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Todas as Glórias a Sri Guru e Sri Gauranga

Nitai Gaura Hari Bol

 

 

Srimad Bhagavad-gita 1.20

atha vyavasthitan drstva
dhartarastran kapi-dhvajah
pravrtte sastra-sampate
dhanur udyamya pandavah
hrsikesam tada vakyam
idam aha mahi-pate

"Ó rei, nesse momento, Arjuna, o filho de Pandu, sentado em sua quadriga, que tem o estandarte com Hanuman, pegou seu arco e se preparou para atirar suas flechas, com a mira nos filhos de Dhritarastra. Ó rei, Arjuna falou então as seguintes palavras a Hrishikesha (Krishna):"

Iluminação de Prabhupada

"A batalha ia começar. Percebemos nos versos anteriores que os filhos de Dhritarastra estavam meio desanimados pela inesperada força militar organizada pelos Pandavas, que tinham a orientação direta do Senhor Krishna no campo de batalha. O emblema de Hanuman na bandeira de Arjuna é outro sinal de vitória porque Hanuman ajudou o Senhor Rama na batalha entre Rama e Ravana, e o Senhor Rama foi vitorioso. Agora, tanto Rama quanto Hanuman estavam presentes na quadriga de Arjuna para ajudá-lo. O Senhor Krishna é o próprio Rama em pessoa, onde quer que o Senhor Rama esteja, Sua eterna consorte Sita, a deusa da fortuna, e Seu servo eterno Hanuman estão sempre presentes. Por isso, Arjuna não precisava temer nenhum inimigo. Acima de tudo, o Senhor dos sentidos (Hrishikesha), Sri Krishna, estava presente em pessoa para guiá-lo. Assim, todos os bons recursos estavam disponíveis para Arjuna lutar na batalha. Nessas condições auspiciosas, arranjadas pelo Senhor em pessoa para Seu devoto eterno, estavam os sinais da vitória garantida".

 

     

Mahabharata para Crianças - Capítulo 37 - Hanuman e Bhima

...

Eles chegaram em Kulinda, reino de Subahu, no Himalaia, onde aceitaram as honras prestadas pelo rei e descansaram por algum tempo. Depois, foram para a encantadora floresta Narayanashrama onde descansaram.

Certo dia, uma brisa que soprava do nordeste trouxe uma bela flor para perto de Draupadi. Draupadi a pegou em suas mãos e ficou tão encantada com sua fragrância e beleza que a mostrou com enlevo a Bhima.

"Venha e veja esta flor. Que fragrância doce! Que encantadora! Eu vou dá-la a Yudhisthira. Traga algumas flores desta espécie. Vamos cultivar esta planta em nossa floresta Kamyaka". Draupadi correu para dar a flor a Yudhisthira.

Ansioso para agradar sua amada Draupadi, Bhima foi à procura daquela planta. Assim, foi sozinho na direção donde a fragrância perecia vir com a brisa, sem perder nenhum momento com as feras selvagens que atravessavam seu caminho.

Até que chegou num jardim de árvores floridas no pé duma montanha, onde ele avistou um enorme macaco que brilhava como o fogo ardente, e estava deitado através de seu caminho como um obstáculo.

Ele tentou afugentar o animal de seu caminho com gritos. Mas ele apenas abriu seus olhos pela metade e balbuciou: "Estou indisposto por isso que me deitei aqui. Por que você me acordou? Você é um ser humano inteligente e eu sou um mero animal. É próprio para seres humanos racionais terem compaixão pelos animais como criaturas inferiores. Temo que você seja ignorante sobre o que é certo e o que é errado. Quem é você? Aonde você quer ir? Não é possível seguir adiante no caminho desta montanha pois é um caminho dos deuses. Seres humanos não podem ir além deste limite. Coma o que quiser das frutas deste local e se você for esperto, vá embora em paz".

Bhima, sem estar acostumado a tratamento tão dócil, ficou furioso e gritou: "Quem é você, seu macaco, que fala dum jeito tão sofisticado? Eu sou um herói kshatriya, um descendente da dinastia Kuru e um filho de Kunti. Saiba que sou filho do deus do vento. Saia do caminho agora ou me impeça para seu próprio risco".

Ao ouvir essas palavras, o macaco simplesmente sorriu e disse: "Eu sou, como você disse, um macaco, mas você será destruído se tentar forçar a passagem".

Bhima disse: "Não quero o seu conselho e não é problema seu se eu me deparar com a destruição. Levante-se e saia do caminho senão eu vou tirá-lo".

