cada átomo dos elementos materiais. Assim o Senhor é todo-penetrante por Sua potência inconcebível, e assim Ele entrou dentro do ventre de Uttara para salvar Seu querido devoto Maharaja Parikshit. No Bhagavad-gita (9.31) o Senhor assegura para todos que Seus devotos nunca serão aniquilados. Nem ninguém pode matar um devoto do Senhor porque ele é protegido pelo Senhor, e ninguém pode salvar uma pessoa que o Senhor deseja matar. O Senhor é todo-poderoso, e por isso Ele pode salvar e matar do jeito que Ele desejar. Ele Se tornou visível para Seu devoto Maharaja Parikshit mesmo naquela situação incômoda (no ventre de sua mãe) numa forma justamente adequada para a visão dele. O Senhor pode Se tornar maior do que milhares de universos e pode se tornar menor do que um átomo ao mesmo tempo. Misericordioso como Ele é, Ele Se torna justamente adequado para a visão do ser vivo limitado. Ele é ilimitado. Ele não é limitado por nenhuma medida de nosso cálculo. Ele pode Se tornar maior do que podemos pensar, e Ele pode Se tornar menor do que o que podemos conceber. Mas em todas circunstâncias Ele é o mesmo Senhor todo-poderoso. Não existe diferença entra o Vishnu tamanho polegar no ventre de Uttara e o Narayana completo no Vaikuntha-dhama, o reino do Supremo. Ele aceita a forma arca-vigraha (Deidade adorável) justamente para aceitar serviço de Seus diferentes devotos incapazes. Pela misericórdia do arca-vigraha, a forma do Senhor em elementos materiais, os devotos que estão no mundo material podem facilmente se aproximar do Senhor, embora Ele não seja concebível pelos sentidos materiais. O arca-vigraha é portanto uma forma todo-espiritual do Senhor para ser percebida pelos devotos materiais, tal arca-vigraha do Senhor nunca deve ser considerada material. Não existe diferença entre matéria e espírito para o Senhor, embora exista um abismo de diferença entre os dois no caso dos seres vivos condicionados. Para o Senhor não existe nada além da existência espiritual, e similarmente não existe nada exceto existência espiritual para os devotos puros do Senhor em sua relação íntima com o Senhor. Verso 10 astra-tejaù sva-gadayä O Senhor assim Se divertiu em anular a radiação da brahmastra, justamente igual o Sol evapora uma gota de orvalho. Ele foi observado pela criança, que pensou sobre quem era Ele. Verso 11 vidhüya tad ameyätmä Enquanto era assim observado pela criança, o Supremo Senhor Personalidade de Deus, a Superalma de todos e o protetor dos justos, que Se estende em todas direções e que é ilimitado por tempo e espaço, desapareceu imediatamente. Iluminação de Srila Prabhupada: A criança Parikshit não observava um ser vivo que é limitado por tempo e espaço. Existe um abismo de diferença entre o Senhor e o ser vivo individual. O Senhor é mencionado aqui como o ser vivo supremo ilimitado por tempo e espaço. Todo ser vivo é limitado por tempo e espaço. Mesmo embora um ser vivo seja qualitativamente uno com o Senhor, quantitativamente existe uma grande diferença entre a Alma Suprema e a alma individual comum. No Bhagavad-gita ambos os seres vivos e o Ser Supremo são ditos como todo-penetrantes (yena sarvam idam tatam), mesmo assim existe uma diferença entre esses dois tipos de todo-penetrabilidade. Um ser vivo comum pode ser todo-penetrante dentro de seu próprio corpo limitado, mas o ser vivo supremo é todo-penetrante em todo espaço e todo tempo. Um ser vivo comum não pode estender sua influência sobre outro ser vivo comum por sua todo-penetrabilidade, mas a Alma Suprema, a Personalidade de Deus, é ilimitadamente capaz de exercer Sua influência sobre todos lugares e todos tempos e sobre todos seres vivos. E porque Ele é todo-penetrante, ilimitado por tempo e espaço, Ele pode aparecer mesmo dentro do ventre da mãe do pequeno Parikshit. Ele é mencionado aqui como o protetor dos justos. Qualquer um que é uma alma rendida sob o Supremo é justo, e é especificamente protegido pelo Senhor em todas circunstâncias. O Senhor é o protetor indireto do injusto também, porque Ele retifica os pecados deles por meio de Sua potência externa. O Senhor é mencionado aqui como aquele que está vestido nas dez direções. Isso significa vestido com roupas nos dez lados, em cima e em baixo. Ele está presente em toda parte e ele pode aparecer e desaparecer por Sua vontade em todo lugar e nenhum lugar. Seu desaparecimento da visão da criança Parikshit não significa que Ele apareceu no local de qualquer outro lugar. Ele estava presente lá, e mesmo depois do Seu desaparecimento Ele estava lá, embora invisível para os olhos da criança. Essa cobertura material do firmamento refulgente também é algo igual um útero da mãe natureza, e nós somos colocados dentro do ventre pelo Senhor, o pai de todos seres vivos. Ele está presente em todo lugar, mesmo dentro deste ventre da mãe Durga, e aqueles que merecem podem ver o Senhor. Verso 12 tataù sarva-guëodarke Logo a seguir, quando todos os signos bons do zodíaco gradualmente evoluíram, o herdeiro legítimo de Pandu, que seria exatamente igual a ele em heroísmo, nasceu. Iluminação de Srila Prabhupada: Cálculos astronômicos de influências estelares sobre um ser vivo não são suposições, mas são verdadeiros, como confirmado no Srimad Bhagavatam. Todo ser vivo é controlado pelas leis da natureza em cada minuto, justamente igual um cidadão é controlado pela influência do estado. As leis do estado são observadas grosseiramente, mas as leis da natureza material, por serem sutis para nosso entendimento grosseiro, não podem ser observadas grosseiramente. Como está afirmado no Bhagavad-gita (3.9), cada ação da vida produz outra reação, que ata sobre nós, e somente aqueles que agem em benefício de Yajña (Vishnu) não são atados por reações. Nossas ações são julgadas pelas autoridades superiores, os agentes do Senhor, e assim somos premiados com corpos de acordo com nossas atividades. A lei da natureza é tão sutil que cada parte do nosso corpo é influenciada pelas estrelas respectivas, e um ser vivo obtém seu corpo de trabalho para satisfazer seus termos de aprisionamento pela manipulação dessa influência astronômica. Um destino de uma pessoa é portanto estabelecido pela constelação de estrelas na hora do nascimento, e um horóscopo de verdade é feito por um astrólogo erudito. É uma grande ciência, e mau uso de uma ciência não a torna útil. Maharaja Parikshit ou mesmo a Personalidade de Deus aparecem em certas constelações de estrelas boas, e assim a influência é exercida sobre o corpo assim nascido num momento auspicioso. A constelação de estrelas mais auspiciosas acontece durante o aparecimento do Senhor neste mundo material, e é especificamente chamada jayanti, uma palavra que não deve ser abusada para quaisquer outros propósitos. Maharaja Parikshit não era apenas um grande ksatriya imperador, mas também um grande devoto do Senhor. Por isso ele não pode nascer em nenhum momento não auspicioso. Do mesmo modo que um lugar e tempo adequados são preparados para receber um personagem respeitável, assim também para receber uma personalidade tal qual Maharaja Parikshit, que foi especialmente cuidado pelo Supremo Senhor, um momento adequado é escolhido quando todas as boas estrelas se reúnem juntas para exercerem sua influência sobre o Rei. Assim ele nasceu justamente para ser conhecido como o grande herói do Srimad Bhagavatam. Esse arranjo adequado de influências astrais nunca é uma criação do desejo humano, mas é o arranjo do gerenciamento superior da agência do Supremo Senhor. É claro, o arranjo é feito de acordo com os bons ou maus feitos do ser vivo. Aqui repousa a importância dos atos piedosos realizados pelo ser vivo. Somente pelos atos piedosos alguém pode ser permitido obter boa riqueza, boa educação e características belas. Os samskaras da escola de sanatana-dharma (ocupação eterna humana) são altamente adequados para criar uma atmosfera para aproveitar a vantagem de boas influências estelares, e portanto, garbhadhana-samskara, ou o processo purificatório da primeira semente prescrito para as classes superiores, é o começo de todos atos piedosos para receber uma boa e inteligente classe de pessoas na sociedade humana. Haverá paz e prosperidade no mundo devido à boa e sensata população somente. Existe inferno e perturbação somente por causa de população indesejada insana dedicada à prática sexual. Verso 13 tasya préta-manä räjä O Rei Yudhisthira, que ficou muito feliz com o nascimento de Maharaja Parikshit, fez a realização do processo purificatório de nascimento. Brahmanas versados, liderados por Dhaumya e Kripa, recitaram hinos auspiciosos. Iluminação de Srila Prabhupada: Existe uma necessidade por uma boa e inteligente classe de brahmanas que são peritos na realização do processo purificatório específico prescrito no sistema de varnasrama-dharma. A menos que esses processos purificatórios sejam realizados, não existe possibilidade de boa população, e na era de Kali a população por todo o mundo é de qualidade sudra ou baixa por falta desse processo purificatório. Não é possível, entretanto, reviver o processo purificatório Védico nesta era, pela falta de facilidades apropriadas e bons brahmanas, mas existe o sistema Pañcharatrika também recomendado para esta era. O sistema Pañcharatrika age sobre a classe sudra de pessoas, supostamente a população de Kali-yuga, e é o processo purificatório prescrito adequado para a era e tempo. Esse processo purificatório é permitido somente para elevação espiritual e não para nenhum outro propósito. Elevação espiritual nunca é condicionada a parentesco alto ou baixo. Depois do processo purificatório garbhadhana, existem certos outros samskaras tais quais simantonnayana, sadhabhaksanam, etc., durante o período de gestação, e quando a criança nasce o primeiro processo purificatório é jatakarman. Isso foi devidamente realizado por Maharaja Yudhisthira com a ajuda de bons e eruditos brahmanas tais quais Dhaumya, o sacerdote real, e Kripacharya, que era não somente um sacerdote mas também um grande general. Ambos sacerdotes versados e perfeitos, assistidos por outros bons brahmanas, foram empregados por Maharaja Yudhisthira para a realização da cerimônia. Portanto todos samskaras, processos purificatórios, não são meras formalidades ou funções sociais apenas, mas são todos para propósitos práticos e podem ser realizados com sucesso por brahmanas peritos tais quais Dhaumya e Kripa. Tais brahmanas não são somente raros, mas também não são disponíveis nesta era, e portanto, para o propósito da elevação espiritual nesta era caída, os Goswamis preferem o processo purificatório sob as fórmulas Pañcharatrika para os ritos Védicos. Kripacharya é o filho do grande Rishi Sardban e nasceu na família de Gautama. O nascimento é dito que foi acidental. Por acaso, o grande Rishi encontrou Janapadi, uma famosa moça da sociedade do paraíso, e o Rishi Sardban ejaculou sêmen em duas partes. Por uma parte imediatamente uma criança masculina e pela outra parte uma criança feminina nasceram como gêmeos. A criança masculina mais tarde ficou conhecida como Kripa, e a criança feminina era conhecida como Kripi. Maharaja Shantanu, enquanto entretido em perseguição na selva, pegou as crianças e as trouxe para o status superior de brahmana pelo processo purificatório apropriado. Kripacharya mais tarde se tornou um grande general igual Dronacharya, e sua irmã casou com Dronacharya. Kripacharya mais tarde tomou parte na Batalha de Kurukshetra e se uniu ao partido de Duryodhana. Kripacharya ajudou a matar Abhimanyu, o pai de Maharaja Parikshit, mas ele ainda foi mantido com estima pelos Pandavas devido a ele ser um grande brahmana igual Dronacharya. Quando os Pandavas foram mandados para a floresta depois de derrotados num jogo de azar com Duryodhana, Dhritarastra confiou os Pandavas para Kripacharya por direção. Depois do fim da batalha, Kripacharya novamente se tornou um membro da assembléia real, e ele foi chamado durante o nascimento de Maharaja Parikshit para a recitação de hinos Védicos auspiciosos para tornar a cerimônia bem sucedida. Maharaja Yudhisthira, quando deixava o palácio para sua grande partida para os Himalayas, confiou a Kripacharya Maharaja Parikshit como seu discípulo, e deixou o lar satisfeito porque Kripacharya cuidaria de Maharaja Parikshit. Os grandes administradores, reis e imperadores estavam sempre sob a guia de brahmanas versados tais quais Kripacharya e assim eram capazes de agir apropriadamente no cumprimento das responsabilidades políticas. Verso 14 hiraëyaà gäà mahéà grämän Na chegada do nascimento de um filho, o Rei, que sabia como, onde e quando caridade deve ser dada, deu ouro, terra, vilas, elefantes, cavalos e bons cereais alimentícios para os brahmanas. Iluminação de Srila Prabhupada: Somente os brahmanas e sannyasis são autorizados a aceitar caridade dos pais de família. Em todas as diferentes ocasiões de samskaras, especialmente durante a hora do nascimento, casamento e morte, riqueza é distribuída para os brahmanas porque os brahmanas prestam o serviço da mais alta qualidade a respeito da necessidade primordial da humanidade. A caridade era substancial na forma de ouro, terra, vilas, cavalos, elefantes e grãos alimentícios, junto com outros materiais para a culinária completa dos alimentos. Os brahmanas não eram, portanto, pobres no verdadeiro sentido do termo. Ao contrário, porque possuíam ouro, terra, vilas, cavalos, elefantes e grãos suficientes, eles não tinham nada para ganhar para si mesmos. Eles simplesmente se devotavam para o bem-estar da sociedade inteira. A palavra tirthavit é significativa aqui porque o Rei sabia bem onde e quando caridade deve ser dada. Caridade nunca é improdutiva ou cega. Nos sastras caridade era oferecida a pessoas que mereciam aceitar caridade por mérito da iluminação espiritual. Os assim chamados daridra-narayana, um conceito equivocado sobre o Supremo Senhor por pessoas desautorizadas, nunca é encontrado nos sastras como o objeto de caridade. Nem pode um pobre miserável receber muita caridade munificente no modo de cavalos, elefantes, terra e vilas. A conclusão é que as pessoas inteligentes, ou os brahmanas especificamente dedicados no serviço do Senhor, eram mantidos apropriadamente sem ansiedade para as necessidades do corpo, e o Rei e outros pais de família alegremente cuidavam de seus confortos. É ordenado nos sastras que enquanto a criança está junto da mãe pelo cordão umbilical, a criança é considerada de ser de um corpo com a mãe, mas logo que o cordão é cortado e a criança é separada da mãe, o processo purificatório de jatakarman é realizado. Os semideuses administrativos e antepassados da família vêm ver uma criança recém-nascida, e uma ocasião como essa é especificamente aceita como a hora apropriada para distribuir riqueza para as pessoas produtivas certas para o avanço espiritual da sociedade. Verso 15 tam ücur brähmaëäs tuñöä Os brahmanas versados, que ficaram muito satisfeitos com as caridades do Rei, o denominaram como o líder entre os Purus e o informaram que seu filho estava certamente na linha de descendência dos Purus. Verso 16 daivenäpratighätena Os brahmanas disseram: Este filho imaculado foi restaurado pelo todo-poderoso e todo-penetrante Senhor Vishnu, a Personalidade de Deus, a fim de obsequiá-lo. Ele foi salvo quando estava condenado a ser destruído por uma arma sobrenatural irresistível. Iluminação de Srila Prabhupada: A criança Parikshit foi salva pelo todo-poderoso e todo-penetrante Vishnu (Senhor Krishna) por duas razões. A primeira razão é que a criança no ventre da mãe era imaculada devido a ser um devoto puro do Senhor. A segunda razão é que a criança era o único sobrevivente masculino descendente de Puru, o piedoso antepassado do virtuoso Rei Yudhisthira. O Senhor deseja continuar a linha de reis piedosos para governar a Terra como Seus representantes para o verdadeiro progresso de uma vida pacífica e próspera. Depois da Batalha de Kurukshetra, mesmo a próxima geração de Maharaja Yudhisthira foi aniquilada, e não havia ninguém que pudesse gerar um outro filho na grandiosa família real. Maharaja Parikshit, o filho de Abhimanyu, era o único herdeiro sobrevivente aparente na família, e pela arma sobrenatural brahmastra irresistível de Asvatthama, ele foi forçado a ser aniquilado. O Senhor Krishna é descrito aqui como Vishnu, e isso também é significativo. O Senhor Krishna, a Personalidade de Deus original, faz o trabalho de proteção e aniquilação em Sua capacidade de Vishnu. O Senhor Vishnu é a expansão plenária do Senhor Krishna. As atividades todo-penetrantes do Senhor são executadas por Ele em Seu aspecto Vishnu. A criança Parikshit é descrita aqui como imaculadamente branca porque ele é um devoto imaculado do Senhor. Tais devotos imaculados do Senhor aparecem na Terra justamente para executar a missão do Senhor. O Senhor deseja as almas condicionadas que pairam na criação material sejam recuperadas para voltar de volta ao lar, de volta ao Supremo, e assim Ele as ajuda por preparar literatura transcendental tais quais os Vedas, por mandar missionários de santos e sábios e por delegar Seu representante, o mestre espiritual. Essas literaturas transcendentais, missionários e representantes do Senhor são imaculadamente brancos porque a contaminação das qualidades materiais não podem nem mesmo tocá-los. Eles são sempre protegidos pelo Senhor quando são ameaçados com aniquilação. Tais ameaças idiotas são feitas por materialistas grosseiros. A brahmastra, que foi lançada por Asvatthama na criança Parikshit, era certamente sobrenaturalmente poderosa, e nada no mundo material poderia resistir sua força de penetração. Mas pelo Senhor todo-poderoso, que está presente em toda parte, dentro e fora, pôde anulá-la pela Sua potência todo-poderosa justamente para salvar um servo fidedigno do Senhor e descendente de outro devoto, Maharaja Yudhisthira, que sempre foi favorecido pelo Senhor por Sua misericórdia sem causa. Verso 17 tasmän nämnä viñëu-räta Por essa razão esta criança será bem conhecida no mundo como aquele que é protegido pela Personalidade de Deus. Ó aquele mais afortunado, não há nenhuma dúvida que esta criança se tornará um devoto de primeira classe e será qualificado com todas boas qualidades. Iluminação de Srila Prabhupada: O Senhor dá proteção para todos seres vivos porque Ele é o líder supremo deles. Os hinos Védicos confirmam que o Senhor é a Pessoa Suprema entre todas personalidades. A diferença entre os dois seres vivos é que o único, a Personalidade de Deus, provê para todos os outros seres vivos, e por conhecê-Lo pode-se alcançar paz eterna (Katha Upanishad). Essa proteção é dada por Suas diferentes potências para diferentes graduações de seres vivos. Mas no que diz respeito a Seus devotos imaculados, Ele dá a proteção pessoalmente. Portanto, Maharaja Parikshit foi protegido bem no início de seu aparecimento no ventre de sua mãe. E porque a ele é especialmente dada proteção pelo Senhor, a indicação deve ser concluída que a criança seria um devoto do Senhor de primeira graduação com todas boas qualidades. Existem três graduações de devotos, chamadas o maha-bhagavata, madhyam-adhikari e o kanistha-adhikari. Aqueles que vão aos templos do Senhor e oferecem adoração respeitosa para a Deidade sem conhecimento suficiente na ciência teológica e por isso sem nenhum respeito pelos devotos do Senhor são chamados devotos materialistas, ou kanistha-adhikari, os devotos de terceiro grau. Em segundo lugar, os devotos que desenvolveram uma mentalidade de serviço genuíno para o Senhor e que assim fazem amizade somente com devotos similares, mostram favor para os neófitos e evitam os ateístas são chamados os devotos de segundo grau. Mas aqueles que vêm tudo no Senhor ou tudo do Senhor e também vêm em tudo uma relação eterna do Senhor, tanto quanto que não existe nada dentro do âmbito da visão deles exceto o Senhor, são chamados maha-bhagavatas, ou os devotos do Senhor de primeiro grau. Esses devotos de primeiro grau são perfeitos em todos aspectos. Um devoto que esteja em qualquer uma dessas categorias é automaticamente qualificado por todas boas qualidades, e assim um devoto maha-bhagavata igual Maharaja Parikshit é certamente perfeito em todos aspectos. E porque Maharaja Parikshit nasceu na família de Maharaja Yudhisthira, ele é chamado aqui de maha-bhagavata, ou o maior dos afortunados. A família na qual um maha-bhagavata aceita seu nascimento é afortunada por causa do nascimento do devoto de primeiro grau, os membros da família até cem gerações no passado, presente e futuro, tornam-se liberados pela graça do Senhor, devido ao respeito por Seu devoto querido. Assim, o benefício mais elevado para a família de alguém é simplesmente se tornar um devoto imaculado do Senhor. Verso 18 