O macaco respondeu: "Não tenho forças para me levantar, pois sou apenas um macaco muito velho. Se você quer passar a todo custo, pule sobre mim".

Bhima disse: "Assim seria bem fácil mas as escrituras proíbem. Senão eu pularia sobre você e a montanha de uma vez só, como Hanuman que atravessou o oceano".

O macaco exclamou com se estivesse surpreso: "Ó melhor dos homens, quem é esse Hanuman que atravessou o oceano? Se você sabe essa história, conte-me".

Bhima rugiu e disse: "Você nunca ouviu falar de Hanuman, meu irmão mais velho, que atravessou o oceano, com cem yojanas de extensão, para procurar e encontrar Sita, a esposa de Rama? Eu sou igual a ele em força e valentia. Bem, isso é conversa suficiente, agora levante e saia do caminho, e não me provoque pois posso machucá-lo".

O macaco respondeu: "Ó herói poderoso, tenha paciência. Seja amável por ser forte, e tenha compaixão pelos idosos e fracos. Não tenho forças para me levantar pois estou debilitado pela idade avançada. Como você tem escrúpulos de pular sobre mim, faça a gentileza de passar ao lado da minha cauda e assim abrir seu caminho".

Orgulhoso por causa de sua imensa força, Bhima pensou em puxar o macaco pela cauda e abrir seu caminho. Mas para seu espanto, não pôde movê-lo nem um milímetro sequer apesar de empregar toda sua força.

Ele cerrou seus dentes e comprimiu cada músculo até os tendões estalarem, assim ficou coberto de suor. Mesmo assim, não conseguiu mover aquela cauda nem um milímetro, nem um pouco para cima ou para baixo ou para os lados. Envergonhado, ele baixou sua cabeça e perguntou de forma humilde:

"Quem é você? Perdoe-me e me revele se é um Siddha, deus ou Gandharva". Bhima, assim como a maioria dos homens fortes, tinha muito respeito quando se deparava com alguém mais forte do que ele, por isso falou como um discípulo que se dirige a seu mestre.

Hanuman respondeu: "Ó Pandava de braços poderosos, saiba que sou seu irmão, esse mesmo Hanuman, filho do deus do vento, que você mencionou agora a pouco. Se você prosseguir nesse caminho, que é a estrada para o mundo espiritual onde os Yakshas e Rakshasas vivem, vai se deparar com o perigo e por isso eu o detive. Nenhum humano pode ultrapassar este ponto e sobreviver. Mas este aqui é o córrego onde poderá encontrar em seus penhascos a planta Saugandhika que procura".

Bhima ficou tomado pelo encanto: "Eu me considero a pessoa mais afortunada pois fui abençoado com a graça de poder encontrar meu irmão. Eu gostaria de ver a forma na qual você cruzou o oceano", e se prostrou perante Hanuman.

Hanuman sorriu e começou a aumentar o tamanho de seu corpo e ficou em pé com firmeza assim como uma montanha parece preencher o horizonte.

Bhima ficou emocionado ao ver de verdade aquela forma divina de seu irmão mais velho, cuja mera descrição o tinha deixado maravilhado. Ele cobriu seus olhos, incapaz de suportar a luz brilhante que radiava daquela figura.

Hanuman disse: "Bhima, na presença de meus inimigos, meu corpo pode crescer ainda mais". E Hanuman contraiu seu corpo, assim assumiu sua forma anterior. Então, ele abraçou Bhimasena com muito carinho.

Bhagavan Vyasa diz que Bhima se sentiu plenamente revigorado e se tornou muito mais forte do que antes pelo abraço de Hanuman.

Hanuman disse: "Ó herói, vá para sua casa. Pense em mim sempre que precisar. Eu senti a mesma emoção ao abraçá-lo como antigamente quando tive a grande fortuna de tocar o corpo divino do Senhor Rama. Peça qualquer bênção que desejar".

Bhima disse: "Abençoados são os Pandavas pois tive a grande boa ventura de vê-lo. Com a inspiração de sua força é certeza que venceremos nossos inimigos".

Hanuman deu a seguinte bênção especial a seu irmão:

"Quando você rugir no campo de batalha como um leão, minha voz se juntará à sua e infligirá terror nos corações de seus inimigos. Eu estarei presente no estandarte da quadriga de seu irmão Arjuna. Vocês serão vitoriosos".

Hanuman apontou para Bhima o córrego próximo onde cresciam as flores Saugandhika que ele veio procurar.

Isso fez com que Bhima se lembrasse de Draupadi imediatamente que esperava pelo seu retorno, assim colheu as flores e voltou para ela sem demora.

...

     

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(Última Edição: 02-jun-2020 )

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