çré-räjoväca O bom Rei (Yudhisthira) perguntou: Ó grandes almas, ele se tornará um rei tão santificado, tão piedoso em seu próprio nome e tão famoso e glorificado em suas conquistas, igual outros que apareceram nesta grandiosa família real? Iluminação de Srila Prabhupada: Os antepassados do Rei Yudhisthira eram todos reis grandiosamente santificados, piedosos e glorificados por suas grandes conquistas. Todos eles eram santos no trono real. E por isso todos os membros do estado eram felizes, piedosos, bem comportados, prósperos e iluminados espiritualmente. Sob a guia estrita de grandes almas e injunções espirituais, esses grandes reis santificados eram treinados, e em resultado o reino era pleno de pessoas santificadas e era uma terra feliz de vida espiritual. Maharaja Yudhisthira ele mesmo era uma réplica de seus ancestrais, e ele desejava que o próximo rei depois dele fosse exatamente igual seus antepassados. Ele estava feliz em saber dos brahmanas versados que por cálculos astrológicos a criança nasceria um devoto de primeiro grau do Senhor, e mais confidencialmente ele queria saber se a criança seguiria os passos de seus antepassados grandiosos. Assim é o modo do estado monárquico. O rei governante deve ser um devoto do Senhor piedoso, cavalheiresco e medo personificado para os oportunistas. Ele também deve deixar um herdeiro aparente igualmente qualificado para governar os cidadãos inocentes. Na configuração moderna dos estados democráticos, as próprias pessoas foram rebaixadas para as qualidades de sudra ou menos ainda, e o governo é executado pelo representante delas, que são ignorantes sobre o modo das escrituras de educação administrativa. Por isso toda a atmosfera fica sobrecarregada com qualidades sudra, manifestadas por luxúria e avareza. Esses administradores brigam todo dia entre si mesmos. O gabinete dos ministros muda freqüentemente devido ao egoísmo do partido e do grupo. Todos querem explorar os recursos do estado até a morte. Ninguém sai da vida política a menos que seja forçado a fazer isso. Como essas pessoas de graduação tão baixa podem fazer algum bem para o povo? O resultado é corrupção, intriga e hipocrisia. Eles devem aprender do Srimad Bhagavatam o quanto ideais os administradores devem ser antes que se dê o comando de diferentes postos. Verso 19 brähmaëä ücuù Os brahmanas versados disseram: Ó filho de Pritha, esta criança será exatamente igual o Rei Ikshvaku, filho de Manu, em manter todos aqueles que são nascidos. E quanto a seguir os princípios brahmanas, especialmente em ser veraz para sua promessa, ele será exatamente igual Rama, a Personalidade de Deus, o filho de Maharaja Dasharatha. Iluminação de Srila Prabhupada: Praja significa o ser vivo que nasceu no mundo material. Na realidade o ser vivo não tem nascimento nem morte, mas por causa de sua separação do serviço do Senhor e devido a desejar dominar a natureza material, a ele é oferecido um corpo adequado para satisfazer seus desejos materiais. Ao fazer isso, torna-se condicionado pelas leis da natureza material, e o corpo material é trocado em termos de seu próprio trabalho. O ser vivo assim transmigra de um corpo para outro em 8.400.000 espécies de vida. Mas devido a ele ser a parte e parcela do Senhor, ele não somente é mantido com todas necessidades da vida pelo Senhor, mas também protegido pelo Senhor e Seus representantes, os reis santos. Esses reis santificados dão proteção para todos os prajas, ou seres vivos, para viverem e cumprirem seus termos de aprisionamento. Maharaja Parikshit era realmente um rei santificado ideal porque enquanto viajava por seu reino aconteceu de ver uma pobre vaca que ia ser abatida por Kali personificado, o qual ele imediatamente tratou como um assassino. Isso quer dizer que mesmo aos animais era dada proteção pelos administradores santificados, e não de nenhum ponto de vista sentimental, mas porque aqueles que nasceram no mundo material têm o direito de viver. Todos os reis santificados, a começar pelo Rei do globo solar abaixo até o Rei da Terra, são assim inclinados pela influência das literaturas Védicas. As literaturas Védicas são ensinadas nos planetas superiores também, como há referência no Bhagavad-gita (4.1) sobre os ensinamentos para o deus do Sol (Vivasvan) pelo Senhor, e essas lições são transferidas pela sucessão discipular, como foi feito pelo deus do Sol para seu filho Maharaja Ikshvaku. Existem quatorze Manus num dia de Brahma, e o Manu aqui referido é o sétimo Manu, que é um dos prajapatis (aqueles que criam descendência), e ele é o filho do deus do Sol. Ele é conhecido como o Vaivasvata Manu. Ele teve dez filhos e Maharaja Ikshvaku é um deles. Maharaja Ikshvaku também aprendeu bhakti-yoga do modo ensinado no Bhagavad-gita com seu pai, Manu, que obteve isso de seu pai, o deus do Sol. Mais tarde o ensinamento do Bhagavad-gita descendeu pela sucessão discipular de Maharaja Ikshvaku, mas no curso do tempo a corrente foi quebrada por pessoas inescrupulosas, e por isso novamente teve que ser ensinado para Arjuna no Campo de Batalha em Kurukshetra. Assim todas as literaturas Védicas são correntes desde bem no início da criação do mundo material, e por isso as literaturas Védicas são conhecidas como apauruseya (não feitas por humanos). O conhecimento Védico foi falado pelo Senhor e primeiro ouvido por Brahma, o primeiro ser vivo criado dentro do universo. Maharaja Ikshvaku: Um dos filhos de Vaivasvata Manu. Teve cem filhos. Ele proibiu comer carne. Seu filho Shashada se tornou o próximo rei depois da morte dele. Manu: O Manu mencionado neste verso como o pai de Ikshvaku é o sétimo Manu, cujo nome é Vaivasvata Manu, o filho do deus do Sol Vivasvan, a quem o Senhor Krishna instruiu os ensinamentos do Bhagavad-gita anterior a Ele ensiná-los para Arjuna. Humanidade é descendente de Manu. Esse Vaivasvata Manu teve dez filhos, chamados Ikshvaku, Nabhaga, Dhrishta, Sharyati, Narishyanta, Nábhága, Dishta, Kurusha, Prishadhra e Vasuman. A encarnação do Senhor Matsya (o peixe gigantesco) adveio durante o começo do reinado de Vaivasvata Manu. Ele aprendeu os princípios do Bhagavad-gita com seu pai, Vivasvan, o deus do Sol, e ele instruiu novamente o mesmo para seu filho Maharaja Ikshvaku. No começo de Treta-yuga o deus do Sol instruiu serviço devocional para Manu, e Manu por sua vez o instruiu para Ikshvaku para o bem estar de toda sociedade humana. Senhor Rama: a Suprema Personalidade de Deus encarnou-Se como Sri Rama, e aceitou a filiação de Seu devoto puro Maharaja Dasharatha, o Rei de Ayodhya. O Senhor Rama descendeu junto com Suas porções plenárias, e todos eles apareceram como Seus irmãos mais novos. No mês de Caitra no nono dia da lua crescente na Treta-yuga, o Senhor apareceu, como de costume, para estabelecer os princípios da religião e para aniquilar os elementos de perturbação. Quando Ele era apenas um jovem rapaz, Ele ajudou o grande sábio Vishvamitra por matar Subahu e atingir Maricha, a demônia fêmea, que perturbavam os sábios no cumprimento de seus deveres cotidianos. Os brahmanas e ksatriyas são destinados a cooperar para o bem-estar da massa de pessoas. Os sábios brahmanas se empenham para iluminar as pessoas pelo conhecimento perfeito, e os ksatriyas são destinados para a proteção deles. O Senhor Ramachandra é o rei ideal para manter e proteger a cultura mais elevada da humanidade, conhecida como brahmanya-dharma. O Senhor é especificamente o protetor das vacas e dos brahmanas, e com isso Ele incrementa a prosperidade do mundo. Ele recompensou os semideuses administrativos com armas efetivas para conquistar os demônios pela agência de Vishvamitra. Ele estava presente no sacrifício do arco do Rei Janaka, e ao quebrar o arco invencível de Shiva, Ele casou com Sitadevi, filha de Maharaja Janaka. Depois de Seu casamento Ele aceitou exílio na floresta por quatorze anos pela ordem de Seu pai, Maharaja Dasharatha. Para ajudar a administração dos semideuses, Ele matou quatorze mil demônios, e pelas intrigas dos demônios, Sua esposa, Sitadevi, foi raptada por Ravana. Ele fez amizade com Sugriva, que foi ajudado pelo Senhor para matar Vali, irmão de Sugriva. Com a ajuda do Senhor Rama, Sugriva se tornou o rei dos Varanas (uma raça de gorilas). O Senhor construiu uma ponte de pedras flutuantes no Oceano Índico e alcançou Lanka, o reino de Ravana, que tinha raptado Sita. Mais tarde Ravana foi morto por Ele, e o irmão de Ravana Vibhishana foi empossado no trono de Lanka. Vibhishana era um dos irmãos de Ravana, um demônio, mas o Senhor Rama o fez imortal com Suas bênçãos. Quando expiraram os quatorze anos, depois de resolver as ocorrências em Lanka, o Senhor voltou para Seu reino, Ayodhya, num aeroplano de flor. Ele instruiu Seu irmão Shatrughna para atacar Lavnasura, que reinava em Mathura, e o demônio foi morto. Ele executou dez sacrifícios Ashvamedha, e depois Ele desapareceu enquanto Se banhava no Rio Sharayu. O grande épico Ramayana é a história das atividades do Senhor Rama no mundo, e o Ramayana autêntico foi escrito pelo grande poeta Valmiki. Texto 20 eña dätä çaraëyaç ca Esta criança será um magnífico doador de caridade e protetor dos rendidos, igual o famoso Rei Shibi do país Ushinara. E ele expandirá o nome e fama de sua família igual Bharata, o filho de Maharaja Dushyanta. Iluminação de Srila Prabhupada: Um rei se torna famoso pelos seus atos de caridade, execuções de yajñas, proteção dos rendidos, etc.. Um rei ksatriya é orgulhoso em dar proteção para as almas rendidas. A atitude de um rei é chamada isvara-bhava, ou poder verdadeiro para dar proteção numa causa justa. No Bhagavad-gita o Senhor instrui seres vivos para se renderem a Ele, e Ele promete toda proteção. O Senhor é todo-poderoso e veraz com Sua palavra, e por isso Ele nunca falha em dar proteção para Seus diferentes devotos. O rei, por ser um representante do Senhor, deve possuir essa atitude de dar proteção para as almas rendidas com todo risco. Maharaja Shibi, o Rei de Ushinara, era um amigo íntimo de Maharaja Yayati, que era capaz de alcançar os planetas celestiais junto com Maharaja Shibi. Maharaja Shibi era ciente sobre o planeta celestial para onde seria transferido depois da sua morte, e a descrição desse planeta celestial é dada no Mahabharata (Adi-parva 96.6-9). Maharaja Shibi era tão disposto à caridade que ele queria passar sua posição adquirida no reino celestial para Yayati, mas ele não aceitou isso. Yayati foi para o planeta celestial junto com grandes rsis tais quais Ashtaka e outros. Ao ser inquirido pelos rsis, Yayati prestou contas dos atos piedosos de Shibi quando todos eles estavam no caminho do paraíso. Ele se tornou um membro da assembléia de Yamaraja, que se tornou sua deidade adorada. Como confirmado no Bhagavad-gita, o adorador dos semideuses irá para os planetas dos semideuses (yanti deva-vrata devan (Bg. 9.25)); assim Maharaja Shibi se tornou um associado da grande autoridade Vaishnava Yamaraja naquele planeta particular. Enquanto estava na Terra ele ficou muito famoso como um protetor das almas rendidas e um doador de caridades. O Rei do paraíso uma vez tomou a forma de um pássaro caçador de pombos (águia), e Agni, o deus do fogo, tomou a forma de um pombo. O pombo, quando era perseguido pela águia, se refugiou no colo de Maharaja Shibi, e a águia caçadora queria o pombo de volta do rei. O Rei quis lhe dar alguma outra carne e pediu que o pássaro não matasse o pombo. O pássaro caçador se recusou a aceitar a oferta do Rei, mas ficou acertado depois que a águia aceitaria carne do corpo do rei equivalente ao peso do pombo. O Rei começou a cortar carne do seu corpo para pesar na balança com o peso equivalente ao do pombo, mas o pombo místico permanecia sempre mais pesado. O rei então se pôs na balança para igualar com o pombo, e os semideuses ficaram satisfeitos com ele. O Rei do paraíso e o deus do fogo revelaram suas identidades, e o Rei foi abençoado por eles. Devarshi Narada também glorificou Maharaja Shibi por suas grandes conquistas, especialmente em caridade e proteção. Maharaja Shibi sacrificou seu próprio filho para a satisfação dos seres humanos no seu reino. E assim a criança Parikshit se tornaria um segundo Shibi em caridade e proteção. Daushyanti Bharata: Há muitos Bharatas na história, dos quais Bharata o irmão do Senhor Rama, Bharata o filho do Rei Rishabha, e Bharata o filho de Maharaja Dushyanta são muito famosos. E todos esses Bharatas são historicamente conhecidos no universo. Este planeta Terra é conhecido como Bharata, ou Bharata-varsha, devido ao Rei Bharata o filho de Rishabha, mas de acordo com alguns esta terra é conhecida como Bharata devido ao reinado do filho de Dushyanta. Tanto quanto estamos convencidos, o nome desta terra Bharata-varsha foi estabelecido no reino de Bharata o filho do rei Rishabha. Antes dele a terra era conhecida como Ilavati-varsha, mas justamente depois da coroação de Bharata, o filho de Rishaba, esta terra ficou famosa como Bharata-varsha. Mas apesar de tudo isso, Bharata, o filho de Maharaja Dushyanta não foi menos importante. Ele é o filho da famosa beldade Shakuntala. Maharaja Dushyanta ficou apaixonado por Shakuntala na floresta, e Bharata foi concebido. Depois disso, Maharaja esqueceu sua esposa Shakuntala pela maldição de Kanva Muni, e a criança Bharata foi criada na floresta por sua mãe. Mesmo na sua infância ele era tão poderoso que desafiava os leões e elefantes na floresta e lutava com eles como criancinhas brincam com gatos e cães. Porque o menino se tornou tão forte, mais do que o assim chamado Tarzan moderno, os sábios na floresta o chamavam de Sarvadaman, ou aquele que é capaz de controlar todos. Uma descrição completa de Maharaja Bharata é dada no Mahabharata, Adi-parva. Os Pandavas, ou os Kurus, são às vezes chamados de Bharata por terem nascido na dinastia do famoso Maharaja Bharata, o filho do Rei Dushyanta. Verso 21 dhanvinäm agraëér eña Entre os grandes arqueiros, esta criança será tão boa quanto Arjuna. Ele será tão irresistível quanto fogo e tão insuperável quanto o oceano. Iluminação de Srila Prabhupada: Há dois Arjunas na história. Um é Karttavirya Arjuna, o Rei de Haihaya, e o outro é o avô da criança. Ambos Arjunas são famosos por sua destreza na arte do arco e flecha, e a criança Parikshit é predestinada a ser igual a eles, particularmente no combate. Uma breve descrição do Pandava Arjuna é dada abaixo: Pandava Arjuna: O grande herói do Bhagavad-gita. Ele é o filho ksatriya de Maharaja Pandu. A Rainha Kuntidevi podia chamar qualquer um dos semideuses, e assim ela chamou Indra, e Arjuna nasceu dele. Arjuna é então uma parte plenária do Rei celestial Indra. Ele nasceu no mês de Phalguna (Fevereiro-Março), e por isso ele também é chamado de Phalguni. Quando ele apareceu como o filho de Kunti, sua futura grandiosidade foi proclamada por mensagens no ar, e todas personalidades importantes de diferentes partes do universo, tais quais os semideuses, os Gandharvas, os Adityas (do globo solar), os Rudras, os Vasus, os Nagas, diferentes rsis (sábios) de importância, e as Apsaras (moças da sociedade do paraíso), todos participaram da cerimônia. As Apsaras agradaram todos com suas danças e canções celestiais. Vasudeva, o pai do Senhor Krishna e tio materno de Arjuna, mandou seu sacerdote representante Kashyapa para purificar Arjuna com todos os samskaras prescritos, ou processos reformatórios. Seu samskara de ser dado o nome foi realizado na presença de rsis, os residentes de Shatasringa. Ele casou com quatro esposas, Draupadi, Subhadra, Chitrangada e Ulupi, de quem ele teve quatro filhos de nomes Shrutakirti, Abhimanyu, Babhruvahana e Iravan respectivamente. Durante sua vida de estudante ele foi confiado para estudar sob o grande professor Dronacharya, junto com os outros Pandavas e os Kurus. Mas ele se destacou mais do que todos pela sua intensidade estudiosa, e Dronacharya ficou especialmente atraído por sua afeição disciplinar. Dronacharya o aceitou como um aluno de primeiro grau e adorava sinceramente conceder a ele todas as bênçãos da ciência militar. Ele era um aluno tão ardente que costumava praticar a arte do arco e flecha mesmo à noite, e por essas razões Professor Dronacharya ficou determinado em torná-lo o maior arqueiro do mundo. Ele passou muito brilhantemente no exame de perfuração do alvo, e Dronacharya ficou muito satisfeito. Famílias reais em Manipur e Tripura são descendentes do filho de Arjuna Babhruvahana. Arjuna salvou Dronacharya do ataque de um crocodilo, e o Acharya, satisfeito com ele, o retribuiu com uma arma de nome brahmasira. Maharaja Drupada era inimigo em relação a Dronacharya, e por isso ele atacou o Acharya, Arjuna conseguiu prendê-lo e o trouxe perante Dronacharya. Ele sitiou uma cidade de nome Ahichhatra, que pertencia a Maharaja Drupada, e depois de conquistá-la ele a deu para Dronacharya. O tratamento confidencial da arma brahmasira foi explicado para Arjuna, e Arjuna prometeu a Dronacharya que usaria a arma se necessário quando ele (Dronacharya) pessoalmente se tornasse inimigo de Arjuna. Por meio disso, o Acharya previu a batalha de Kurukshetra futura, na qual Dronacharya ficou do lado oposto. Maharaja Drupada, apesar de derrotado por Arjuna em benefício de seu professor Dronacharya, decidiu conceder sua filha Draupadi para seu jovem combatente, mas ficou desapontado quando ouviu a notícia falsa da morte de Arjuna no incêndio da casa de goma-laca tramado por Duryodhana. Ele então organizou para a seleção pessoal de um noivo por Draupadi o qual pudesse perfurar o olho de um peixe pendurado no teto. Esse truque foi feito especialmente porque somente Arjuna poderia fazê-lo, e ele foi bem sucedido em seu desejo de conceder sua filha igualmente virtuosa para Arjuna. Os irmãos de Arjuna ao mesmo tempo viviam incógnitos sob o acordo com Duryodhana, e Arjuna e seus irmãos participaram da reunião de seleção de Draupadi vestidos em roupas de brahmanas. Quando todos reis ksatriyas reunidos viram que um brahmana pobre recebeu o colar de flores de Draupadi para ser seu senhor, Sri Krishna revelou sua identidade para Balarama. Ele encontrou Ulupi em Haridwara (Hardwar), e ficou atraído por uma menina que pertencia a Nagaloka, e assim Iravan nasceu. Similarmente, ele encontrou Chitrangada, uma filha do rei de Manipura, e assim Babhruvahana nasceu. O Senhor Sri Krishna fez um plano para ajudar Arjuna raptar Subhadra, irmã de Sri Krishna, porque Balarama era inclinado a dá-la para Duryodhana. Yudhisthira também concordou com Sri Krishna, e assim Subhadra foi levada à força por Arjuna e assim casou com ele. O filho de Subhadra é Abhimanyu, o pai de Parikshit Maharaja, o filho póstumo. Arjuna satisfez o deus do fogo por atear fogo na Floresta Khandava, e por isso Indra, assistido por todos outros semideuses, começaram a lutar com Arjuna por causa do grande desafio dele. Eles foram derrotados por Arjuna, e Indradeva retornou para seu reino celestial. Arjuna também prometeu toda proteção a um certo Mayasura, e esse o presenteou com um búzio precioso célebre como Devadatta. Similarmente, ele recebeu muitas outras armas preciosas de Indradeva quando ficou satisfeito ao ver seu cavalheirismo. Quando Maharaja Yudhisthira ficou desapontado em derrotar o Rei de Magadha, Jarasandha, foi somente Arjuna quem deu ao Rei Yudhisthira todos tipos de garantias, e assim Arjuna, Bhima e Senhor Krishna partiram para Magadha para matar Jarasandha. Quando ele saiu para trazer outros reis do mundo sob a sujeição dos Pandavas, como usual depois da coroação de cada imperador, ele conquistou o país chamado Kelinda e trouxe em sujeição o Rei Bhagdutt. Ele então viajou através de países tais quais Antagiri, Ulukpur e Modapur e trouxe sob sujeição todos os soberanos. Às vezes ele se submetia a tipos severos de penitências, e mais tarde foi recompensado por Indradeva. O Senhor Shiva também quis experimentar o poder de Arjuna, e na forma de um aborígene, o Senhor Shiva o encontrou. Houve uma grande luta entre os dois, e no fim o Senhor Shiva ficou satisfeito com ele e revelou sua identidade. Arjuna orou ao senhor com toda a humildade, e o senhor, satisfeito com ele, o presenteou com a arma pasupata. Ele adquiriu muitas outras armas importantes de diferentes semideuses. Ele recebeu dandastra de Yamaraja, pasastra de Varuna, e antardhana-astra de Kuvera, o tesoureiro do reino celestial. Indra queria que ele viesse para o reino celestial, o planeta Indraloka além do planeta Lua. Naquele planeta ele foi recebido cordialmente pelos residentes locais, e a ele foi concedida recepção no parlamento celestial de Indradeva. Então ele encontrou Indradeva, que não somente o presenteou com sua arma vajra, mas também o ensinou a ciência militar e musical como usada no planeta celestial. Em um sentido, Indra é o pai real de Arjuna, e por isso indiretamente ele queria entreter Arjuna com a famosa moça da sociedade do paraíso, Urvashi, a célebre beldade. As moças da sociedade do paraíso são muito luxuriosas, e Urvashi estava muito ansiosa para contatar Arjuna, o ser humano mais forte. Ela o encontrou em seu quarto e expressou seus desejos mas Arjuna sustentou seu caráter incontestável por fechar seus olhos perante Urvashi, e a chamou de mãe da dinastia Kuru e a colocou na categoria de suas mães Kunti, Madri e Shachidevi, esposa de Indradeva. Desapontada, Urvashi amaldiçoou Arjuna e saiu. No planeta celestial ele também encontrou o célebre asceta Lomasa e orou para ele pela proteção de Maharaja Yudhisthira. Quando seu primo inimigo Duryodhana ficou sob a garras dos Gandharvas, ele quis salvá-lo e pediu aos Gandharvas para libertarem Duryodhana, mas os Gandharvas se recusaram, assim ele lutou com eles e conseguiu libertar Duryodhana. Quando todos os Pandavas viveram incógnitos, ele se apresentou na corte do rei Virata como um eunuco e foi empregado como professor musical de Uttará, sua futura nora, e era conhecido na corte Virata como o Brihannala. Como Brihannala, ele lutou a favor de Uttara, o filho do rei Virata, e assim derrotou os Kurus no combate incógnito. Suas armas secretas eram mantidas em segurança sob a custódia de uma árvore somi, e ele ordenou Uttara a trazê-las de volta. Sua identidade e a identidade de seus irmãos mais tarde foram reveladas para Uttara. Dronacharya foi informado da presença de Arjuna no combate dos Kurus contra os Viratas. Mais tarde, no Campo de Batalha em Kurukshetra, Arjuna matou muitos grandes generais tais quais Karna e outros. Depois da Batalha de Kurukshetra, ele puniu Asvatthama, que matou todos os cinco filhos de Draupadi. Então todos os irmãos foram até Bhismadeva. Foi por causa de Arjuna somente que os grandes discursos filosóficos do Bhagavad-gita foram falados novamente pelo Senhor no Campo de Batalha em Kurukshetra. Seus feitos maravilhosos no Campo de Batalha em Kurukshetra são descritos vividamente no Mahabharata. Arjuna foi derrotado, entretanto, por seu filho Babhruvahana em Manipura e caiu inconsciente quando Ulupi o salvou. Depois do desaparecimento do Senhor Krishna, a mensagem foi levada por Arjuna para Maharaja Yudhisthira. Novamente, Arjuna visitou Dwaraka, e todas esposas viúvas do Senhor Krishna lamentaram perante ele. Ele as levou para a presença de Vasudeva e acalmou todas elas. Mais tarde, quando Vasudeva faleceu, ele realizou sua cerimônia funeral na ausência de Krishna. Quando Arjuna levava todas esposas de Krishna para Indraprastha, foi atacado no caminho, e não conseguiu proteger as damas sob sua custódia. No fim, aconselhado por Vyasadeva, todos irmãos foram para Mahaprasthan. No caminho, a pedido do seu irmão, ele abandonou todas armas importantes como inúteis, e jogou todas na água. Verso 22 mågendra iva vikränto Esta criança será tão forte quanto um leão, e tão digno de abrigo quanto as Montanhas Himalaia. Ele será paciente como a Terra, e tão tolerante quanto seus pais. Iluminação de Srila Prabhupada: Alguém é comparado ao leão quando é muito forte em perseguir um inimigo. Deve-se ser um cordeiro no lar e um leão na perseguição. Um leão nunca falha na perseguição de um animal; similarmente, o líder do estado nunca deve falhar em perseguir um inimigo. As Montanhas Himalaia são famosas por todas riquezas. Há muitas cavernas para viver dentro, inumeráveis árvores de bons frutos para comer, boas nascentes para beber água delas e drogas e minerais em profusão para curar doenças. Qualquer pessoa que não é materialmente próspera pode se abrigar nessas grandes montanhas, e será provida com tudo requerido. Tanto o materialista quanto o espiritualista podem aproveitar a vantagem do grande abrigo dos Himalaias. Na superfície da Terra há tantas perturbações causadas pelos habitantes. Na era moderna as pessoas começaram a detonar armas atômicas na superfície da Terra, e mesmo assim a Terra é paciente com os habitantes, igual uma mãe que desculpa uma criança pequena. Pais são sempre tolerantes com os filhos por toda sorte de atos travessos. Um rei ideal deve possuir todas essas boas qualidades, e a criança Parikshit é predestinada a ter todas essas qualidades em perfeição. Verso 23 pitämaha-samaù sämye Esta criança será igual seu avô Yudhisthira ou Brahma em equanimidade da mente. Ele será munificente igual o senhor da Montanha Kailasa, Shiva. E ele será o refúgio de todos, igual à Suprema Personalidade de Deus Narayana, que é até mesmo o abrigo da deusa da fortuna. Iluminação de Srila Prabhupada: Equanimidade mental se refere tanto a Maharaja Yudhisthira quanto a Brahma, o patriarca de todos seres vivos. De acordo com Shridhara Swami, o patriarca referido é Brahma, mas de acordo com Visvanatha Chakravarti, o patriarca é o próprio Maharaja Yudhisthira. Em ambos os casos a comparação é igualmente boa porque ambos são representantes reconhecidos do Supremo Senhor, e por isso ambos devem manter equanimidade mental, que estão ocupados em trabalho de bem-estar para o ser vivo. Qualquer agente executivo no topo da administração tem que tolerar diferentes tipos de ataques das próprias pessoas para quem ele trabalha. Brahmaji foi criticado até mesmo pelas gopis, as devotas do Senhor mais elevadas da perfeição. As gopis estavam insatisfeitas com a obra de Brahmaji porque o Senhor Brahma, como o criador deste universo particular, criou as pálpebras nos olhos que obstruíam sua visão do Senhor Krishna. Elas não conseguiam tolerar o momento dum piscar de olhos, porque obstruía sua visão para ver seu amado Senhor Krishna. Assim o que dizer de outros, que são naturalmente muito críticos de cada ação de uma pessoa responsável? Similarmente, Maharaja Yudhisthira teve que superar muitas situações difíceis criadas por seus inimigos, e ele provou ser o mais perfeito mantenedor da equanimidade mental em todas circunstâncias críticas. Por isso que o exemplo de ambos patriarcas para a manutenção da equanimidade mental é bem adequada. O Senhor Shiva é um semideuses célebre que concede presentes para mendigos. Seu nome é portanto Ashutosha, aquele que fica satisfeito muito facilmente. Ele também é chamado de Bhutanala, ou o senhor de gente comum, que são principalmente apegadas a ele por causa de seus presentes munificentes, mesmo sem consideração aos efeitos posteriores. Ravana era muito apegado ao Senhor Shiva, e por agradá-lo facilmente, Ravana se tornou tão poderoso que quis desafiar o poder do Senhor Rama. É claro, Ravana nunca foi ajudado pelo Senhor Shiva quando lutou com Rama, a Suprema Personalidade de Deus e o Senhor do Senhor Shiva. Para Vrikasura, o Senhor Shiva concedeu uma bênção que não era somente problemática, mas também perturbadora. Vrikasura ficou dotado de poder, pela graça do Senhor Shiva, para aniquilar a cabeça de qualquer um simplesmente por tocá-la. Embora isso foi concedido pelo Senhor Shiva, o sujeito ardiloso quis fazer um experimento do poder por tocar a cabeça do Senhor Shiva. Assim o senhor precisou se abrigar em Vishnu para se salvar do problema, e o Senhor Vishnu, por Sua potência ilusória, pediu para Vrikasura fazer um experimento com sua própria cabeça. O sujeito fez isso e acabou consigo mesmo, e assim o mundo foi salvo de todos tipos de problema por esse mendigo dos semideuses ardiloso desse jeito. O ponto excelente é que o Senhor Shiva nunca nega para ninguém qualquer tipo de dádiva. Ele é portanto o mais generoso, embora às vezes algum tipo de erro é cometido. Ramá significa deusa da fortuna. E seu abrigo é o Senhor Vishnu. O Senhor Vishnu é o mantenedor de todos seres vivos. Existem seres vivos inumeráveis, não unicamente na superfície deste planeta mas também em todas outras centenas de milhares de planetas. Todos eles são providos com todas necessidades da vida para a marcha progressiva em direção ao fim da auto-realização, mas no caminho da satisfação sensual são colocados em dificuldade pela agência de maya, a energia ilusória, e assim viajam no caminho de um plano falso de desenvolvimento econômico. Esse desenvolvimento econômico nunca é bem sucedido por causa da ilusão. Essas pessoas estão sempre atrás da misericórdia da deusa da fortuna ilusória, mas não sabem que a deusa da fortuna só pode viver sob a proteção de Vishnu. Sem Vishnu, a deusa da fortuna é uma ilusão. Nós portanto devemos procurar a proteção de Vishnu em vez de procurar diretamente a proteção da deusa da fortuna. Somente Vishnu e os devotos de Vishnu podem dar proteção para todos, e porque Maharaja Parikshit foi ele próprio protegido por Vishnu, é bem possível para ele dar proteção completa para todos que quiseram viver sob seu reinado. Verso 24 sarva-sad-guëa-mähätmye Esta criança será quase tão boa quanto o Senhor Sri Krishna por seguir Seus passos. Em magnanimidade ele se tornará tão grandioso quanto Rei Rantideva. E em religião ele será igual Maharaja Yayati. Iluminação de Srila Prabhupada: A última instrução do Senhor Sri Krishna no Bhagavad-gita é que deve-se abandonar tudo e deve-se seguir os passos do Senhor somente. Pessoas menos inteligentes não concordam com essa grandiosa instrução do Senhor, como se o azar possuísse isso, mas alguém que é realmente inteligente captura essa instrução sublime e é imensamente beneficiado. Pessoas tolas não sabem que associação é a causa da aquisição de qualidades. Associação com fogo torna um objeto quente, mesmo no sentido material. Portanto, associação com a Suprema Personalidade de Deus faz a pessoa qualificada tanto quanto o Senhor. Como já discutimos previamente, pode-se alcançar setenta e oito por cento das qualidades divinas pela associação íntima com o Senhor. Seguir as instruções do Senhor é se associar com o Senhor. O Senhor não é um objeto material cuja presença alguém tem que sentir por essa associação. O Senhor está presente em toda parte e em todos os tempos. É bem possível ter Sua associação simplesmente por seguir Sua instrução porque Sua instrução e o Senhor e Seu nome, fama, atributos e parafernália são todos idênticos a Ele, por ser conhecimento absoluto. Maharaja Parikshit se associou com o Senhor mesmo desde o ventre da sua mãe até o último dia da sua vida preciosa, e por isso que ele adquiriu todas as boas qualidades essenciais do Senhor em toda perfeição. Rantideva: Um rei antigo anterior ao período do Mahabharata, foi referido por Narada Muni quando instruía Sanjaya, como mencionado no Mahabharata (Drona-parva 67). Ele foi um grande rei, liberal por hospitalidade e distribuição de alimentos. Mesmo o Senhor Sri Krishna elogiou seus atos de caridade e hospitalidade. Ele foi abençoado pelo grande Vasistha Muni por supri-lo com água fria, e assim ele alcançou o planeta celestial. Ele costumava fornecer frutas, raízes e folhas para os rsis, e assim ele era abençoado por eles com o cumprimentos de seus desejos. Embora fosse um ksatriya de nascimento, ele nunca comeu carne na sua vida. Ele era especialmente hospitaleiro com Vasistha Muni, e pelas bênçãos dele ele alcançou a residência planetária superior. Ele é um daqueles reis piedosos cujos nomes são lembrados na manhã e noite. Yayati: O grande imperador do mundo e o patriarca original de todas as grandes nações do mundo que pertencem à descendência Aryan e Indo-Européia. Ele é o filho de Maharaja Nabusha, e ele se tornou o imperador do mundo devido a seu irmão mais velho se tornar um grande e liberado místico santificado. Ele governou o mundo durante vários milhares de anos e realizou muitos sacrifícios e atividades piedosas registradas na história, embora sua adolescência fosse muito luxuriosa e cheia de histórias românticas. Ele se apaixonou por Devayani, a filha muita querida de Shukracharya. Devayani desejou casar com ele, mas a princípio ele se recusou a aceitá-la por ela ser uma filha de um brahmana. De acordo com os satras, um brahmana podia casar com a filha de um ksatriya mas um ksatriya não podia casar com a filha de um brahmana. Eles eram muito cautelosos sobre população varna-sankara no mundo. Shukracharya alterou essa lei de casamento proibido e induziu o Imperador Yayati a aceitar Devayani. Devayani tinha uma amiga chamada Sharmishtha, que também ficou apaixonada pelo imperador e assim foi com sua amiga Devayani. Shukracharya proibiu o Imperador Yayati de chamar Sharmishtha para dentro do seu quarto, mas Yayati não conseguiu seguir estritamente sua instrução. Ele casou com Sharmishtha secretamente também e teve filhos com ela. Quando isso foi sabido por Devayani, ela foi até seu pai e apresentou uma reclamação. Yayati era muito apegado a Devayani, e foi para a casa de seu sogro para chamá-la, Shukracharya estava bravo com ele e o amaldiçoou para ficar impotente. Yayati implorou a seu sogro para retirar a maldição, mas o sábio pediu para Yayati pedir a juventude de seus filhos e que eles ficassem velhos como a condição para ele ficar potente. Ele tinha cinco filhos, dois de Devayani e três de Sharmishtha. Desses cinco filhos, chamados (1) Yadu, (2) Turvasu, (3) Druhyu, (4) Anu e (5) Puru, cinco dinastias famosas, chamadas (1) a dinastia Yadu, (2) a dinastia Yavana (Turca), (3) a dinastia Bhoja, (4) a dinastia Mleccha (Grega) e (5) a dinastia Paurava, todas emanaram para se espalharem por todo o mundo. Ele alcançou os planetas celestiais por mérito de seus atos piedosos, mas ele caiu de lá por causa de sua autopropaganda e críticas a outras grandes almas. Depois de sua queda, sua filha e neto concederam a ele suas virtudes acumuladas, e com a ajuda de seu neto e do amigo Shibi, ele foi novamente promovido para o reino celestial, e se tornou um dos membros da assembléia de Yamaraja, com quem ele permanece como um devoto. Ele executou mais do que mil sacrifícios diferentes, doou em caridade muito liberalmente e era um rei muito influente. Seu poder majestoso era sentido por todo o mundo. Seu filho mais novo concordou em conceder a ele sua juventude quando ele estava perturbado com desejos luxuriosos, mesmo por mil anos. Finalmente ele ficou desapegado da vida mundana e retornou a juventude novamente para seu filho Puru. Ele queria passar o reino para Puru, mas seus nobres e súditos não concordaram. Mas quando ele explicou para seus súditos sobre a grandiosidade de Puru, eles concordaram em aceitar Puru como o Rei, e assim o Imperador Yayati retirou-se da vida familiar e deixou o lar para a floresta. Verso 25 dhåtyä bali-samaù kåñëe Esta criança será igual Bali Maharaja em paciência, um devoto dedicado do Senhor Krishna igual Prahlada Maharaja, um executor de muitos sacrifícios Ashvamedha (cavalo) e um seguidor das pessoas idosas e versadas. Iluminação de Srila Prabhupada: Bali Maharaja: Uma das doze autoridades no serviço devocional do Senhor. Bali Maharaja é uma grande autoridade no serviço devocional porque ele sacrificou tudo para satisfazer o Senhor e abandonou a conexão com seu assim chamado mestre espiritual que o obstruiu no caminho de arriscar tudo para o serviço do Senhor. A perfeição mais elevada da vida é alcançar o estágio do serviço devocional desqualificado do Senhor sem nenhuma causa ou sem ser obstruído por nenhum tipo de obrigação mundana. Bali Maharaja estava determinado a abandonar tudo para a satisfação do Senhor, e ele não se preocupou com nenhuma obstrução seja lá qual fosse. Ele é o neto de Prahlada Maharaja, outra autoridade no serviço devocional do Senhor. Bali Maharaja e a história de seus relacionamentos com Vishnu Vamanadeva são descritos no Oitavo Canto do Srimad Bhagavatam (Capítulos 11-24). Prahlada Maharaja: Um devoto perfeito do Senhor Krishna (Vishnu). Seu pai, Hiranyakashipu, o castigou severamente quando ele tinha apenas cinco anos de idade porque ele se tornou um devoto imaculado do Senhor. Ele foi o primeiro filho de Hiranyakashipu, e o nome da sua mãe era Kayadhu. Prahlada Maharaja era uma autoridade no serviço devocional do Senhor porque ele fez seu pai ser morto pelo Senhor Nrisimhadeva, e deu o exemplo que mesmo um pai deve ser removido do caminho do serviço devocional se esse pai acontecer de ser um obstáculo. Ele teve quatro filhos, e o filho mais velho, Virochana, é o pai de Bali Maharaja, mencionado aqui. A história das atividades de Prahlada Maharaja são descritas no Sétimo Canto do Srimad Bhagavatam. Verso 26 räjarñéëäà janayitä Esta criança será o pai de reis que serão iguais sábios. Para a paz mundial e para o bem da religião, ele será o castigador dos oportunistas e encrenqueiros. Iluminação de Srila Prabhupada: A pessoa mais sábia no mundo é um devoto do Senhor. Os sábios são chamados pessoas versadas, e existem diferentes tipos de pessoas versadas para diferentes ramos do conhecimento. A menos, portanto, que o rei ou líder do estado seja o mais versado, ele não pode controlar todos tipos de pessoas versadas no estado. Na linha da sucessão real na família de Maharaja Yudhisthira, todos os reis, sem exceção, eram as pessoas mais versadas de seus tempos, e assim também foi previsto para Maharaja Parikshit e seu filho Maharaja Janamejaya, que ainda nasceria. Esses reis podem se tornar castigadores de oportunistas e destruidores de Kali, ou elementos beligerantes. Como ficará claro nos capítulos adiante, Maharaja Parikshit quis matar Kali personificado, que tentava matar uma vaca, o emblema da paz e religião. Os sintomas de Kali são (1) vinho, (2) mulheres, (3) jogos de azar e (4) matadouros. Governantes sábios de todos estados devem aprender lições com Maharaja Parikshit em como manter paz e moralidade por dominar as pessoas oportunistas e depredadoras que se dedicam ao vinho, conexão ilícita com mulheres, jogos de azar e comer carne pela manutenção regular de matadouros. Nesta era de Kali, licença regular é emitida para manter todos esses diferentes departamentos de desavença. Assim como podem esperar paz e moralidade no estado? Os pais do estado, portanto, devem seguir os princípios de se tornarem mais sábios pela devoção para o Senhor, por castigarem o quebrador da disciplina e por erradicar os sintomas da desavença, como mencionado acima. Se nós queremos fogo ardente, devemos usar combustível seco. Fogo ardente e combustível úmido vão mal juntos. Paz e moralidade podem prosperar somente pelos princípios de Maharaja Parikshit e seus seguidores. Verso 27 takñakäd ätmano måtyuà Depois de ouvir sobre sua morte, que será causada pela picada de uma serpente alada enviada por um filho de um brahmana, ele se fará livre de todo apego material e se renderá sob a Personalidade de Deus, por se abrigar Nele. Iluminação de Srila Prabhupada: Apego material e se abrigar nos pés de lótus do Senhor vão mal juntos. Apego material significa ignorância da felicidade transcendental sob o abrigo do Senhor. Serviço devocional para o Senhor, enquanto existir no mundo material, é um caminho para praticar sua própria relação transcendental com o Senhor, que quando estiver madura, a pessoa fica completamente livre de todo apego material e se torna competente para ir de volta ao lar, de volta ao Supremo. Maharaja Parikshit, por ser especialmente atraído ao Senhor desde o início de seu corpo no ventre de sua mãe, estava continuamente sob o abrigo do Senhor, e o tal do aviso de sua morte dentro de sete dias desde a data da maldição pelo filho do brahmana foi uma bênção para ele por capacitá-lo a se preparar para ir de volta ao lar, de volta ao Supremo. Porque ele era protegido pelo Senhor, ele poderia ter evitado o efeito de uma maldição dessa pela graça do Senhor, mas ele não aproveitou essa vantagem indevida para nada. Em vez disso, ele fez o melhor uso de um mau negócio. Durante sete dias contínuos ele ouviu Srimad Bhagavatam da fonte certa, e assim ele obteve o abrigo dos pés de lótus do Senhor por essa oportunidade. Verso 28 jijïäsitätma-yäthärthyo Depois de inquirir sobre autoconhecimento apropriado do filho de Vyasadeva, que será um grande filósofo, ele renunciará todo apego material e alcançará uma vida de destemor. Iluminação de Srila Prabhupada: Conhecimento material significa ignorância do conhecimento do próprio eu da pessoa. Filosofia significa procurar o conhecimento correto do seu próprio eu, ou o conhecimento da auto-realização. Sem auto-realização, filosofia é especulação seca ou perda de tempo e energia. Srimad Bhagavatam dá o conhecimento correto do próprio eu da pessoa, e por ouvir o Srimad Bhagavatam pode-se ficar livre do apego material e entrar no reino do destemor. Este mundo material é medonho. Seus prisioneiros estão sempre com medo igual dentro duma penitenciária. Dentro da penitenciária ninguém pode violar as regras e regulamentos da prisão, e violar as regras significa outro termo de extensão da vida na prisão. Similarmente, nós dentro desta existência material estamos sempre com medo. Esse temor se chama ansiedade. Todos dentro da vida material, em todas espécies e variedades de vida, estão cheios de ansiedades, mesmo se quebrar ou se não quebrar as leis da natureza. Liberação, ou mukti, significa obter alívios dessas ansiedades constantes. Isso só é possível quando a ansiedade é mudada para o serviço devocional do Senhor. Srimad Bhagavatam nos dá a chance de mudar a qualidade da ansiedade de matéria para espírito. Isso é feito na associação com um filósofo versado igual o auto-realizado Shukadeva Goswami, o grandioso filho de Sri Vyasadeva. Maharaja Parikshit, depois de receber o aviso sobre sua morte, aproveitou essa oportunidade por se associar com Shukadeva Goswami e alcançou o resultado desejado. Existe uma sorte de imitação desse recitar e ouvir do Srimad Bhagavatam por pessoas profissionais, e sua audiência idiota acha que obterão liberdade das garras do apego material e alcançarão a vida de destemor. Essa audição de imitação do Srimad Bhagavatam é somente uma caricatura, e não se deve deixar enganar por tal atuação de bhagavatam saptaha empreendida por sujeitos avarentos ridículos para manter um estabelecimento de prazer material. Verso 29 iti räjïa upädiçya Assim aqueles que eram versados no conhecimento astrológico e na execução da cerimônia de nascimento instruíram o Rei Yudhisthira sobre a história futura da sua criança. Assim, remunerados suntuosamente, todos eles retornaram para seus lares respectivos. Iluminação de Srila Prabhupada: Os Vedas são o celeiro do conhecimento, tanto material quanto espiritual. Mas esse conhecimento almeja a perfeição da auto-realização. Em outras palavras, os Vedas são os guias para o ser humano civilizado em todo aspecto. Porque a vida humana é a oportunidade para se livrar de todas misérias materiais, é guiada apropriadamente pelo conhecimento dos Vedas, nas matérias tanto das necessidades materiais quanto da salvação espiritual. A classe de pessoas inteligentes específica que era devotada particularmente para o conhecimento dos Vedas era chamada os vipras, ou os graduados do conhecimento Védico. Existem diferentes ramos do conhecimento nos Vedas, dos quais astrologia e patologia são dois ramos importantes necessários para o ser humano comum. Assim as pessoas inteligentes, geralmente conhecidas como os brahmanas, adotaram todos os ramos diferentes do conhecimento Védico para guiar a sociedade. Mesmo o departamento de educação militar (Dhanur-veda) também foi adotado por essas pessoas inteligentes, e os vipras também são professores dessa seção do conhecimento, como foram Dronacharya, Kripacharya, etc.. A palavra vipra mencionada aqui é significativa. Existe uma pequena diferença entre os vipras e entre os brahmanas. Os vipras são aqueles que são peritos em karma-kanda, ou atividades lucrativas, que guiam a sociedade em direção à satisfação das necessidades materiais da vida, enquanto os brahmanas são peritos em conhecimento espiritual da transcendência. A culminação de upasana-kanda é o serviço devocional do Senhor Vishnu, e quando os brahmanas alcançam perfeição, são chamados Vaishnavas. Adoração a Vishnu é o mais elevado dos modos de adoração. Brahmanas elevados são Vaishnavas dedicados no serviço amoroso transcendental do Senhor, e por isso Srimad Bhagavatam, que é a ciência do serviço devocional, é muito querido pelos Vaishnavas. E como está explicado no início do Srimad Bhagavatam, é o fruto maduro do conhecimento Védico e é assunto superior, acima dos três kandas, chamados karma, jñana e upasana. Entre os peritos em karma-kanda, os vipras jataka peritos eram bons astrólogos que podiam contar a história futura de uma criança recém-nascida simplesmente pelos cálculos astrais de tempo (lagna). Tais peritos jataka-vipras estavam presentes durante o nascimento de Maharaja Parikshit, e seu avô, Maharaja Yudhisthira, remunerou os vipras suficientemente com ouro, terra, vilas, cereais e outras necessidades preciosas da vida, que também incluíam vacas. Há uma necessidade desses vipras na estrutura social, e é dever do estado mantê-los confortavelmente, como projetado no procedimento Védico. Esses vipras peritos, por serem pagos suficientemente pelo estado, podiam prestar serviço gratuito para as pessoas em geral, e assim esse departamento do conhecimento Védico estava disponível para todos. Verso 30 sa eña loke vikhyätaù Assim seu filho se tornaria famoso no mundo como Parikshit (examinador) porque ele examinaria todos seres humanos em sua busca por aquela personalidade a qual ele viu antes de seu nascimento. Assim ele chegará a contemplá-Lo constantemente. Iluminação de Srila Prabhupada: Maharaja Parikshit, afortunado como era, obteve a impressão do Senhor mesmo dentro do ventre da sua mãe, e assim a contemplação do Senhor estava constantemente com ele. Uma vez que a impressão da forma transcendental do Senhor fica fixa na mente da pessoa, nunca se pode esquecê-Lo em nenhuma circunstância. A criança Parikshit, depois de sair do ventre, ficou com o hábito de examinar qualquer um para ver se era a mesma personalidade a qual ele viu primeiramente dentro do ventre. Mas ninguém podia ser igual ou mais atraente do que o Senhor, e por isso ele nunca aceitou ninguém. Mas o Senhor estava constantemente com ele através dessa prática de exame, e assim Maharaja Parikshit estava sempre dedicado no serviço devocional do Senhor pela lembrança. Srila Jiva Goswami comenta nessa conexão que toda criança, se dada a ela uma impressão do Senhor desde sua tenra idade, certamente se torna um grande devoto do Senhor igual Maharaja Parikshit. Talvez alguém não seja tão afortunado quanto Maharaja Parikshit para ter a oportunidade de ver o Senhor no ventre de sua mãe, mas mesmo se não for tão afortunado, pode ser feito assim se os pais da criança desejarem que ele seja assim. Existe um exemplo prático na minha vida pessoal nessa conexão. Meu pai era um devoto puro do Senhor, e quando eu tinha quatro ou cinco anos de idade, meu pai me deu um casal das formas Radha e Krishna. Em forma de brincadeira, eu costumava adorar essas Deidades junto com minha irmã, e costumava imitar as realizações do templo vizinho de Radha-Govinda. Por visitar constantemente esse templo vizinho e copiar as cerimônias em conexão com minhas Deidades pessoais de brinquedo, desenvolvi uma afinidade pelo Senhor. Meu pai costumava observar todas cerimônias adequadas para minha posição. Mais tarde, essas atividades foram suspensas devido à minha associação nas escolas e faculdades, e eu fiquei completamente fora da prática. Mas nos meus dias de juventude, quando encontrei meu mestre espiritual, Sri Srimad Bhaktisiddhanta Sarasvati Goswami Maharaja, novamente eu revivi meu velho hábito, e as mesmas Deidades de brinquedo Se tornaram minhas Deidades adoráveis com regulação apropriada. Isso foi seguido até eu deixar minha conexão familiar, e eu fico feliz que meu pai generoso deu a primeira impressão a qual foi desenvolvida mais tarde em serviço devocional regulado por Sua Divina Graça. Maharaja Prahlada também aconselhou que essas impressões de uma relação divina devem ser impregnadas desde o início da infância, senão pode-se perder a oportunidade da forma humana de vida, a qual é muito preciosa embora seja temporária igual outras. Verso 31 sa räja-putro vavådhe Do mesmo modo que a Lua, em sua quinzena crescente, desenvolve dia após dia, assim o príncipe real (Parikshit) muito em breve desenvolveu exuberantemente sob o cuidado e facilidades plenas de seus avôs guardiões. Verso 32 yakñyamäëo 'çvamedhena Logo depois desse momento, o Rei Yudhisthira considerava realizar um sacrifício de cavalo para se livrar dos pecados incorridos por lutar contra familiares. Mas ele ficou ansioso para obter alguma riqueza, pois não havia fundos excedentes fora de multas e coleta de impostos. Iluminação de Srila Prabhupada: Do mesmo modo que os brahmanas e vipras tinham o direito de serem subsidiados pelo estado, o chefe executivo do estado tinha o direito de coletar impostos e multas dos cidadãos. Depois da Batalha de Kurukshetra o tesouro do estado estava esgotado, e por isso não havia fundo excedente da coleta de impostos e multas. Esses fundos eram suficientes somente para o orçamento do estado, e por não ter fundo excedente, o Rei estava ansioso para obter mais riqueza em algum outro modo a fim de realizar o sacrifício do cavalo. Maharaja Yudhisthira queria realizar esse sacrifício sob a instrução de Bhismadeva. Verso 33 tad abhipretam älakñya Por entenderem os desejos sinceros do Rei, seus irmãos, como aconselhados pelo infalível Senhor Krishna, coletaram riquezas suficientes do Norte (deixadas pelo Rei Marutta). Iluminação de Srila Prabhupada: Maharaja Marutta: um dos grandes imperadores do mundo. Ele reinou o mundo muito antes do reinado de Maharaja Yudhisthira. Ele era filho de Maharaja Avikshit e era um grande devoto do filho do deus do Sol, conhecido como Yamaraja. Seu irmão Samvarta era um sacerdote rival do grande Brihaspati, o sacerdote versado dos semideuses. Ele conduziu um sacrifício chamado Sankara-yajña pelo qual o Senhor ficou tão satisfeito que Ele ficou feliz em lhe dar o cuidado do pico de ouro de uma montanha, Esse pico de ouro está em algum lugar nas Montanhas Himalaia, e aventureiros modernos tentam encontrá-lo. Ele era um imperador tão poderoso que no dia do fim do sacrifício, os semideuses de outros planetas tais quais Indra, Chandra e Brihaspati costumavam visitar seu palácio. E porque ele tinha o pico de ouro ao seu dispor, ele tinha ouro suficiente em sua posse. O dossel do altar do sacrifício era completamente feito de ouro. Em suas execuções diárias de cerimônias de sacrifício, alguns dos habitantes de Vayuloka (planetas de ar) eram convidados para expedirem o serviço de culinária da cerimônia. E a assembléia de semideuses na cerimônia era liderada por Visvadeva. Pelo seu trabalho piedoso constante ele foi capaz de erradicar todos tipos de doenças da jurisdição de seu reino. Todos habitantes dos planetas superiores tais quais Devaloka e Pitriloka estavam satisfeitos com ele por suas grandiosas cerimônias de sacrifício. Todo dia ele costumava dar em caridade para os brahmanas versados coisas tais quais roupas de cama, assentos, meios de transporte e quantidades suficientes de ouro. Por causa das suas caridades munificentes e realização de sacrifícios inumeráveis, o Rei do paraíso, Indradeva, ficou plenamente satisfeito com ele e sempre desejava seu bem-estar. Devido a suas atividades piedosas, ele permaneceu um homem jovem por toda sua vida e reinou o mundo por mil anos, rodeado por seus súditos, ministros, esposas legítimas, filhos e irmãos satisfeitos. Até mesmo o Senhor Sri Krishna elogiou seu espírito de atividades piedosas. Ele deu a mão de sua única filha para Maharshi Angira, e por suas boas bênçãos, ele foi elevado para o reino do paraíso. Primeiro de tudo, ele queria oferecer o posto de sacerdote de seus sacrifícios para o versado Brihaspati, mas o semideus recusou a aceitar o posto pelo fato do Rei ser um ser humano, um humano desta Terra. Ele ficou muito triste por causa disso, mas pelo conselho de Narada Muni ele indicou Samvarta para o posto, e foi bem sucedido em sua missão. O sucesso de algum tipo particular de sacrifício depende completamente do sacerdote encarregado. Nesta era, todos tipos de sacrifício são proibidos porque não existem sacerdotes versados entre os ditos brahmanas, os quais vão pela noção falsa de se tornarem filhos de brahmanas sem qualificações de brahmana. Nesta era de Kali, portanto, somente um tipo de sacrifício é recomendado, sankirtana-yajña, como inaugurado pelo Senhor Sri Chaitanya Mahaprabhu. Verso 34 tena sambhåta-sambhäro Por aquelas riquezas, o Rei pôde conseguir os ingredientes para três sacrifícios do cavalo. Assim o piedoso Rei Yudhisthira, que estava muito temeroso depois da Batalha de Kurukshetra, agradou o Senhor Hari, a Personalidade de Deus. Iluminação de Srila Prabhupada: Maharaja Yudhisthira era o ideal e célebre Rei piedoso do mundo, e mesmo assim ele estava grandemente com medo depois da execução da Batalha de Kurukshetra por causa da matança em massa no combate, tudo disso foi feito para empossá-lo no trono. Ele portanto assumiu toda a responsabilidade pelos pecados cometidos na guerra, e para se livrar de todos esses pecados, ele quis realizar três sacrifícios nos quais cavalos são oferecidos no altar. Um sacrifício desse é muito dispendioso. Mesmo Maharaja Yudhisthira teve que coletar os montes de ouro necessários deixados por Maharaja Marutta e os brahmanas aos quais era dado ouro em caridade pelo Rei Marutta. Os brahmanas versados não conseguiam levar todas as cargas de ouro dadas por Maharaja Marutta, e por isso deixavam para trás a porção maior da doação. E Maharaja Marutta também não coletava novamente essas cargas de ouro dadas em caridade. Além disso, todos os pratos e utensílios de ouro que eram usados no sacrifício também eram jogados nas latas de lixo, e todas essas cargas de ouro permaneceram não reclamadas apropriadamente porque pertenciam ao Rei. A coisa mais espantosa é que nenhum súdito do estado também coletava aquele ouro não reclamado para empreendimento industrial ou qualquer coisa desse tipo. Isso quer dizer que os cidadãos do estado estavam completamente satisfeitos com todas necessidades da vida e por isso não eram inclinados a aceitar empreendimentos produtivos desnecessários para prazer sensual. Maharaja Yudhisthira também requisitou os montes de ouro para executar sacrifícios e para satisfazer o Supremo Hari Personalidade de Deus. De outro modo ele não tinha nenhum desejo de coletá-los para o tesouro do estado. Deve-se aprender lições dos atos de Maharaja Yudhisthira. Ele estava com medo dos pecados cometidos no campo de batalha, e portanto ele queria satisfazer a autoridade suprema. Isso indica que pecados não intencionais também são cometidos na nossa execução ocupacional diária dos deveres, e para anular mesmo esses crimes não intencionais, deve-se executar sacrifícios como estão recomendados nas escrituras reveladas. O Senhor diz no Bhagavad-gita (yajãrthat karmano ‘nyatra loko ‘yam karma-bandhanah (Bg. 3.9)) deve-se executar sacrifícios recomendados nas escrituras a fim de se livrar de todos compromissos de todo trabalho não autorizado, ou mesmo crimes não intencionais os quais estamos aptos para cometer. Por fazer isso, pode-se ficar livre de todos tipos de pecados. E aqueles que não fazem isso mas trabalham por auto-interesse ou prazer sensual devem se submeter a todas tribulações acumuladas dos pecados cometidos. Portanto, o propósito principal de executar sacrifícios é para satisfazer a Suprema Personalidade Hari. O processo de execução de sacrifícios pode ser diferente em termos de diferentes tempos, lugares e pessoas, mas o objetivo desses sacrifícios é um e o mesmo em todos tempos e em todas circunstâncias, a saber, satisfação do Supremo Senhor Hari. Esse é o caminho da vida piedosa, e esse é o caminho da paz e prosperidade no mundo em geral. Maharaja Yudhisthira fez tudo isso como o rei piedoso ideal no mundo. Se Maharaja Yudhisthira é um pecador no seu cumprimento diário dos deveres, na administração real das obrigações do estado, onde matança de homens e animais é uma arte reconhecida, então podemos apenas imaginar a quantidade de pecados cometidos conscientemente ou inconscientemente pela população destreinada de Kali-yuga que não tem nenhum caminho de executar sacrifício para satisfazer o Supremo Senhor. O Bhagavatam afirma, portanto, que o dever primordial do ser humano é para satisfazer o Supremo Senhor pela execução do seu dever ocupacional (Bhag. 1.2.13). Que qualquer pessoa de qualquer lugar ou comunidade, casta ou credo esteja engajada em qualquer sorte de dever ocupacional, mas ela tem que concordar em executar sacrifícios como são recomendados nas escrituras para o lugar, tempo e pessoa particular. Nas literaturas Védicas é recomendado que em Kali-yuga as pessoas devem se dedicar na glorificação do Senhor por cantar o santo nome de Krishna (kirtanad eva krsnasya mukta-sanga param vrajet (Bhag. 3.31.1)) sem ofensa. Por fazer isso pode-se ficar livre de todos pecados e assim pode-se obter a perfeição mais elevada da vida por retornar ao lar, de volta ao Supremo. Nós já discutimos isso mais do que uma vez nesta grandiosa literatura em locais diferentes, especialmente na porção introdutória pelo esboço da vida do Senhor Sri Chaitanya Mahaprabhu, e ainda repetimos o mesmo com uma visão para trazer à tona paz e prosperidade na sociedade. O Senhor declarou abertamente no Bhagavad-gita como Ele fica satisfeito conosco, e o mesmo processo é demonstrado praticamente na vida e trabalho de pregação do Senhor Sri Chaitanya Mahaprabhu. O processo perfeito de executar yajñas, ou sacrifício, para satisfazer o Supremo Senhor Hari (a Personalidade de Deus, que nos torna livres de todas misérias da existência) é seguir os caminhos do Senhor Sri Chaitanya Mahaprabhu nesta era escura de briga e dissensão. Maharaja Yudhisthira teve que coletar montes de ouro para assegurar a parafernália para os yajñas do sacrifício do cavalo naqueles dias de suficiência, assim podemos pensar dificilmente dessa execução de yajñas nestes dias de insuficiência e completa escassez de ouro. No presente momento nós temos montanhas de papéis e promessas deles serem convertidos em ouro pelo desenvolvimento econômico da civilização moderna, e mesmo assim não existe possibilidade de gastar fortunas igual Maharaja Yudhisthira, tanto individualmente quanto coletivamente ou pelo patrocínio do estado. Justamente adequado, portanto, para a era, é o método recomendado pelo Senhor Sri Chaitanya Mahaprabhu em termos do sastra. Esse método não requer nenhuma despesa por nada e mesmo assim pode conceder mais benefício do que quaisquer outros métodos dispendiosos de execuções de yajña. O yajña do sacrifício do cavalo ou o yajña do sacrifício da vaca executado pelos regulamentos Védicos não devem ser confundidos como um processo de matança de animais. Ao contrário, animais oferecidos para o yajña eram rejuvenescidos para uma nova duração de vida pelo poder transcendental do cantar dos hinos Védicos, os quais, se cantados apropriadamente, são diferentes daquilo que é compreendido pela pessoa leiga. Os Veda-mantras são todos práticos, e o lucro é o rejuvenescimento do animal sacrificado. Não existe possibilidade desse cantar metódico dos hinos Védicos por assim chamados brahmanas ou sacerdotes da era presente. Os descendentes destreinados das famílias dos duas vezes nascidos não são mais como seus antepassados, e por isso são contados entre os sudras, ou pessoa nascida uma vez. A pessoa nascida uma vez é inadequada para cantar hinos Védicos, e portanto não há utilidade prática em cantar os hinos originais. E para salvar todos eles, o Senhor Sri Chaitanya Mahaprabhu propôs o movimento sankirtana ou yajña para todos propósitos práticos, e as pessoas da era presente são fortemente recomendadas a seguirem esse caminho seguro e reconhecido. Verso 35 ähüto bhagavän räjïä O Senhor Sri Krishna, a Personalidade de Deus, convidado para os sacrifícios por Maharaja Yudhisthira, cuidou para que eles fossem executados por brahmanas (duas vezes nascidos) qualificados. Depois disso, para o prazer dos parentes, o Senhor permaneceu por alguns meses. Iluminação de Srila Prabhupada: O Senhor Sri Krishna foi convidado por Maharaja Yudhisthira para examinar cuidadosamente a supervisão das execuções do yajña, e o Senhor, para cumprir as ordens de Seu primo mais velho, causou a execução dos yajñas por brahmanas duas vezes nascidos versados. Simplesmente nascer numa família de um brahmana não torna ninguém qualificado para executar yajñas. A pessoa tem que ser duas vezes nascida por treinamento apropriado e iniciação de um acarya fidedigno. Os descendentes nascidos uma vez de famílias brahmana são iguais aos sudras uma vez nascidos, e esses brahma-bandhus, ou descendentes uma vez nascidos desqualificados, devem ser rejeitados para qualquer propósito de função religiosa ou Védica. O Senhor Sri Krishna foi confiado para cuidar desse arranjo, e perfeito como Ele é, Ele causou os yajñas serem realizados por brahmanas duas vezes nascidos fidedignos para execução bem sucedida. Verso 36 tato räjïäbhyanujïätaù Ó Shaunaka, depois disso o Senhor, após Se despedir do Rei Yudhisthira, Draupadi e outros parentes, partiu para a cidade de Dwaraka, acompanhado por Arjuna e outros membros da dinastia Yadu. Assim terminam os significados Bhaktivedanta do Primeiro Canto, Décimo Segundo Capítulo, do Srimad Bhagavatam, intitulado "Nascimento do Imperador Parikshit".
|
Desde 18/julho/2000 (Última Edição: 06-mai-2024 ) |